minervapop

sábado, 27 de novembro de 2010

BUZZCOCKS NO BRASIL - Clash Club, 25 de Novembro de 2010.



Nessa última quinta-feira, dia 25 de novembro, tive a oportunidade de conferir o show dos Buzzcoks no Clash Club, e devo salientar que isso se deve ao meu parceiro de blog (Sandro), pois ele esteve em todas as apresentações no Brasil dos Buzzcocks (1996, 2001 e 2007) e lembrou de comprar meu ingresso para essa balada.

Chegamos ao Clash Club , localizado na Rua Barra Funda nr. 969, por volta das 9horas. O público presente surpreendeu, a percepção (a qual viria a ser constatada minutos mais tarde) era de casa cheia.

Com lotada e público eclético, composto de “rockers” de várias gerações, não demorou muito pra banda Californiana “The Adolescents” fazerem o primeiro show da noite. Esse grupo de punkrock tem cerca de 30 anos de estrada e já contou com músicos que participaram de grupos como o Social Distortion e o Agent Orange. O álbum de destaque de sua carreira continua sendo o homonimo de estréia de 1981, que contém as canções que mais agitaram o público, como “I Hate Children” , “Rip It Up” e “No Way”, incansavelmente interpretadas pelo vocalista (e integrante fundador) Tony Cadena.

Os Buzzcocks dispensam apresentações. Originais de Manchester (Inglaterra), começaram sua carreira em 1975 e foram, e sempre serão, fonte de inspiração para muitas bandas novas. O show em questão faz parte da turnê mundial “Another Bites”, com a proposta de um set list somente com músicas de seus primeiros discos de estúdio, como “Another Music in a Different Kitchen” , “Love Bites”,  “Spiral Scratch” e da coletânea “Singles Going Steady”.

Pette Shelley e Steve Diggle mandaram petardos como "Boredom" , "Fast Cars","Sick City", "Noise Annoys", "I Don't Mind" , “Do I Get” e "I Believe", que incendiaram a audiência no Clash Club na primeira parte do show. (Não que tenha alguma relevância, mas não posso deixar de comentar a “tradução fiel” da canção “I Believe” feita pelo Sr. Marcelo Nova e o seu Camisa de Vênus nos anos 80. A versão ficou conhecida como “O Adventista”, que na contracapa do disco era mencionada uma “inspiração” dos Buzzcocks, na verdade muito mais que isso).

Na volta pro bis, mandaram, "Oh Shit", "Ever Fallen in Love", e uma das preferidas do Sandro, "Orgasm Addict".

Apresentação histórica, que para muitos foi ideal para fechar o ciclo de shows em 2011. Será?

Anselmo


BUZZCOCKS NO BRASIL - Clash Club, 25 de Novembro de 2010.



Nessa última quinta-feira, dia 25 de novembro, tive a oportunidade de conferir o show dos Buzzcoks no Clash Club, e devo salientar que isso se deve ao meu parceiro de blog (Sandro), pois ele esteve em todas as apresentações no Brasil dos Buzzcocks (1996, 2001 e 2007) e lembrou de comprar meu ingresso para essa balada.

Chegamos ao Clash Club , localizado na Rua Barra Funda nr. 969, por volta das 9horas. O público presente surpreendeu, a percepção (a qual viria a ser constatada minutos mais tarde) era de casa cheia.

Com lotada e público eclético, composto de “rockers” de várias gerações, não demorou muito pra banda Californiana “The Adolescents” fazerem o primeiro show da noite. Esse grupo de punkrock tem cerca de 30 anos de estrada e já contou com músicos que participaram de grupos como o Social Distortion e o Agent Orange. O álbum de destaque de sua carreira continua sendo o homonimo de estréia de 1981, que contém as canções que mais agitaram o público, como “I Hate Children” , “Rip It Up” e “No Way”, incansavelmente interpretadas pelo vocalista (e integrante fundador) Tony Cadena.

Os Buzzcocks dispensam apresentações. Originais de Manchester (Inglaterra), começaram sua carreira em 1975 e foram, e sempre serão, fonte de inspiração para muitas bandas novas. O show em questão faz parte da turnê mundial “Another Bites”, com a proposta de um set list somente com músicas de seus primeiros discos de estúdio, como “Another Music in a Different Kitchen” , “Love Bites”,  “Spiral Scratch” e da coletânea “Singles Going Steady”.

Pette Shelley e Steve Diggle mandaram petardos como "Boredom" , "Fast Cars","Sick City", "Noise Annoys", "I Don't Mind" , “Do I Get” e "I Believe", que incendiaram a audiência no Clash Club na primeira parte do show. (Não que tenha alguma relevância, mas não posso deixar de comentar a “tradução fiel” da canção “I Believe” feita pelo Sr. Marcelo Nova e o seu Camisa de Vênus nos anos 80. A versão ficou conhecida como “O Adventista”, que na contracapa do disco era mencionada uma “inspiração” dos Buzzcocks, na verdade muito mais que isso).

Na volta pro bis, mandaram, "Oh Shit", "Ever Fallen in Love", e uma das preferidas do Sandro, "Orgasm Addict".

Apresentação histórica, que para muitos foi ideal para fechar o ciclo de shows em 2011. Será?

Anselmo


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

CINEMA NACIONAL - Reflexões de um Liquidificador, Como Esquecer & O Homem do Futuro,


O “post” de hoje é sobre cinema, mais precisamente sobre dois lançamentos de 2010, e uma produção prevista para 2011, as quais gostaria de comentar.

Quanto as duas primeiras, temos “Reflexões de Um Liquidificador”. Um misto de policial e comédia, o filme que tem um eletrodoméstico e uma taxidermista como protagonistas.

A história é narrada por um liquidificador (voz de Selton Mello), um aparelho antigo que habita a cozinha de Elvira (Ana Lucia Torre). O filme começa com Elvira prestando queixa em uma delegacia contra o desaparecimento do marido. Não tarda muito para que este mistério – que alguns poderiam crer ser o centro da trama – ser solucionado. Basta que a dona de casa retorne ao lar, sob suspeita de assassinato, para que o público deduza o que aconteceu.

Com direção de André Klotzel , o filme desperta a curiosidade do espectador que admira o trabalho de Selton Mello.


Ainda em 2010 temos o novo trabalho de Ana Paula Arósio, “Como Esquecer”, o segundo filme da cineasta Malu de Martino. Baseado no livro de Myriam Capello, a película tem como base os sentimentos universais, como a perda de um grande amor, a amizade, o recomeço. Ana Paula interpreta Júlia, uma professora de literatura inglesa que tenta reconstruir sua vida após um longo namoro com Antônia. Na trama, o ator Murilo Rosa também interpreta um homossexual, que contribui para amenizar o clima depressivo que envolve a perda de um grande amor.

