O ano era 1991, o Rock estava um tédio. O the Cult não conseguia repetir o sucesso dos álbuns anteriores, Pete de Freitas já havia morrido, o Guns’n’Roses virou Mega-Banda, Metal Farofa imperando, os “Pseudo Rock Star Malas” aos montes, e o hit “More Than Words” do Extreme não parava de tocar nas rádios.
De repente, como um “tsunami”, chega o chamado movimento Grunge (Seattle), e com isso o álbum Nevermind do Nirvana. Na minha humilde opinião, um dos álbuns mais importantes do ROCK.
Esse foi o segundo álbum da banda , gravado no Sound City Studios, em Van Nuys, California, com produção de Butch Vig e mixagem a cargo de Andy Wallace.
Para quem quiser saber mais sobre a história do processo de gravação e criação do disco, a dica é comprar o DVD “Nirvana – Nevermind” da série “Classic Albuns” , tem nas “Lojas Americanas” a um bom preço. O episódio do Butch Vig explicando a gravação da música “Something In the Way” é impagável.
Pra fechar o assunto, gostaria de contar um episódio que aconteceu comigo para ilustrar a importância desse disco.
No final dos anos 90 eu morei alguns meses na China. Não era em Xangai ou Pequim não, trabalhei em uma cidadezinha no “meio do nada” chamada Yangzhou.
Nessa cidade os moradores ficavam te olhando com se você fosse um “E.T”, um “corpo estranho”, se cobrasse ingresso toda vez que saísse na rua estaria rico hoje.
Depois de algum tempo fiz amizade com uma moçada de lá, e como eu sabia tocar umas canções na guitarra fui apresentado para uma banda de garagem local.
O primeiro encontro com os “rockers” chineses foi num bar, onde havia alguns instrumentos num canto. Bom, peguei a guitarra e comecei a tocar alguns acordes.
Pra ilustrar a história, sendo um país comunista, até os discos e músicas são controlados na China, tem CD pra “caramba”, mas as músicas se repetem, é estranho.
Continuando o caso, toquei algumas canções que não empolgaram muito (Metallica, Guns, Cult, Echo, Stooges). Num determinado momento “puxei” “Smell Like Teen Spirit”, os chineses endoidaram: “This one I know, this one I know”, gritavam empolgados.
De repente, um dos garotos sacou de sua mala o CD “original” de Nevermind, como se fosse um tesouro.
É isso!
PS.: Sim, o show no Hollywood Rock de 1993 foi horrível, e daí?!
Anselmo
Estou passando aqui rapidinho para dizer que indicamos um selo ao Minerva Pop.
ResponderExcluirComo visitamos aqui e gostamos do que vimos, achamos que seria legal valorizar isso.
Passem lá pra pegar.
;)
Luis, muito obrigado mesmo....sem palavras pelo selo....com certeza o Sandro vai comentar!
ResponderExcluirAnselmo
Po, parabéns pelo blog.... é bem bacana...
ResponderExcluirAbraços
Marcel
Nunca fui fã dos Nirvana, mas sem dúvida que foram um icone da musica. Este album é super famoso.
ResponderExcluirGostei do teu blog e já estou a segui-lo ;)
Bjs
Disco fantástico e fundamental para a história do rock. Na época o Nirvana trouxe de volta o rock simples e sem frescura, porém com muita qualidade.
ResponderExcluirComo fã, gosto de todos os outros discos também.
Quanto ao show, eu fui aqui em SP e não achei tão horrível não. Foi um chute no saco do embalos que estavam lá apenas por modismo e pensavam que iam assistir os hits no formato que tocavam nas rádios. Claro, que o Kurt estava muito louco (quase teve uma overdose no hotel poucas horas antes do show), e atravessou um pouco em alguns sons, mas para mim valeu.
O Brasil foi um dos maiores públicos (senão o maior) da história da banda.
Teve ainda o fato do cara ter saído de balada para o Der Tempel lá na Augusta e ter ficado numa boa, agitando (Sonics) na pista e tudo, sem jamais pagar de rockstar, coisa que ele definitivamente abominava (acho inclusive que isso ajudou um pouco ao triste fim que conhecemos).
Belo post!
Abraços,
Sandro
Sandro,
ResponderExcluirSem dúvida um divisor de águas. Obrigatório em qualquer discografia básica. Em Nevermind o Nirvana nos leva a um rock visceral, cru e sem frescuras. Parabéns pelo blog, pelo post e abraços ao Anselmo e Pancho.
Ah, antes que eu esqueça, já linkei o Minerva Pop no Blog do Adeodato.