Queria ter escrito um post sobre este filme no ano passado quando estava nos cinemas, mas como a distribuição não rolou em muitas salas e ficou pouco tempo em cartaz, acabou passando.
Agora, por conta do lançamento em DVD para compra, além de estar disponível na TV por assinatura, finalmente posso recomendá-lo.
"(500) Dias Com Ela" é o que poderíamos classificar de comédia romantica. Mas é na verdade, mais que isso. Bem mais, alías.
O filme relata os 500 dias da onipresença de Summer (o título original é "(500) days of Summer") na vida de Tom, um arquiteto fracassado que vive de escrever cartões de felicitações. Sua pacata vida de amante da música pop (alguém se identifica?) é posta de cabeça para baixo com a chegada da nova garota ao escritório onde ele trabalha.
O olhar fascinante de Summer o conquista de imediato, mas ele não dá muita bola de início, descartando a possibilidade de rolar alguma coisa. Alguém aí, já sentiu esta sensação de "É muito para mim"?
Até que um dia no elevador, ela escuta a música que sai através de seu fone de ouvido e diz uma frase mágica. "Eu amo The Smiths". "Você tem um ótimo gosto musical". Como? A bela nova assistente do chefe é fã dos Smiths??
O papo fica por aí, mas Tom sente-se motivado a tentar uma aproximação. Esta motivação, torna-se mesmo uma obsessão. Com o passar dos dias, eles acabam criando uma intimidade, que vai aumentando ao poucos. Ele vai se envolvendo, até ficar completamente apaixonado pela moça, sentimento que não é recíproco. Mesmo depois de algum tempo juntos, ele nem sequer consegue ter certeza se pode considerá-la sua namorada ou não. Summer deixa claro desde o início que não está procurando nada sério. ("Pode parecer egoista, mas... eu gosto de ser sozinha").
Como a narrativa do filme não segue a cronologia exata dos dias e deixa claro desde o começo que são lembranças de Tom, posso contar aqui que esta história de amor não dá certo, sem correr o risco de estragar surpresa alguma. Até porque não é este o barato do filme. Na verdade, o enredo procura nos colocar na pele de Tom, que relembra todo este período na tentativa de entender o que não deu certo entre eles, já que tudo indicava que formavam o par perfeito.
O filme subverte a lógica de que a mulher é a sonhadora apaixonada, que acredita no amor e o homem é o prático que só quer diversão e sexo, sem compromissos mais sérios. Aqui os papéis se invertem e o resultado é triste, mas belo. Seria a vida apenas uma sequencia de coincidências? Este lance de destino é uma besteira?
"(500) Dias Com Ela" ainda traz um bônus considerável para os amantes de cultura pop, já que referências pop aparecem por todo o filme (música dos Pixies em Karaokê, é demais). A trilha sonora também é sensacional.
Vale destacar a ótima direção de Marc Webb, conhecido diretor de clips que fez bonito nesta estréia no cinema, além das excelentes atuações de Joseph Gordon-Levitt como Tom e da maravilhosa Zooey Deschanel (post específico sobre ela, aqui) como Summer.
Recomendo muito. Se não vai mudar sua vida, este anti-romance serve para trazer um olhar leve e diferente sobre as tradicionais hstórias de amor no cinema. É daqueles filmes que vale a pena ter em casa (eu já comprei...).
Sandro
Deixei passar.
ResponderExcluirVou pegar na locadora.
Recomendo muito mesmo, Bípede!
ResponderExcluirAbs,
Sandro
EU assisti...muito bom....as vezes está tão óbvio a situação (pro rapaz), que é difícil de aceitar ou entender....e isso o garoto não suporta....assisti sábado....muito legal!
ResponderExcluirAnselmo
O Sandro vive dizendo que sou a rainha da comédia romântica!!! E sou mesmo! Este filme é muito legal.
ResponderExcluirComo na vida real nem todas as histórias de amor tem o final feliz, mas sempre é possível recomeçar!
Karina
Bem lembrado, meu amor! O filme além de tudo ainda foi aprovado pela rainha das comédias romanticas (rsrs)!
ResponderExcluirQue o diga as "n" vezes que já asssitimos "O amnor não tira férias" na TV...
Beijos
Sandro