Em agosto desse ano iniciaram as filmagens de “O Homem do Futuro”, longa-metragem estrelado pelo ator Wagner Moura e roteiro/direção de Claudio Torres. O elenco também conta com os atores Fernando Ceylão, Maria Luisa Mendonça e Gabriel Braga Nunes.

O filme conta a história de Zero (Moura), um cientista que, acidentalmente, consegue voltar ao passado e tem a chance de reconquistar Helena, a mulher amada vivida pela atriz Alinne Moraes, e dar outro rumo a sua vida. Porém, quando retorna ao presente, ele descobre que seu futuro não é nada agradável. Para corrigir as coisas, a solução é voltar novamente ao passado e corrigir o erro cometido por ele mesmo.

Confiram os “trailers” abaixo.

Anselmo







CINEMA NACIONAL - Reflexões de um Liquidificador, Como Esquecer & O Homem do Futuro,


O “post” de hoje é sobre cinema, mais precisamente sobre dois lançamentos de 2010, e uma produção prevista para 2011, as quais gostaria de comentar.

Quanto as duas primeiras, temos “Reflexões de Um Liquidificador”. Um misto de policial e comédia, o filme que tem um eletrodoméstico e uma taxidermista como protagonistas.

A história é narrada por um liquidificador (voz de Selton Mello), um aparelho antigo que habita a cozinha de Elvira (Ana Lucia Torre). O filme começa com Elvira prestando queixa em uma delegacia contra o desaparecimento do marido. Não tarda muito para que este mistério – que alguns poderiam crer ser o centro da trama – ser solucionado. Basta que a dona de casa retorne ao lar, sob suspeita de assassinato, para que o público deduza o que aconteceu.

Com direção de André Klotzel , o filme desperta a curiosidade do espectador que admira o trabalho de Selton Mello.


Ainda em 2010 temos o novo trabalho de Ana Paula Arósio, “Como Esquecer”, o segundo filme da cineasta Malu de Martino. Baseado no livro de Myriam Capello, a película tem como base os sentimentos universais, como a perda de um grande amor, a amizade, o recomeço. Ana Paula interpreta Júlia, uma professora de literatura inglesa que tenta reconstruir sua vida após um longo namoro com Antônia. Na trama, o ator Murilo Rosa também interpreta um homossexual, que contribui para amenizar o clima depressivo que envolve a perda de um grande amor.

Em agosto desse ano iniciaram as filmagens de “O Homem do Futuro”, longa-metragem estrelado pelo ator Wagner Moura e roteiro/direção de Claudio Torres. O elenco também conta com os atores Fernando Ceylão, Maria Luisa Mendonça e Gabriel Braga Nunes.

O filme conta a história de Zero (Moura), um cientista que, acidentalmente, consegue voltar ao passado e tem a chance de reconquistar Helena, a mulher amada vivida pela atriz Alinne Moraes, e dar outro rumo a sua vida. Porém, quando retorna ao presente, ele descobre que seu futuro não é nada agradável. Para corrigir as coisas, a solução é voltar novamente ao passado e corrigir o erro cometido por ele mesmo.

Confiram os “trailers” abaixo.

Anselmo







segunda-feira, 22 de novembro de 2010

COMO FOI O PLANETA TERRA FESTIVAL 2010

Queria ter escrito ontem, mas estava muito cansado e acabei "postando" apenas uns vídeos que serviram como amostra da balada. Agora segue minha opinião. Vou manter a mesma estrutura do texto que publicamos sobre a edição 2009 deste mesmo festival (leia aqui).

Local: O Playcenter estreou como casa do festival no ano passado e a exemplo da edição de 2009, mostrou-se uma feliz escolha. As 20 mil pessoas que esgotaram os ingressos com 2 meses de antecedência foram bem tratadas. O espaço é mais do que suficiente para todo mundo, o que para mim deve-se ao acerto no dimensionamento dos ingressos vendidos. A sinalização é adequada. Todos os pontos para venda de fichas estavam com filas organizadas, espalhados em vários pontos, com caixas prestativos e até onde eu vi o sistema de venda pelo cartão, funcionou. Novamente havia bares em número suficiente com cerveja e água geladas durante toda a noite. O único ponto complicado era a fila única para a compra de comida, que estava gigante, apesar de andar relativamente rápido. Eu, o Ivan e o Willian resolvemos este problema gastando todas nossas fichas em cerveja, deixando para matar a fome com um pastel da feira do largo de Santa Cecília.

Organização: Mediante a febre idiota das famosas pistas VIP que vimos neste 2010, é preciso festejar o fato de não ter rolado isso no Planeta Terra, onde os VIPs ficaram numa área reservada e na lateral do palco como deve ser. O sistema de som estava bom, considerando o padrão de festivais ao ar livre. Os telões de boa qualidade e em tamenho que permitia aos presentes visualizar os shows mesmo de bem longe. Este ano não tivemos a transmissão de entrevistas durante os intervalos dos shows. Uma pena, pois no ano passado certos constrangimentos eram bem engraçados. A pontualidade também imperou e não houve nehum grande atraso. A disposição dos horários dos shows das bandas divididas em 2 palcos (que eram distantes um do outro) foi meio cruel e exigiu que alguns sacrifícios fossem feitos, mas faz parte da festa.

Shows: Este ano cheguei mais cedo e deu para assistir mais apresentações. Pela ordem:

Holger: Deu para pegar somente o finalzinho enquanto tocavam um cover dos Pixies (Hey), sendo que depois disso rolou só mais uma música. Portanto não dá para avaliar, mas o fato é que apesar de pouca gente na platéia (ainda era a tarde), a banda paulista empolgou. O final foi bem bacana, quando eles pularam a grade cantando um funk carioca (ou miami bass, como queiram) e pulando no meio da galera, numa interação completa.

Of Montreal: Eu não gosto da banda, então qualquer julgamento fica comprometido. Vi quase 1 hora do show, que eu definiria como exótico. Para mim a banda procura compensar o fato de ser fraca musicalmente com uma apresentação teatral cheia de fantasias que beira o ridículo. Há quem goste e durante a noite ouvi gente dizendo que aquele tinha sido o melhor show do festival. Enfim, gosto é gosto.

Yeasayer: Assisti só o começo. O suficiente para sentir o grau de concentração do vocalista que logo de cara mandou um "Hello Buenos Aires!". Corrigiu na sequencia, mas a gafe foi feia. Umas 4 músicas foram suficientes para dar uma noção de que o show seria fraco e eu segui para ver qual era a do Mika.

