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terça-feira, 23 de março de 2010

BOLEIROS - Era Uma Vez o Futebol

Quem acompanha o Minerva Pop pode perceber que eu e meu parceiro Sandro estamos sempre buscando deixar nossas opiniões sobre o que existe de melhor na cultura pop em geral (pelo menos do que a gente gosta).

Escrevemos sobre cinema, musica, literatura, teatro, e tudo mais que possa interessar. Porém, existem três temas que buscamos não comentar aqui no blog: Política, Religião e Futebol, pois assim ensinou nossos avós.

No entanto, desses assuntos extremamente polêmicos quando colocados em pauta, existe um em particular que somos extremamente aficionados, o futebol. E por sermos torcedores de times diferentes, e posso afirmar “fanáticos” por eles, decidimos NUNCA comentar sobre futebol, pois em muitos casos, e acredito que em 99% deles, a paixão sempre fala mais alto.

Mas infelizmente sou teimoso, e vou comentar sobre futebol sim, e recomendar o melhor filme brasileiro sobre essa preferência nacional, “Boleiros – Era uma vez o futebol” de 1998, dirigido por Ugo Giorgetti.

O filme se passa num bar, onde “ex-profissionais da bola” se reunem para contar “casos” que vivenciaram, que ocorreram em suas vidas, e conforme a história de cada um vai se desenrolando, um filme “flashback” mostra como o fato ocorreu.

O juiz “comprado” que altera as marcações de “impedimento” e “penalty” pra ajudar o tima da casa, O ex-grande craque que passa por uma situação difícil após o fim da carreira, a macumba como último recurso para ajudar um jogador contundido, a preocupação do técnico pra segurar seus jogadores na concentração.

Com atuações de Otávio Augusto, Adriano Stuart, Flávio Migliaccio, Cassio Gabus Mendes, Marisa Orth, Denise Fraga, Rogério Cardoso, Lima Duarte, André Abujamra, dentres outros, essa é uma obra primorosa, que mostra o lado do humor, da graça, da riqueza, e as vezes triste desse esporte de massa.

Um filme recomendado para quem gosta de futebol, e também para quem admira uma história apaixonante.

Como não achei "trailer" do filme, segue o trecho do "penalty"...sensacional!

Anselmo


3 comentários:

  1. Uma obra de arte!

    Não possuo qualidades cinematográficas para descrever tal obra, mas falando de Brasil e de um de seus principais produtos o Futebol essa película passa a ser mágica e entrar definitivamente como uma “obra de arte” da sétima arte!

    A produção cinematográfica brasileira no quesito futebol não existe isso para infelicidade geral da nação! Lá no “império do mal” a produção envolvendo o beisebol, basquetebol, o futebol deles e o boxe é algo de extraordinário!

    Se pegarmos só a produção dos filmes de boxe já deve dar uma diferença homérica.

    O futebol por se tratar de um assunto tão fácil aos brasileiros deveria ser mais bem explorado pelos produtores. O futebol é magnífico em todos os aspectos, principalmente na parte social da parada!

    Mas é um filme extraordinário! E a cena da penalidade máxima cansei de ver por esses campos várzeanos da periferia da zona leste!

    Provos Brasil sempre de passagem!

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  2. Fala Provos, obrigado pela visita!

    Anselmo, feliz escolha. Adoro "Boleiros" e este foi o auge do Ugo Giorgetti, que fez outros bons filmes também (Festa, Sábado, O Príncipe). O filme é leve, longe de ser uma obra-prima, mas pode ser visto mais de uma vez sem risco. Traz prazer para quem assiste.
    Também recomendo muito.

    Quanto ao tema, poderíamos abrir outra possibilidade, visto que atualmente estamos presenciando certos espetáculos nos gramados brasileiros dignos de serem chamados de obras de arte...(HÁHÁHÁHÁ). Brincadeiras a parte, devo voltar ao assunto em breve escrevendo sobre o ótimo livro do Nick Hornby chamado "Febre de Bola!"

    Abraços

    PS: Estarei fora do ar hoje a noite por conta do show do Franz Ferdinand.

    Sandro

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  3. Para quem gosta de futebol o filme é sensacional, principalmente a cena do juiz ladrão no penalty.

    O filme em si é o registro de uma época diferente, em que o futebol era mais paixão que negócio.

    Se vc assistiu "Boleiros 2", percebeu que Ugo Giorgetti tentou mostrar o futebol atual e com certeza o filme ficou menos agradável.

    Dois detalhes, toda a obra de Ugo Giorgetti é interessante, ele sempre usa a cidade de São Paulo como local de suas boas histórias.

    E por final, o livro Febre de Bola também é um delícia, vale cada linha e rendeu um longa apenas razoável com o mesmo título e com Colin Firth no papel principal.

    Abraço

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