Quanto mais a gente vai amadurecendo, algumas coisas na vida vão ficando mais presentes. Pode ser uma cobrança pessoal como o sucesso na carreira, o cuidado com a saúde, a necessidade de se fazer “algo notável”, pelo menos pra nós mesmos. Sabe aquele velho jargão “plantar uma árvore, escrever um livro, ter um filho”?
De todos acho que os “filhos” são os mais incríveis, pois você passa sua juventude jurando coisas do tipo: “Eu serei diferente que meus pais, comigo meu filho terá todas as oportunidades e darei todo apoio em seus desejos e ambições”.
Pois bem meu camarada, você se enganou. Não terás nenhum controle sobre eles, nem de quando virão ao mundo, e em alguns casos, nem de “como” virão ao mundo.
Ser “pai” já é uma tarefa complicada, pois quando se é “pai” de uma criança deficiente a superação e a atenção têm que ser maiores. Agora imaginem ser pai de duas crianças deficientes?
Isso aconteceu com o escritor, humorista e diretor de televisão francês Jean-Louis Fourier, o que resultou em um excelente livro chamado “Aonde a gente vai, papai?”
Conforme descrito pelo próprio autor, Fournier teve “dois fins do mundo”. Os filhos, Thomas e Mathieu, jamais aprenderam a ler, jamais compartilharam com o pai uma história, uma travessura, um aprendizado, ficaram mais velhos, mas não nunca se tornaram adultos.
Fournier narra sua história de vida com os filhos de forma irônica, ácida, direta, ás vezes demonstra toda sua impotência diante da situação, mas não se abate, ao contrário, sempre busca o lado peculiar do estado em que se encontra.
Vencedor do prestigiado Femina em 2008, o livro lançado no Brasil pela Editora Intrínseca é de fácil leitura, e apesar do tema, o texto não é pesado, pois mesmo da forma incisiva de como é escrito, no fim é uma mensagem de amor, de um pai para seus filhos, que eram apenas diferentes dos outros.
Recomendo a leitura a todos os pais, ou para aqueles que ainda serão um dia.
Anselmo
Bom dia e boa semana!!
ResponderExcluirbeijos
Estimado Guru! Confio nas suas recomendações de leitura e vou pegar esse livro com você assim que você me pagar uma pizza aí na sua residência...o convite tá demorando...já se passaram dois meses do meu casamento! Abraço! LEO.
ResponderExcluirFala Léo!!!! Valeu !!!
ResponderExcluirVai rolar a pizza com certeza.....aí a gente curte aquele som do Ben Harper...heheheheh...tá, um Nação Zumbi rola tambem....
Sem dúvida, uma história que merece ser conhecida. Criar filhos já é muito difícil, mesmo quando os temos como pessoas normais. Tenho dois filhos saudáveis, mas mesmo assim não foi mole criá-los. Então, fico a imaginar o que esse pobre pai passou com dois filhos doentes, como você descreve. Eu seguir o teu conselho e ler essa obra.
ResponderExcluirUm abraço,
Pedro.
Ola Pedri, muito obrigado pela mensagem.....e valeu pela "aula" sobre Albert Camus em seu Blog.
ResponderExcluirAnselmo
Também me chamou a a tenção esse livro. Já tinha lido sobre ele nas dicas de leitura da Veja. É sempre bom a gente encarar os problemas de um ponto de vista diferente. Aquele lance de hospital, cadeira de rodas, cirurgia... tudo isso é foda com certeza, de encarar. Mas e o dia a dia? Encarar a vida todo santo dia pra gente já é difícil, batalhamos o dia inteiro pra chegar no final do dia pra colocar as coisas na balança e tentar fazer com que as coisas boas fiquem um pouco mais pesadas que as ruins. Mas e pra quem a "natureza foi dura"?
ResponderExcluirDeixo a dica também do filme "Meu pé esquerdo" (My left foot), de 1989. Mesmo quem já viu, com certeza vai rever também.
Abraço a todos!
Dio
Valeu o comentário Dio...quanto ao filme "meu pé esquerdo"...eu ví, é um clássico!
ResponderExcluirComprei sexta-feira passada por acaso. Peguei hoje de madrugada e fui da primeira à última linha sem parar. Um livro de verdade, livre dos simulacros e hipocrisias de nossas conhecidas famílias.
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