Mika: Acho o som do cara pop até demais para o meu gosto. É legal, mas não é o tipo de som que ouço normalmente. Minha expectativa era bem baixa. Talvez por esta razão, fiquei de boca aberta. O cara é estiloso. Sua banda também. Parece um bailarino no palco e não para um minuto. Levantou a galera com sua energia e colocou muita gente para dançar. Uns se seguraram, mas a coisa era contagiante. Achei o show muito bom e para mim foi a grande surpresa do festival. Tinha a idéia de ver só um pedaço e acabei assistindo inteiro.

Passion Pit: Uma das minhas frustrações. Queria muito ver, mas devido ao horário do show do Phoenix estar programado para começar meia hora depois, assisti somente ao início. Gostei das 3 primeiras músicas e acho que certamente iria curtr o restante. Uma pena.

Phoenix: De forma surpreendente, pelo menos para mim, foi o show com mais público da noite. Num contraste enorme com o forte apelo visual de outras atrações, os franceses fizeram uma apresentação sem frescuras, com uma iluminação simples. Apesar do ritmo ter caído um pouco lá pelo meio do show e deles não terem conseguido empolgar realmente a galera, este foi o show que mais gostei no festival. O melhor da noite na minha opinião. Para fechar o vocalista Thomas Mars (marido da Sofia Coppola) se jogou na platéia e foi "nadando" sobre as pessoas até um pilar com uma escada localizado muitos metros longe do palco. Subiu lá, descansou por uns segundos e depois voltou literalmente rolando em cima das cabeças da galera.

Hot Chip: Outra frustração. Não consegui assistir um segundo sequer. Decidi por ver o Phoenix até o final e esperar para pegar O Pavement desde a primaira música. Os amigos que fizeram a opção inversa disseram que não se arrependeram e que o show foi arrasador.

Pavement: Muita calma nesta hora. A banda é referência absoluta para o rock alternativo norte-americano. Amada e idolatrada pelos indies, falar mal do Pavement é pecado. E não serei eu a cometer este "crime" aqui no blog, mas também não vou elogiar por elogiar, só por obrigação. Não dá para dizer que o show foi ruim, mas não "bateu" como deveria. Também de forma surpreendente havia pouco público para assistí-los. Além disso muita gente estava dispersa e mesmo a banda fazendo um show intenso tinha muitas pessoas pelos cantos sem prestar muita atenção. O show chegou a ter seus momentos chatos e no final considerei no máximo como bom. Nada além disso. Longe de ser histórico como o nome Pavement sugeria, ainda mais se tratando da tour da volta dos caras depois de mais de 10 anos inativos.

Empire Of The Sun: Não vi, mas também não estava na minha programação. O camarada que assistiu gostou muito e pelo que pude ver no vídeo que ele gravou foi talvez a apresentação mais exótica (as dançarinas com máscaras de peixe que o digam).

Smashing Pumpkins: Billy Corgan é um mala. Isso não é novidade nenhuma e se ilude quem acha que ele vai se comportar de forma diferente no palco. O eterno líder do Smashing Pumpkins e já algum tempo único sobrevivente da formação clássica não gosta de facilitar. Apesar da banda ter um caminhão de hits construidos ao longo dos mais de 20 anos de estrada, o repertório escolhido para esta tour ficou devendo bastante. Corgan priorizou os últimos discos ("Adore", "Machina" e "Zeitgeist") quando poderia simplesmente sair com uma turnê tocando o "Siamese Dream" ou o "Gish" na íntegra, completando com umas do Mellon Collie no bis e a coisa seria sucesso mundial. Mas não. Dá-lhe músicas destes albuns mais recentes. Boas músicas diga-se de passagem, mas eu queria era mesmo ver os clássicos. Não me surpreendi porque pesquisei os setlists dos últimos shows e o que assistimos aqui foi uma repetição do que eles tem tocado pelo mundo afora. A única diferença foi a péssima idéia de deixar de fora "só" uma de minhas músicas preferidas desde sempre, "Disarm" (na Argentina rolou...). Não sou adepto a saudosismo barato, mas dessa vez devo dizer que o show deles no Hollywood Rock em 1996, com sua formação ideal, foi muito melhor do que este aqui, que ainda assim foi um show muito bom. Só que valeu mais para quem não tinha visto antes. Para fechar quero ainda comentar que o baterista parecia ter menos de 18 anos (moleque total), mas tocou muito.

É isso. Eu que frequento festivais aqui no Brasil desde 1991 quando fui ao Rock in Rio 2, considero o Planeta Terra o melhor de todos. Tudo bem que dimensão seja bem menor, que envolva menos gente, mas organização e respeito ao público são premissas que devem superar problemas relacionadoos ao tamanho do festival. Nestes quesitos, comparar o recente SWU (posts aqui) com o Terra chega até ser covardia.


Sandro







COMO FOI O PLANETA TERRA FESTIVAL 2010

Queria ter escrito ontem, mas estava muito cansado e acabei "postando" apenas uns vídeos que serviram como amostra da balada. Agora segue minha opinião. Vou manter a mesma estrutura do texto que publicamos sobre a edição 2009 deste mesmo festival (leia aqui).

Local: O Playcenter estreou como casa do festival no ano passado e a exemplo da edição de 2009, mostrou-se uma feliz escolha. As 20 mil pessoas que esgotaram os ingressos com 2 meses de antecedência foram bem tratadas. O espaço é mais do que suficiente para todo mundo, o que para mim deve-se ao acerto no dimensionamento dos ingressos vendidos. A sinalização é adequada. Todos os pontos para venda de fichas estavam com filas organizadas, espalhados em vários pontos, com caixas prestativos e até onde eu vi o sistema de venda pelo cartão, funcionou. Novamente havia bares em número suficiente com cerveja e água geladas durante toda a noite. O único ponto complicado era a fila única para a compra de comida, que estava gigante, apesar de andar relativamente rápido. Eu, o Ivan e o Willian resolvemos este problema gastando todas nossas fichas em cerveja, deixando para matar a fome com um pastel da feira do largo de Santa Cecília.

Organização: Mediante a febre idiota das famosas pistas VIP que vimos neste 2010, é preciso festejar o fato de não ter rolado isso no Planeta Terra, onde os VIPs ficaram numa área reservada e na lateral do palco como deve ser. O sistema de som estava bom, considerando o padrão de festivais ao ar livre. Os telões de boa qualidade e em tamenho que permitia aos presentes visualizar os shows mesmo de bem longe. Este ano não tivemos a transmissão de entrevistas durante os intervalos dos shows. Uma pena, pois no ano passado certos constrangimentos eram bem engraçados. A pontualidade também imperou e não houve nehum grande atraso. A disposição dos horários dos shows das bandas divididas em 2 palcos (que eram distantes um do outro) foi meio cruel e exigiu que alguns sacrifícios fossem feitos, mas faz parte da festa.

