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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

CISNE NEGRO - FILME DE BAILARINA OU TERROR PSICOLÓGICO?


Ainda que tardiamente, usarei este espaço para indicar um filme imperdível que está em cartaz nos cinemas. Como já está na segunda semana de exibição e esta época do ano é repleta de lançamentos, vale a pena correr para assistí-lo logo. Talvez ele até retorne as telas no mês que vem, caso ganhe o Oscar de melhor filme, o que não é impossível de acontecer.

Abri o texto logo com esta recomendação explícita pelo seguinte. Existe o perigo de que Cisne Negro, numa primeira e superficial impressão, passe meio desapercebido por muita gente. Em linhas gerais as sinopses informam que o filme é sobre uma dedicada bailarina que mora com uma mãe dominadora e concorre para encenar o papel principal em "O Lago dos Cisnes".

E aí é preciso deixar algumas coisas claras. Cisne Negro definitivamente não é um filme sobre dança. Cisne Negro não tem nenhuma veia romantica por conta do ballet. Cisne Negro não é um filme fácil. Cisne Negro não tem um final feliz.

Cisne Negro é ótimo.

A personagem Nina é mesmo muito dedicada, chega a ser obcecada pela perfeição. Parte disso pode ser debitado da mãe, uma ex-bailarina que transita da super proteção e torcida pela filha para a inveja em relação ao sucesso da mesma.

Tecnicamente perfeita, Nina seria a escolha óbvia para se tornar a grande estrela da temporada, substituindo a amargurada Beth MacIntyre (Winona Ryder quase irreconhecível). A produção escolhida pelo diretor Thomas Leroy (o excelente Vicent Cassel) é "O Lago dos Cisnes" de Tchaikovski. Considerando que o papel principal exige a interpretação tanto do Cisne Branco quanto do Cisne Negro, Thomas tem dúvidas em escolher Nina para o papel, pois entende que sua técnica apurada atenderia somente ao personagem Cisne Branco. Nina é pressionada ao extremo para se entregar, se soltar, se libertar e conseguir obter o resultado esperado como Cisne Negro. Ela deve lidar com sua falta de sensualidade, sua frieza e sua energia sexual trancafiada dentro de si mesmo.

No meio desse desafio, ainda aparece uma rival, Lily (em boa atuação de Mila Kunis) que completa o quadro de transtorno de Nina e a desestabiliza por completo.

Com uma excelente direção de fotografia (indicada ao Oscar) e mergulhando fundo no drama psicológico de Nina (Natalie Portman ganhará o Oscar), o diretor Darren Aronofsky (também indicado) nos deixa inquietos. Mesmo não havendo cenas de ação, o espectador é atingido em cheio com vários momentos de aflição na poltrona.

Recomendo muito. Principalmente que o filme seja visto no cinema. Se você for baixá-lo na internet para assistir em casa, grande parte desta atmosfera aflitiva será perdida. Vale a pena ver na telona.


Sandro




6 comentários:

  1. Vou assistir amanhã com enorme expectativa!!

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  2. Fala Brother.....me disseram que o filme é demais....depois dessa recomendação....não vou perder.

    Anselmo

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  3. Olá! Visitando o seu blog e fazendo uma propaganda básica... rs
    Visite o meu também!
    Obrigada!

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  4. BF e M, obrigado pela visita. Já frequento o Bípede Falante e ireo conhecer esta outra indicação com certeza.

    No decorrer da semana vou escrever sobre outro indicado ao Oscar que é sensacional, 127 Horas.

    Abraços,

    Sandro

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  5. Cara!
    Eu já tinha assistido e realmente gostei muuuuito!
    Parabéns pelo blog!
    []s
    Leandro M.D.

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  6. Lindo.Gostei demais também.Natalie Portman maravilhosa mesmo.
    Bj
    Adriana

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