Como é sabido por todos, em 2009 comemorasse os 40 anos do Festival de Woodstock, que mesmo para aqueles que não viveram, não se interessam pelo movimento “Hippie” ou por artistas como The Who, Country Joe, Janis, Richie Havens, Hendrix, John Sebastian, Santana, The Grateful Dead, Sly and the Family Stone, Joe Cocker, não podem negar a importância do evento como um “divisor de águas” da cultura e expressão de toda uma geração.
Como forma pessoal de comemorar o aniversário do festival e me “interar” mais do assunto, comprei o livro “Aconteceu em Woodstock” de Elliot Tiber (e Tom Monte).
Elliot Tiber (Elliot Teichberg -1935) designer e escritor, um dos responsáveis pela realização do Festival de Woodstock na cidade de Bethel (EUA) em 1969. Foi professor de redação e atuação da New School University and Hunter College, em New York. Trabalhou em programas da CNN, NBC, CBS, e de diversas emissoras no mundo. Viveu com o diretor e professor belga Andre Ernotte, que adaptou o livro High Street (de autoria de Tiber) para o cinema, o qual ganhou diversos prêmios. Está engajado no projeto “Festival Gaystock”.
Quando comprei o livro, imaginava que encontraria informações inusitadas e casos curiosos dos artistas e produtores que realizaram o festival, no entanto, para minha grata surpresa, o texto vai muito além.
Para simplificar o assunto, o livro tem 300 páginas. Nas primeiras 100 temos um resumo da vida desafortunada do autor na desolada e abandonada cidade de Bethel e no falido hotel onde vivia com seus pais. A descoberta de sua homossexualidade e o sofrimento de ser “judeu” e “gay” numa sociedade conservadora americana nos anos 60, é "narrado" com humor brilhante.
Nas 100 páginas intermediárias, é descrito o desenvolvimento artístico de Elliot Tiber como Designer de Interiores no Village (Nova York), seus encontros sociais e inusitados com figuras interessantes como Marlon Brando, Rock Hudson, Truman Capote, e a participação ocular e direta na Rebelião Stonewall.
As 100 páginas finais (na verdade começa um pouco antes) contam a “sacada” de entrar em contato com os produtores que haviam perdido a licença para o Festival, oferecer hotel da família (El Monaco), e intermediar o aluguel da fazenda onde foi realizado o festival. Além do conflito com os moradores locais, a forma de lidar com um público de mais de 500 mil pessoas, e a amizade com o produtor hippie Michael Lang, são as melhores partes do livro.
“Aconteceu em Woodstock” serviu de base para o roteiro do filme de Ang Lee.
Segue abaixo o trailer do filme, e uma das minhas apresentações preferidas do festival: "Richie Havens".
Anselmo
Adorei o blog de voces a gente pode trocar figurinhas!
ResponderExcluirhttp://basicregisters.blogspot.com/2009/08/cafe-da-manha-pra-400-mil-woodstock.html :)
Eu tenho gravado o filme/documentário de mais ou menos 3 horas e só vi ainda hora e meia... muito bom o que vi até agora.
ResponderExcluirAcho inexplicavel tudo o que aconteceu em Woodstock e todas as sensações porque aquelas pessoas passaram lá... memorável foi concerteza.
Bjks
Valeu basicregisters....vamos conversar!
ResponderExcluirAeh Gema, Woodstock é desses momentos únicos da história da humanidade!
Anselmo
Anselmo, sensacional o texto e o trecho do filme do Ang Lee. Melhor ainda a apresentação desse Richie Havens - que swing esse som!...se ele tivesse que fazer um show , só podia tocar esa música e mais nada, porque gastou a energia toda nela...no final ele já tava possuído!... Parabéns pelas informações que só enriquecem ainda mais nossa cultura "roqueira"! Abraço aos Minervas!
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