Shows: Este ano cheguei mais cedo e deu para assistir mais apresentações. Pela ordem:

Holger: Deu para pegar somente o finalzinho enquanto tocavam um cover dos Pixies (Hey), sendo que depois disso rolou só mais uma música. Portanto não dá para avaliar, mas o fato é que apesar de pouca gente na platéia (ainda era a tarde), a banda paulista empolgou. O final foi bem bacana, quando eles pularam a grade cantando um funk carioca (ou miami bass, como queiram) e pulando no meio da galera, numa interação completa.

Of Montreal: Eu não gosto da banda, então qualquer julgamento fica comprometido. Vi quase 1 hora do show, que eu definiria como exótico. Para mim a banda procura compensar o fato de ser fraca musicalmente com uma apresentação teatral cheia de fantasias que beira o ridículo. Há quem goste e durante a noite ouvi gente dizendo que aquele tinha sido o melhor show do festival. Enfim, gosto é gosto.

Yeasayer: Assisti só o começo. O suficiente para sentir o grau de concentração do vocalista que logo de cara mandou um "Hello Buenos Aires!". Corrigiu na sequencia, mas a gafe foi feia. Umas 4 músicas foram suficientes para dar uma noção de que o show seria fraco e eu segui para ver qual era a do Mika.

Mika: Acho o som do cara pop até demais para o meu gosto. É legal, mas não é o tipo de som que ouço normalmente. Minha expectativa era bem baixa. Talvez por esta razão, fiquei de boca aberta. O cara é estiloso. Sua banda também. Parece um bailarino no palco e não para um minuto. Levantou a galera com sua energia e colocou muita gente para dançar. Uns se seguraram, mas a coisa era contagiante. Achei o show muito bom e para mim foi a grande surpresa do festival. Tinha a idéia de ver só um pedaço e acabei assistindo inteiro.

Passion Pit: Uma das minhas frustrações. Queria muito ver, mas devido ao horário do show do Phoenix estar programado para começar meia hora depois, assisti somente ao início. Gostei das 3 primeiras músicas e acho que certamente iria curtr o restante. Uma pena.

Phoenix: De forma surpreendente, pelo menos para mim, foi o show com mais público da noite. Num contraste enorme com o forte apelo visual de outras atrações, os franceses fizeram uma apresentação sem frescuras, com uma iluminação simples. Apesar do ritmo ter caído um pouco lá pelo meio do show e deles não terem conseguido empolgar realmente a galera, este foi o show que mais gostei no festival. O melhor da noite na minha opinião. Para fechar o vocalista Thomas Mars (marido da Sofia Coppola) se jogou na platéia e foi "nadando" sobre as pessoas até um pilar com uma escada localizado muitos metros longe do palco. Subiu lá, descansou por uns segundos e depois voltou literalmente rolando em cima das cabeças da galera.

Hot Chip: Outra frustração. Não consegui assistir um segundo sequer. Decidi por ver o Phoenix até o final e esperar para pegar O Pavement desde a primaira música. Os amigos que fizeram a opção inversa disseram que não se arrependeram e que o show foi arrasador.

Pavement: Muita calma nesta hora. A banda é referência absoluta para o rock alternativo norte-americano. Amada e idolatrada pelos indies, falar mal do Pavement é pecado. E não serei eu a cometer este "crime" aqui no blog, mas também não vou elogiar por elogiar, só por obrigação. Não dá para dizer que o show foi ruim, mas não "bateu" como deveria. Também de forma surpreendente havia pouco público para assistí-los. Além disso muita gente estava dispersa e mesmo a banda fazendo um show intenso tinha muitas pessoas pelos cantos sem prestar muita atenção. O show chegou a ter seus momentos chatos e no final considerei no máximo como bom. Nada além disso. Longe de ser histórico como o nome Pavement sugeria, ainda mais se tratando da tour da volta dos caras depois de mais de 10 anos inativos.

Empire Of The Sun: Não vi, mas também não estava na minha programação. O camarada que assistiu gostou muito e pelo que pude ver no vídeo que ele gravou foi talvez a apresentação mais exótica (as dançarinas com máscaras de peixe que o digam).

Smashing Pumpkins: Billy Corgan é um mala. Isso não é novidade nenhuma e se ilude quem acha que ele vai se comportar de forma diferente no palco. O eterno líder do Smashing Pumpkins e já algum tempo único sobrevivente da formação clássica não gosta de facilitar. Apesar da banda ter um caminhão de hits construidos ao longo dos mais de 20 anos de estrada, o repertório escolhido para esta tour ficou devendo bastante. Corgan priorizou os últimos discos ("Adore", "Machina" e "Zeitgeist") quando poderia simplesmente sair com uma turnê tocando o "Siamese Dream" ou o "Gish" na íntegra, completando com umas do Mellon Collie no bis e a coisa seria sucesso mundial. Mas não. Dá-lhe músicas destes albuns mais recentes. Boas músicas diga-se de passagem, mas eu queria era mesmo ver os clássicos. Não me surpreendi porque pesquisei os setlists dos últimos shows e o que assistimos aqui foi uma repetição do que eles tem tocado pelo mundo afora. A única diferença foi a péssima idéia de deixar de fora "só" uma de minhas músicas preferidas desde sempre, "Disarm" (na Argentina rolou...). Não sou adepto a saudosismo barato, mas dessa vez devo dizer que o show deles no Hollywood Rock em 1996, com sua formação ideal, foi muito melhor do que este aqui, que ainda assim foi um show muito bom. Só que valeu mais para quem não tinha visto antes. Para fechar quero ainda comentar que o baterista parecia ter menos de 18 anos (moleque total), mas tocou muito.

É isso. Eu que frequento festivais aqui no Brasil desde 1991 quando fui ao Rock in Rio 2, considero o Planeta Terra o melhor de todos. Tudo bem que dimensão seja bem menor, que envolva menos gente, mas organização e respeito ao público são premissas que devem superar problemas relacionadoos ao tamanho do festival. Nestes quesitos, comparar o recente SWU (posts aqui) com o Terra chega até ser covardia.


Sandro







sábado, 20 de novembro de 2010

BEADY EYE - Bring The Light

Acho que foi nos meados dos anos 90, não estou bem certo, fui conferir um show do “The Cult” na antiga casa de shows Olimpia, situada na região da Pompéia. Antes do show, durante uma cerveja e outra, enquanto os “roadies” preparavam os equipamentos no palco, canções de uma banda desconhecida saíam dos falantes. Ninguém estava muito ligado naquele som, porém havia uma estrofe que ficou na minha cabeça por muitos dias : “I live my life in the city There's no easy way out , The day's moving just too fast for me”.(Rock´n´Roll Star). Dias depois comprei "Definitely Maybe" da banda OASIS.

