Poucos minutos antes de começar a escrever o “post” de hoje, não tinha a mínima idéia sobre o tema. Mas tive o “input” de redigir um texto sobre o primeiro livro que pegasse na estante. Tive a sorte de "acertar" um clássico da literatura universal, “O Retrato de Dorian Gray”, de Oscar Wilde.
Oscar Fingal O´Flahertie Wills Wilde (nasceu em 16 de outubro de 1854 na cidade de Dublin, faleceu em Paris em 30 de novembro de 1900), para muitos foi o primeiro “Pop Idol” da humanidade, ainda mais para o pessoal do “Glam Rock”, e de bandas dos anos 80 como os Smiths. Com certeza teremos um “post” específico para esse autor, mas no momento vamos comentar sobre esse seu livro.
Publicado originalmente em abril de 1891, o romance se passa na Inglaterra aristocrática do século XIX e conta a história de um rapaz chamado Dorian Gray que se torna um modelo para o pintor Basil Hallward. Porém com o decorrer do texto, fica nítido que Dorian Gray é muito mais do que isso, pois acabaca criando uma paixão platônica por parte do pintor. E tomado por esse sentimento e inspiração, Basil Hallward pinta um quadro de Dorian, que devido a intensidade da emoção dedicada a obra, o pintor não deseja expor para outras pessoas.
Utilizando o acesso ao mundo aristocratico aberto por Basil, Dorian conhece Lord Henry Wotton, que o seduz para uma visão de mundo, onde o único objetivo é o prazer e a beleza. Esse ambiente, faz com que Dorian comece a dar muito valor a sua beleza e juventude.
No momento em que Dorian está cada vez mais convicto do valor de “ser jovem e bonito”, e que o futuro só reserva “velhice e sofrimento”, tem acesso ao seu retrato. Nesse instante demonstra o desejo de que o quadro pudesse envelhecer e ele continuar eternamente jovem, conforme o texto do livro:
“Eu irei ficando velho, feio, horrível. Mas este retrato se conservará eternamente jovem. Nele, nunca serei mais idoso do que neste dia de junho... Se fosse o contrário! Se eu pudesse ser sempre moço, se o quadro envelhecesse!... Por isso, por esse milagre eu daria tudo! Sim, não há no mundo o que eu não estivesse pronto a dar em troca. Daria até a alma!" .
A partir daí, sob a influência de Lord Henry, Dorian se torna mau , promiscuo e maldoso.
Pelo seu conteúdo ousado (insinuando até a homossexualidade de seus personagens), passagens do livro foram usadas contra Wilde em seu julgamento.
O livro é controverso, o texto não é fácil no início, mas vale a pena e demonstra a genialidade e coragem de um homem convícto de suas idéias sobre os valores humanos, em pleno século XIX.
Algumas versões foram adaptadas para o cinema, confira alguma delas abaixo. A mais recente, de 2009, tem o ator Ben Barnes (o príncipe Caspian - Crônicas de Narnia).
Tem também um trecho do filme "Velvet Goldmine", onde o diretor Todd Haynes faz uma homenagem a Oscar Wilde.
Anselmo
Guris, um pessoal e eu estamos criando um blog coletivo sobre tudo e nada para todos e de todos lá no meu. A gente agora está escolhendo o nome. Se quiserem opinar e participar, será super legal. Não vai ter linha editorial e acho, não tenho certeza, que vamos distribuir senhas para os participantes.
ResponderExcluirI sooo love this book!
ResponderExcluirFoi o primeiro que li do Oscar Wilde e me prendeu pra sempre... li 5 mais logo em seguida, todos de excelente qualidade!
Olá Bípede, vou conversar com meu brother Sandro e falamos...obrigado pelo toque.
ResponderExcluirJu, Oscar Wilde é demais....também lí a peça Marido Ideal, muito boa.
Anselmo
Difícil sair livro ruim da prateleira do Anselmo...
ResponderExcluirOscar Wilde é muito bom! Este livro em especial, é genial! Clássico absoluto!
Depois de anos, o reli no ano passado e foi ótimo.
Brother, leve adiante a idéia de um post sobre o escritor, que será muito bacana.
Abraços
PS: Já topei a idéia da Bipede. Vamos ver qual é a parada, mas já estamos dentro...
Abraços,
Sandro
Sandro
"Vivo no terror de não ser incompreendido".
ResponderExcluirGrande Oscar Wilde.