minervapop

sexta-feira, 31 de julho de 2009

MATE-ME POR FAVOR

Hoje estava decidido a escrever sobre um livro, mas não sobre um lançamento, mas sim sobre um que funciona como um oráculo de pesquisa sobre a cultura pop. Procurei no armário, onde guardo meus exemplares, e me deparei com “Mate-me por Favor, (Please Kill Me)" , escrito por Legs McNeil e Gillian McCain.

Bom, para falar um pouco sobre os autores , Legs McNeil batizou o movimento de “punk” em 1975 , com a revista Punk Magazine. Também trabalhou na Revista Spin e na Nerve . Por sua vez, Gillian McCain era coordenadora de programação do Poetry Project na St. Mark´s Church. Foi autora de Tilt, uma coleção de poemas.

O nome do livro foi tirado de uma camiseta de Richard Hell (Television) , e o livro é composto de uma série de entrevistas e depoimentos de artistas como Lou Reed, Iggy Pop, Ramones, Patti Smith, Debbie Harry, Wayne Krammer, Jayne County, Mick Jones, dentre outros.

Basicamente são testemunhos condensados e diretos , que atingem o leitor como um choque elétrico inesperado, um escorregão, um susto que dá aquele frio no estomago. Muito dinâmico, voce pode testemunhar as loucuras e excessos de Iggy Pop, a Ironia ácida de Lou Reed, a irreverência e a tragédia dos New York Dolls. Além de ter um descrição de lugares onde ocorreram os primeiros shows de bandas e artistas, como o CBGB´s e o Max´s Kansas City.

Recentemente li um texto onde uma pessoa reclamava: “ O cara acha que pode ler Mate-me Por favor, e sair falando que sabe tudo da história do movimento Punk , da Blanc Generation, das raízes do Rock´n´Roll moderno, está enganado, é absurdo” . Bom, eu diria que realmente não se pode dizer que após ler o livro a pessoa é uma assumidade no assunto, mas que é um grande começo para quem quer saber onde esta pisando, sem dúvida nenhuma é.

O livro saiu numa edição dupla (vol.I e Vol.II) pela L&PM Pocket, com preço bem acessível.

Anselmo

5 comentários:

  1. Vou resumir a parada.
    Gosta de rock?
    Tem interesse em saber quais foram as grandes influências para o nascimento do punk?
    Quer saber o que contribuiu para a formação musical de bandas como Nirvana, Sonic Youth, Pixies, REM, Smiths e outras de grande relevância?
    O livro é simplesmente obrigatório. Obrigatório! Essa é a palavra.

    Sandro

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  2. Isso aí...simples e direto como o livro!!!!

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  3. Muita coisa a cima não condiz com a realidade. Que tal um "outro lado" do ser "punk"

    Provos Brasil

    DESTRUIÇÃO: O PUNK EDIFICADO EM GUY DEBORD
    Cristiano Bastos

    Talvez o vocábulo que melhor defina uma paternidade musical para o Punk seja "inextricável". Um timbre com essas qualidades, ainda que o Sex Pistols não tivesse sido forjado e lucrado as maiores condecorações do levante, em 1977, inevitavelmente teria se imposto através do legado sônico de grupos seminais como New York Dolls, The Kinks, The Stooges, The Who, Velvet Underground e muitos outros. No plano da contestação de cânones artísticos e da retórica política, contudo, a genealogia do Punk tem outra ascendência. Uma análise que remonta as primeiras vanguardas de revolta contra a arte no século XX, os chamados "Ismos": Futurismo, Dadaísmo e o obscuro - mas de significação estética decisiva - Situacionismo.

    Na Itália, o Futurismo de Fellipo Marinetti desencadeia uma nova vanguarda de revolução contra os moldes impostos pela inteligência produtora de arte no início do século, fundindo, num só expediente, a dinâmica pintura-poesia-música-moda-política e arquitetura. Entusiastas da publicidade, o Primeiro Manifesto, redigido por Marinetti, em 1909, louvava a juventude, as máquinas, o movimento, a energia, a guerra e a velocidade. Um incontestável pendor juvenil, que muito remete ao Punk, pela semelhança de atitudes e o ímpeto de reinventar.

    O elemento destruir é o amálgama entre Punk e Futurismo; a dicotomia está no "o que" precisamente destruir. O Futurismo almejava dizimar modelos artísticos senis, imbuído em uma rearquitetura da arte. Um dos núcleos da rebelião Punk é a insubordinação contra os estandartes que levaram o Rock à monotonia e à opulência semi-erudita, e conflagraram, in loco, seu acontecimento.

    Se o Futurismo havia se maravilhado com a possibilidade estética da guerra (algo "ruidoso, veloz e teatral"), antes de ela ocorrer, o Dadaísmo insurgiu-se em oposição às fascinações desta ordem. Ainda que partilhassem da mesma revolta a determinado tipo de realização artística, os dadaístas estavam em dissonância face à definição de arte. Surgido em 1916, em Zurique, na Suíça, ao inverso do Futurismo, o Dadaísmo não era de um movimento propriamente artístico, sendo mais atitude do que estilo. .........


    Erigido por uma linhagem de "artistas" avessos ao trabalho, que acreditavam estar alienados muito além das belas-artes, dos quais os mais loquazes expoentes são o poeta Tristan Tzara e o artista plástico Marcel Duchamp, o Dadá agiu com atos subconscientes e formulações extravagantes nas investidas de sua plataforma utópica. A arte, segundo o credo dadaísta, é mera falsificação imposta pela sociedade burguesa, uma válvula de segurança moral, idêntica ao trabalho...........

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  4. Aeh Provos, valeu pela "aula" no comentário...muito bom. Na verdade quando estamos nos referindo ao Punk, é sobre diversão e sonoridade. O Próprio Johnny Rotten disse que estava naquilo só por lucro, e não se importava com a mentira. Mas até aí, a gente só tá a fim de curtir o que nos faz bem, o resto, é resto.

    Valeu!!!! continua mandando informação que tá muito bom,!!!!

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  5. bela postagem, voce tem o link para download do livro?

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