Infelizmente, pelo menos pra mim, a banda dos “irmãos Gallagher” não existe mais, no entanto o irmão mais insuportável tem seu novo grupo musical, o Beady Eye.

Natural de Londres ,a banda é formada por ex-membros do próprio Oasis, com Liam Gallagher, Gem Archer, Andy Bell e Chris Sharrock. Os trabalhos começaram em Novembro de 2009, sendo que o primeiro single foi lançado recentemente. Em uma  entrevista ao jornal inglês The Sunday Times, Liam Gallagher disse que a nova banda será maior que o próprio Oasis, e que seu irmão,Noel Gallagher, "irá voltar para a banda rastejando em breve".

Após algumas pesquisas em blogs e sites especializados, encontrei muitos textos de reprovação ao novo trabalho de Liam Gallagher, especialmente com relação a letra do novo single “Bring the Light”. Confiram o vídeo abaixo e tirem suas próprias conclusões.


Anselmo


BEADY EYE - Bring The Light

Acho que foi nos meados dos anos 90, não estou bem certo, fui conferir um show do “The Cult” na antiga casa de shows Olimpia, situada na região da Pompéia. Antes do show, durante uma cerveja e outra, enquanto os “roadies” preparavam os equipamentos no palco, canções de uma banda desconhecida saíam dos falantes. Ninguém estava muito ligado naquele som, porém havia uma estrofe que ficou na minha cabeça por muitos dias : “I live my life in the city There's no easy way out , The day's moving just too fast for me”.(Rock´n´Roll Star). Dias depois comprei "Definitely Maybe" da banda OASIS.

Infelizmente, pelo menos pra mim, a banda dos “irmãos Gallagher” não existe mais, no entanto o irmão mais insuportável tem seu novo grupo musical, o Beady Eye.

Natural de Londres ,a banda é formada por ex-membros do próprio Oasis, com Liam Gallagher, Gem Archer, Andy Bell e Chris Sharrock. Os trabalhos começaram em Novembro de 2009, sendo que o primeiro single foi lançado recentemente. Em uma  entrevista ao jornal inglês The Sunday Times, Liam Gallagher disse que a nova banda será maior que o próprio Oasis, e que seu irmão,Noel Gallagher, "irá voltar para a banda rastejando em breve".

Após algumas pesquisas em blogs e sites especializados, encontrei muitos textos de reprovação ao novo trabalho de Liam Gallagher, especialmente com relação a letra do novo single “Bring the Light”. Confiram o vídeo abaixo e tirem suas próprias conclusões.


Anselmo


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

STEREOPHONICS NO BRASIL - Salve seu ano

Bem, todos sabem o quanto este 2010 foi divertido para aqueles que curtem torrar uma grana em shows de seus artistas preferidos. Para quem gosta, vale a pena, testemunho deste blogueiro que vos escreve.

Depois de tanta coisa (leia aqui) o ano está acabando e restam poucas atrações. Então o post de hoje é uma grande dica.

Se você perdeu este monte de show que já rolou. Se você vacilou e não garantiu lugar para o último festival do ano (Planeta Terra) que acontece no próximo sábado e cujos ingressos estão esgotados faz quase dois meses. Se você não teve tempo, coragem, paciência ou dinheiro para correr atrás dos ingressos para o Paul McCartney. Se você mora em São Paulo. Trago a solução.

Ponha todas suas fichas no show desta quinta-feira no CitiBank Hall. Direto do País de Gales (mais aqui) receberemos pela primeira vez no Brasil: Stereophonics. Na minha opinião a satisfação é garantida.

Originalmente um trio, a banda foi formada em 1992 pelo baterista Stuart Cable, pelo baixista Richard Jones e pelo sensacional vocalista, guitarrista (ocasional piano) Kelly Jones. A voz de Kelly merece uma citação especial. Rouco na medida certa, é um de meus vocalistas preferidos em atividade.

Com esta formação eles lançaram quatro discos. "Word Gets Around" (1997), "Performance and Cocktails" (1999), "Just Enough Education to Perform" (2001) e "You Gotta Go There to Come Back" (2003). Sinceramente não sei dizer qual é o melhor. Depende da época meu gosto muda. Considero todos ótimos.

Ainda em 2003, Stuart Cable saiu da banda e o Stereophonics tornou-se um quarteto com a entrada do argentino Javier Wayler na bateria e Adam Zindani como guitarrista. Seguiram-se o sensacional "Language.Sex.Violence.Other?" (2005), disco que traz o maior sucesso do grupo, "Dakota", depois veio "Pull the Pill" (2007), talvez o trabalho mais fraco e por fim o recente "Keep Calm and Carry On" (2009).

Em tese o show que veremos faz parte do final da turnê de divulgação deste último album. Digo em tese porque pelo que pesquisei nos shows de outubro eles não priorizaram este disco e tocaram muita coisa dos dois primeiros trabalhos.

É esperar para ver. O certo é que eles não usam um setlist padrão e a variação das músicas é uma constante. No show que deve ter entre 20 e 25 músicas eu arricaria nove como certas, pois estiveram em todas as apresentações dos últimos meses.
São elas:
"A Thousand Trees", "More Life in a Tramps Vest" e "Local Boy in the Photograph", "Just Looking", "The Bartender and the Thief", "Pick a Part That's New", "Have a Nice Day", "Maybe Tommorrow" e "Dakota".

Enfim, ainda dá tempo. Apesar de pouco badalada (principalmente no Brasil) e vista por muitos como uma banda de segundo escalão, o Stereophonics com seu rock básico e honesto é muito melhor do que a imensa maioria das "novidades" britânicas que aparecem a cada mês e são pintadas como a salvação da música.

Se não for possível ir ao show, curta as amostras que deixei aí embaixo. São ""A Thousand Trees", "Have a Nice Day", "Maybe Tomorrow" e Dakota". Todas com clipes lindos, outra característica do Stereophonics. Quem sabe não bate uma vontade em cima da hora?


Sandro







STEREOPHONICS NO BRASIL - Salve seu ano

Bem, todos sabem o quanto este 2010 foi divertido para aqueles que curtem torrar uma grana em shows de seus artistas preferidos. Para quem gosta, vale a pena, testemunho deste blogueiro que vos escreve.

Depois de tanta coisa (leia aqui) o ano está acabando e restam poucas atrações. Então o post de hoje é uma grande dica.

Se você perdeu este monte de show que já rolou. Se você vacilou e não garantiu lugar para o último festival do ano (Planeta Terra) que acontece no próximo sábado e cujos ingressos estão esgotados faz quase dois meses. Se você não teve tempo, coragem, paciência ou dinheiro para correr atrás dos ingressos para o Paul McCartney. Se você mora em São Paulo. Trago a solução.

