Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o
matou fomos nós! Como haveremos
de nos consolar, nós os algozes dos algozes? O que o mundo possuiu, até agora,
de mais sagrado e mais poderoso sucumbiu exangue aos golpes das nossas lâminas.
Quem nos limpará desse sangue? Qual a água que nos lavará? Que solenidades de
desagravo, que jogos sagrados haveremos de inventar? A grandiosidade deste acto
não será demasiada para nós? Não teremos de nos tornar nós próprios deuses,
para parecermos apenas dignos dele? Nunca existiu acto mais grandioso, e, quem
quer que nasça depois de nós, passará a fazer parte, mercê deste acto, de uma
história superior a toda a história até hoje!
O texto acima é do filosofo alemão Friedrich Nietzsche, onde lança a
famosa frase “Deus está morto”. O impacto nas lideranças religiosas na época, e
até hoje, foram impactantes, mas no contexto da mensagem, nunca esteve tão
certo.
Não sou ateu, pelo contrário, tenho até um conceito de fé pessoal, mas
a partir do momento que o homem criou o antibiótico, essa frase de Nietzche
está escancarada em nosso “dia-a-dia”. I-Pads, Internet, Remédios, ciência,
alimentos tratados artificialmente, falta de humanidade, racismo regional.
Cada vez mais lideranças religiosas aparecem na TV vendendo a salvação
divina com pagamentos mediante carnês de financiamento. Voce pode até ter uma
conta em cartão de crédito santo.
Não, não tem essa de “cada um com sua mania”, tudo está relacionado ao
grau de educação do indivíduo. Ás portas do século XXI, tecnologia, ciência e
informação ao alcance de um click, e o cara cai nessa, nesse caso o sofrimento
é inevitável, ou melhor, é necessário, pois fica sendo a matéria-prima desse
assistencialismo sobrenatural.
Felizmente pessoas ilustres contestam essa ideia de “ser-supremo”
bondoso de forma contundente. Como exemplo o escritor H.P. Lovecraft que em
suas obras chamadas de “Mitologia Chutulhu”, principalmente o livro “Nas
Montanhas da Loucura” (1936).
História é escrita em primeira pessoa, na voz
de um sobrevivente de uma expedição científica à Antártida, sendo testemunha de
episódios terríveis. Somos levados à uma cidade perdida, atrás de cordilheiras
intransponíveis no gelo antártico, maiores que o Himalaia e o Monte Everest,
cidade esta de dezenas de milhões de anos, criada por seres alienígenas tanto
em origem quanto em composição, assim como a saber de sua História e seu
terrível destino. Pode ser que esses alienígenas estariam aqui antes da raça
humana.
Mas porque citei Lovecraft? Para os mais
antenados, é óbvio, o filme Prometheus dirigido por Ridley Scott tem como base
as obras de Lovecraft, principalmente essa última citada. Nesse último trabalho
cinematográfico a grande questão é “e se o criador da raça humana não estivesse
interessado em sua criação, e até a ignorasse, desprezasse o homem”?
É nesse
contexto que o filme tem sua linha de
evolução. Sinopse: 2089. Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway
(Logan Marshall-Green) são exploradores que encontram a mesma pintura em várias
cavernas na Terra. Com base nisto, eles desenvolvem uma teoria em que a pintura
aponta para um lugar específico do universo, que teria alguma relação com o
início da vida no planeta. A dupla convence um milionário, Peter Weyland (Guy
Pearce), a bancar uma cara expedição interestelar para investigar o assunto.
Desta forma, Elizabeth e Charlie entram para a tripulação da nave Prometheus,
composta pelo robô David (Michael Fassbender), a diretora Meredith Vickers
(Charlize Theron), o capitão Janek (Idris Elba), entre outros. Todos, com
exceção de David, hibernam em sono criogênico até que a nave chegue ao
objetivo, o que acontece em 2093. Encantados com a descoberta de um novo mundo
e a possibilidade de revelarem o segredo da origem da vida na Terra, Elizabeth
e Charlie não percebem que o local é também bastante perigoso.
O que é fantástico no filme é a possibilidade
de discussão sobre outras possibilidades de criação de vida na terra, no
universo, e da existência de Deus. A cena inicial é foda!
Mas o que temos no final de todas essa
discussão é um filme muito bom. E agora em Outubro 2012 sai o Blue-Ray com cenas extras e respostas a questões iniciais.
Anselmo
ótimo texto.
ResponderExcluirOutѕtanding ροst but І ωas wondeгing if уou
ResponderExcluirсoulԁ wгіte а lіttе mοre on
thiѕ toρiс? Ӏ'd be very thankful if you could elaborate a little bit further. Cheers!
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