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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Exile on Main St. - Uma Temporada no Inferno com os Rolling Stones

Nesse último dia 25 de Dezembro, ganhei de presente do meu irmão o livro "Uma temporada no inferno com os Rolling Stones", de autoria de Robert Greenfield, o cara além de escritor e jornalista, foi editor da revista Rolling Stone de 1970 a 1972 em Londres. O livro foi lançado nos Estados Unidos em 2006, e no Brasil no final de 2008 pela editora ZAHAR.

Não é novidade pra ninguém que a história é sobre o período em que os Stones se mudam para a Riviera Francesa, pra fugir de uma dívida milionária em impostos com a receita Federal da Inglaterra, gravar um disco e iniciar uma turnê americana pra “levantar” uma boa “grana”.

Esse foi um período marcado pelos resultados dos excessos dos maiores nomes do Rock´n´Roll como Janis Joplin, Jim Morrison, Jimi Hendrix e do fundador e parceiro dos Stones, Brian Jones.

A primeira parte do livro é bem cansativa, parece um desfile de “celebridades da revista Caras” viciados em Heroína . O autor busca descrever alguns dos personagens (sendo Keith Richards o ator principal), e explicar o momento em que a banda está na carreira.

A partir do “capítulo 8” a história tem algum “dinamismo” ou informações que os fãs têm realmente interesse, como o porão onde foram gravadas as músicas, o caos que inspirou as composições, a forma que os outros Stones eram tratados por Keith e Jagger (principalmente o coitado do Mick Taylor), à participação de Anita Pallenberg (que trocou Brian por Keith), as mixagens, etc.


Existem muitas “matérias” e “sinopses” na internet sobre o livro, por isso, ao invés de falar sobre o que já foi dito, seguem abaixo assuntos referentes a personalidades que constam no texto, as quais acho interessante a pesquisa sobre seus trabalhos:

Gram Parsons - (Byrds e Burrito Brothers) – Considerado um dos “grandes artistas populares” pela revista Rolling Stone, músico country, morreu de overdose de heroína em 19 de setembro de 1973, aos 26 anos de idade. Conforme o livro, Keith Richards tinha mais afinidade com Parsons do que com Mick Taylor. A influência da música country em canções como "Sweet Virginia" e "Sweet Black Angel" do Exile on Main St. é reconhecida por muitos como resultado dessa amizade, o que já havia ocorrido anteriormente com “Wild Horses”.

Jimmy Miller - (23 de março de 1942 – 22 de outubro de 1994), nasceu mo Brooklyn, New York, produtor musical responsável pelos “últimos grandes trabalhos” dos Rolling Stones sendo Beggars Banquet (1968), Let it Bleed (1969), Stick Fingers (1971) e Exile on Main Street (1972).
Miller foi responsável pela produção de álbuns fundamentais para os fãs de Rock Pesado, “Overkill” e “Bomber””(ambos de 1979) do Motorhead , New Hope for the Wretched (1980) do Plasmatics (o qual Miller não terminou devido ao vício em heroína).
O último trabalho importante foi “Screamadelica” com o Primal Scream, um dos marcos do “indie rock”.

Canções - das 18 faixas do álbum, cerca de um terço é anterior ao tempo que a banda passou no sul da França. “Sweet Virginia”, “Sweet Black Angel”, “Loving Cup”, “Stop Breaking Down” e “Shine a Light”, foram gravadas na época de Let it Bleed e Stick Fingers.

Exile on Main St. - o álbum não é um trabalho “fácil” de assimilar, é basicamente composto de canções cruas e tocadas "no tempo/rítmo" de músicos viciados em heroína, e por mais que a mixagem posterior tente “acertar”, a essência é essa mesma.

Muitos críticos (principalmente os americanos) “endeusam” o álbum, o qual parece que foi feito “sob medida” para aquela nação. (será que para resolver os problemas financeiros da banda?) Não é por acaso um dos discos preferido de Bruce Springsteen.

Eu fico com a opinião de quem participou diretamente daquilo (conforme consta no livro de Robert Greenfield), Mick Jagger: “É um pouco supervalorizado, para ser sincero. Não contêm tantas músicas excepcionais como os discos anteriores. O instrumental é bastante bom. Tem uma qualidade crua, mas não creio que no geral, seja tão bom assim... Não acho que seja nosso melhor trabalho. Também não tem letras boas. A gente extrapolou completamente”.

Quanto às críticas negativas, Keith Richards tem a melhor resposta aos críticos: “Ah, você sabe tudo, não é?”

Seguem abaixo alguns vídeos desse álbum dos Stones.


Anselmo

















Um comentário:

  1. Boa...
    Livros sobre os bastidores sempre são interessantes. Em se tratatando de uma banda deste porte, deve ter muita coisa interessante.
    Detalhe, este Robert Greenfield, é o mesmo autor da biografia do Bill Graham, já comentada por mim aqui no blog.

    Sandro

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