Ponha todas suas fichas no show desta quinta-feira no CitiBank Hall. Direto do País de Gales (mais aqui) receberemos pela primeira vez no Brasil: Stereophonics. Na minha opinião a satisfação é garantida.

Originalmente um trio, a banda foi formada em 1992 pelo baterista Stuart Cable, pelo baixista Richard Jones e pelo sensacional vocalista, guitarrista (ocasional piano) Kelly Jones. A voz de Kelly merece uma citação especial. Rouco na medida certa, é um de meus vocalistas preferidos em atividade.

Com esta formação eles lançaram quatro discos. "Word Gets Around" (1997), "Performance and Cocktails" (1999), "Just Enough Education to Perform" (2001) e "You Gotta Go There to Come Back" (2003). Sinceramente não sei dizer qual é o melhor. Depende da época meu gosto muda. Considero todos ótimos.

Ainda em 2003, Stuart Cable saiu da banda e o Stereophonics tornou-se um quarteto com a entrada do argentino Javier Wayler na bateria e Adam Zindani como guitarrista. Seguiram-se o sensacional "Language.Sex.Violence.Other?" (2005), disco que traz o maior sucesso do grupo, "Dakota", depois veio "Pull the Pill" (2007), talvez o trabalho mais fraco e por fim o recente "Keep Calm and Carry On" (2009).

Em tese o show que veremos faz parte do final da turnê de divulgação deste último album. Digo em tese porque pelo que pesquisei nos shows de outubro eles não priorizaram este disco e tocaram muita coisa dos dois primeiros trabalhos.

É esperar para ver. O certo é que eles não usam um setlist padrão e a variação das músicas é uma constante. No show que deve ter entre 20 e 25 músicas eu arricaria nove como certas, pois estiveram em todas as apresentações dos últimos meses.
São elas:
"A Thousand Trees", "More Life in a Tramps Vest" e "Local Boy in the Photograph", "Just Looking", "The Bartender and the Thief", "Pick a Part That's New", "Have a Nice Day", "Maybe Tommorrow" e "Dakota".

Enfim, ainda dá tempo. Apesar de pouco badalada (principalmente no Brasil) e vista por muitos como uma banda de segundo escalão, o Stereophonics com seu rock básico e honesto é muito melhor do que a imensa maioria das "novidades" britânicas que aparecem a cada mês e são pintadas como a salvação da música.

Se não for possível ir ao show, curta as amostras que deixei aí embaixo. São ""A Thousand Trees", "Have a Nice Day", "Maybe Tomorrow" e Dakota". Todas com clipes lindos, outra característica do Stereophonics. Quem sabe não bate uma vontade em cima da hora?


Sandro







segunda-feira, 15 de novembro de 2010

SE BEBER, NÃO CASE - The Hangover


Confesso que nesse final de semana prolongado, devido ao feriado, estou no maior “bode”. Não tinha muita idéia do que escrever, até que , por indicação de amigos, decidi assistir a comédia “Se Beber, Não Case”(The Hangover).

O filme conta a história de três amigos que vão para a cidade de Las Vegas para uma festa de despedida de solteiro. Porém, devido a uma ironia do destino, perdem o noivo a apenas 40 horas do início da cerimônia. No dia seguinte, todos os amigos estão de ressaca e, conseqüentemente, ninguém se lembra do que aconteceu. Para encontrar o noivo desaparecido, os três amigos terão reconstituir os passos da noite anterior, descobrir em que momento as coisas ficaram nebulosas, e de preferência, levar Doug de volta a Los Angeles a tempo para o casamento. O problema é que, quanto mais eles descobrem, mais percebem o quanto estão encrencados.

O fato de ter um elenco desconhecido, é um adicional, um charme para essa comédia que liderou as bilheterias norte-americanas nas primeiras semanas de exibição, com boa arrecadação.

Depois desse filme, vou conferir os outros trabalhos do diretor Todd Phillips, como “Dias Incriveis”, e o mais recente “Um Parto de Viagem”.

Confira o trailer abaixo (Uma dica, assista o filme até os créditos finais).

Anselmo


SE BEBER, NÃO CASE - The Hangover


Confesso que nesse final de semana prolongado, devido ao feriado, estou no maior “bode”. Não tinha muita idéia do que escrever, até que , por indicação de amigos, decidi assistir a comédia “Se Beber, Não Case”(The Hangover).

O filme conta a história de três amigos que vão para a cidade de Las Vegas para uma festa de despedida de solteiro. Porém, devido a uma ironia do destino, perdem o noivo a apenas 40 horas do início da cerimônia. No dia seguinte, todos os amigos estão de ressaca e, conseqüentemente, ninguém se lembra do que aconteceu. Para encontrar o noivo desaparecido, os três amigos terão reconstituir os passos da noite anterior, descobrir em que momento as coisas ficaram nebulosas, e de preferência, levar Doug de volta a Los Angeles a tempo para o casamento. O problema é que, quanto mais eles descobrem, mais percebem o quanto estão encrencados.

O fato de ter um elenco desconhecido, é um adicional, um charme para essa comédia que liderou as bilheterias norte-americanas nas primeiras semanas de exibição, com boa arrecadação.

Depois desse filme, vou conferir os outros trabalhos do diretor Todd Phillips, como “Dias Incriveis”, e o mais recente “Um Parto de Viagem”.

Confira o trailer abaixo (Uma dica, assista o filme até os créditos finais).

Anselmo


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

BELLE AND SEBASTIAN NO BRASIL - Como foi o show

Viva o ecletismo! (leia aqui) Saímos de um post sobre a lenda punk Jello Biafra (post aqui) e caimos direto para a banda mais "fofa" do mundo, o Belle and Sebastian.

Tive o prazer de assistir nesta quarta-feira o show que a sensacional banda escocesa fez no Via Funchal aqui em São Paulo. E foi ótimo.

Isso mesmo. O show foi muito bom. Sei que esta opinião é divergente de quase todas as resenhas que li na internet durante o dia. Mas eu que mantenho este blog pessoal e não sou (nem pretendo ser) crítico de música, considerei a maioria dos argumentos destes que acharam o show fraco pura bobagem.

Vários escreveram que o show deles no Free Jazz Festival em 2001 foi muito melhor. Eu estava lá e vi. Não é verdade. Isso é coisa de gente que gosta de "crescer" dizendo para os mais novos (pelas carinhas que estavam no Via Funchal a maioria não foi em 2001) que o que eles perderam é o que valeu. Que este foi fraco....

Por exemplo, cheguei a ler que a vocalista Isobel Campbell fez falta. Ora, a mina já saiu da banda há anos, então é óbvio que ela não estaria nesta apresentação. E além de tudo ela também não veio ao Brasil em 2001 (medo de avião).

Disseram que o repertório de antes era melhor. Isso é discutível. Eu particularmente acho "Dear Catastrophe Waitress" (de 2003) e "Write About Love" (lançado agora em outubro de 2010) discos muito bons. Foram tocadas 9 músicas extraídas destes trabalhos e todas de primeira. Claro que eu gostaria muito de ter ouvido algo do album de estréia "Tigermilk" (de 1996), principalmente se fosse "The State I am In" ou "Expectations", mas não dá para criticar todo o repertório por conta disso, até porque outro disco que marcou presença foi o "If You're Feeling Sinister" (também de 1996) com 5 músicas (inclusive todo o bis). Considero ainda dois outros pontos a favor de 2010. Primeiro não fomos "presenteados" com covers de MPB (em 2001 teve "Baby" e "Minha Menina") e segundo, o show foi mais longo e teve bis (em 2001 não rolou). Vale dizer ainda que em média eles tocam de 18 a 20 músicas por show e aqui foram 22.

Alguém escreveu que a magia da banda já não é a mesma. Que o som é datado. Será? Ou o fato deles não estarem mais no "hype" (em 2001 era o auge) da cena indie mundial tira o brilho? Eu achei a banda mais a vontade. Mais confiante. O vocalista principal e líder Stuart Murdoch estava até mais desenvolto e buscou sempre uma interação com o público. Foi bacana a iniciativa de chamar meia dúzia de fãs para subirem ao palco e "dançarem" durante duas músicas, presenteando-os com medalhas depois disso e muito divertido vê-lo descer até a galera, passar batido pela pista VIP e ir até o limite que separava a pista premium da comum para dar a mão para o pessoal "normal" (nada contra quem estava de VIP, hein). Teve também as clássicas frases decoradas em português, como a primeira que ele mandou: "Boa noite São Paulo. Finalmente chegamos de volta ao Brasil!"

Também li que o público não se empolgou. Isso também é discutível. Depende muito da onde cada um assistiu o show. Eu que não fiquei parado num único lugar vi muita gente cantando as músicas sem parar. É fato que tinha também pessoas com aquele ar blasé característico de muitos "indies", mas não dá para esperar que um show do Belle and Sebastian seja marcado por agitação e pulos do público. Não combina muito, né?

Outra crítica recorrente foi a qualidade do som. E aí eu concordo. Realmente não estava boa. Principalmente no começo do show, onde o som estava muito baixo. Mas eu percebi que dependia muito do lugar em que você estava. Nitidamente quanto mais perto do palco, pior ficava a qualidade. Porém é importante lembrar que em 2001, o som também não estava perfeito. Outra coisa importante é não por toda a culpa no som pelo fato deles não reproduzirem com exatidão os arranjos do estúdio, isso é padrão.

Enfim, não embarquei neste clima de nostalgia. Não achei que estou velho para este tipo de som e na saída estava mais feliz, mais leve, assim como a maioria dos 5 mil fãs que assistiram a este belo show.

Abaixo o Set List completo com todas músicas tocadas e os respectivos discos.
1 - I Didn’t See It Coming ("Write About Love")
2 - I’m a Cukoo ("Dear Catastrophe Waitress")
3 - Step Into My Office, Baby ("Dear Catastrophe Waitress")
4 - Another Sunny Day ("The Life Pursuit")
5 - I’m Not Living in the Real World ("Write About Love")
6 - Piazza, New York Catcher ("Dear Catastrophe Waitress")
7 - I Want the World to Stop ("Write About Love")
8 - Lord Anthony ("Dear Catasrophe Waitress")
9 - Sukie in the Graveyard ("The Life Pursuit")
10 - The Fox in the Snow ("If You're Felling Sinister")
11 - (I Believe in) Travellin’ Light ("Lado B")
12 - If You’re Feeling Sinister ("If You’re Feeling Sinister")
13 - Write About Love ("Write About Love")
14 - There’s Too Much Love ("Fold Your Hands Child,You Walk Like a Peasant")
15 - The Boy with the Arab Strap ("The Boy With The Arab Strap")
16 - If You Find Yourself Caught in Love ("Dear Catasrophe Waitress")
17 - Simple Things ("The Boy With Arab Strap")
18 - Sleep the Clock Around ("The Boy With Arab Strap")

Bis
19 - Jonathan David (Single)
20 - Get Me Away from Here I’m Dying ("If You’re Feeling Sinister")
21 - Judy and the Dream of Horses ("If You’re Feeling Sinister")
22 - Me and the Major ("If You’re Feeling Sinister")

E agora vídeos de quatro momentos importantes. A entrada com "I Didn’t See It Coming", os convidados da platéia em cima do palco durante "The Boy with the Arab Strap", depois "Jonathan David" e "Get Me Away from Here I’m Dying" tocadas no retorno para o bis e por fim "Judy and the Dream of Horses" que foi um dos pontos altos da noite.


Sandro







BELLE AND SEBASTIAN NO BRASIL - Como foi o show

Viva o ecletismo! (leia aqui) Saímos de um post sobre a lenda punk Jello Biafra (post aqui) e caimos direto para a banda mais "fofa" do mundo, o Belle and Sebastian.

Tive o prazer de assistir nesta quarta-feira o show que a sensacional banda escocesa fez no Via Funchal aqui em São Paulo. E foi ótimo.

Isso mesmo. O show foi muito bom. Sei que esta opinião é divergente de quase todas as resenhas que li na internet durante o dia. Mas eu que mantenho este blog pessoal e não sou (nem pretendo ser) crítico de música, considerei a maioria dos argumentos destes que acharam o show fraco pura bobagem.

Vários escreveram que o show deles no Free Jazz Festival em 2001 foi muito melhor. Eu estava lá e vi. Não é verdade. Isso é coisa de gente que gosta de "crescer" dizendo para os mais novos (pelas carinhas que estavam no Via Funchal a maioria não foi em 2001) que o que eles perderam é o que valeu. Que este foi fraco....

Por exemplo, cheguei a ler que a vocalista Isobel Campbell fez falta. Ora, a mina já saiu da banda há anos, então é óbvio que ela não estaria nesta apresentação. E além de tudo ela também não veio ao Brasil em 2001 (medo de avião).

Disseram que o repertório de antes era melhor. Isso é discutível. Eu particularmente acho "Dear Catastrophe Waitress" (de 2003) e "Write About Love" (lançado agora em outubro de 2010) discos muito bons. Foram tocadas 9 músicas extraídas destes trabalhos e todas de primeira. Claro que eu gostaria muito de ter ouvido algo do album de estréia "Tigermilk" (de 1996), principalmente se fosse "The State I am In" ou "Expectations", mas não dá para criticar todo o repertório por conta disso, até porque outro disco que marcou presença foi o "If You're Feeling Sinister" (também de 1996) com 5 músicas (inclusive todo o bis). Considero ainda dois outros pontos a favor de 2010. Primeiro não fomos "presenteados" com covers de MPB (em 2001 teve "Baby" e "Minha Menina") e segundo, o show foi mais longo e teve bis (em 2001 não rolou). Vale dizer ainda que em média eles tocam de 18 a 20 músicas por show e aqui foram 22.

Alguém escreveu que a magia da banda já não é a mesma. Que o som é datado. Será? Ou o fato deles não estarem mais no "hype" (em 2001 era o auge) da cena indie mundial tira o brilho? Eu achei a banda mais a vontade. Mais confiante. O vocalista principal e líder Stuart Murdoch estava até mais desenvolto e buscou sempre uma interação com o público. Foi bacana a iniciativa de chamar meia dúzia de fãs para subirem ao palco e "dançarem" durante duas músicas, presenteando-os com medalhas depois disso e muito divertido vê-lo descer até a galera, passar batido pela pista VIP e ir até o limite que separava a pista premium da comum para dar a mão para o pessoal "normal" (nada contra quem estava de VIP, hein). Teve também as clássicas frases decoradas em português, como a primeira que ele mandou: "Boa noite São Paulo. Finalmente chegamos de volta ao Brasil!"

Também li que o público não se empolgou. Isso também é discutível. Depende muito da onde cada um assistiu o show. Eu que não fiquei parado num único lugar vi muita gente cantando as músicas sem parar. É fato que tinha também pessoas com aquele ar blasé característico de muitos "indies", mas não dá para esperar que um show do Belle and Sebastian seja marcado por agitação e pulos do público. Não combina muito, né?

Outra crítica recorrente foi a qualidade do som. E aí eu concordo. Realmente não estava boa. Principalmente no começo do show, onde o som estava muito baixo. Mas eu percebi que dependia muito do lugar em que você estava. Nitidamente quanto mais perto do palco, pior ficava a qualidade. Porém é importante lembrar que em 2001, o som também não estava perfeito. Outra coisa importante é não por toda a culpa no som pelo fato deles não reproduzirem com exatidão os arranjos do estúdio, isso é padrão.

Enfim, não embarquei neste clima de nostalgia. Não achei que estou velho para este tipo de som e na saída estava mais feliz, mais leve, assim como a maioria dos 5 mil fãs que assistiram a este belo show.

Abaixo o Set List completo com todas músicas tocadas e os respectivos discos.
1 - I Didn’t See It Coming ("Write About Love")
2 - I’m a Cukoo ("Dear Catastrophe Waitress")
3 - Step Into My Office, Baby ("Dear Catastrophe Waitress")
4 - Another Sunny Day ("The Life Pursuit")
5 - I’m Not Living in the Real World ("Write About Love")
6 - Piazza, New York Catcher ("Dear Catastrophe Waitress")
7 - I Want the World to Stop ("Write About Love")
8 - Lord Anthony ("Dear Catasrophe Waitress")
9 - Sukie in the Graveyard ("The Life Pursuit")
10 - The Fox in the Snow ("If You're Felling Sinister")
11 - (I Believe in) Travellin’ Light ("Lado B")
12 - If You’re Feeling Sinister ("If You’re Feeling Sinister")
13 - Write About Love ("Write About Love")
14 - There’s Too Much Love ("Fold Your Hands Child,You Walk Like a Peasant")
15 - The Boy with the Arab Strap ("The Boy With The Arab Strap")
16 - If You Find Yourself Caught in Love ("Dear Catasrophe Waitress")
17 - Simple Things ("The Boy With Arab Strap")
18 - Sleep the Clock Around ("The Boy With Arab Strap")

Bis
19 - Jonathan David (Single)
20 - Get Me Away from Here I’m Dying ("If You’re Feeling Sinister")
21 - Judy and the Dream of Horses ("If You’re Feeling Sinister")
22 - Me and the Major ("If You’re Feeling Sinister")

E agora vídeos de quatro momentos importantes. A entrada com "I Didn’t See It Coming", os convidados da platéia em cima do palco durante "The Boy with the Arab Strap", depois "Jonathan David" e "Get Me Away from Here I’m Dying" tocadas no retorno para o bis e por fim "Judy and the Dream of Horses" que foi um dos pontos altos da noite.


Sandro







segunda-feira, 8 de novembro de 2010

JELLO BIAFRA EM PASSAGEM HISTÓRICA PELO BRASIL

Hoje temos um fato bem diferente aqui no blog. Um post com dois textos sobre o mesmo assunto. Isso mesmo. Inicialmente a tarefa estava a cargo do meu ilustre parceiro Anselmo, que iria publicá-lo ontem. Como até o final do domingo não havia nada por aqui, resolvi mandar eu mesmo um post. O engraçado é que ele resolveu escrever outro ao mesmo tempo e acabamos terminando praticamente juntos. Para não dar uma de editor e acabar prejudicando a idéia, decidi colocar as duas opiniões neste mesmo espaço. Notem que a palavra felicidade aparece nos dois textos. Devemos fazer isso mais vezes, Anselmo!


Texto 1 - por Sandro:

Jello Biafra é um nome que dispensa apresentações para qualquer fã de punk rock.

Certamente ele merece um post específico, onde a gente possa contar mais sobre a trajetória desta referência mundial e explorar outras facetas que vão além do fato dele ter sido líder dos Dead Kennedys, uma das mais importantes e influentes bandas punk / hardcore de todos os tempos.

Devemos escrever sobre suas qualidades como compositor de letras muito inteligentes e com alto teor político. Sobre a Alternative Tentacles, a importante gravadora que ele montou para não dependender das majors, que foi responsável por lançar muita coisa boa. Sobre seus discos só com discursos políticos (o cara chegou a ser candidato a prefeito de São Francisco). Sobre sua participação em vários projetos musicais excelentes, etc.

Mas fica para outro dia. Hoje vamos registrar que este "tiozinho" tocou em São Paulo neste final de semana. Ele veio com seu mais novo projeto chamado Jello Biafra and The Guantanamo School of Medicine e as apresentações rolaram no Hangar 110.

Nós tivemos a felicidade de assistir ao show da sexta-feira e o que vimos foi impressionante. Além de passar muita energia e entusiasmo, Biafra faz uma espécie de performance teatral em cima do palco que é um barato. Ele meio que interpreta com gestos partes das letras que está cantando e seu apelo visual aparece até na sua roupa. De entrada ele estava vestido com um avental de médico todo manchado de "sangue", depois tirou esta capa e mostrou uma camisa com a bandeira norte-americana, que depois quando foi jogada para cima mostrou enfim a camiseta com que ele se apresentou e que fazia uma alusão a democracia com uma foto de um avião de guerra. Adepto a fazer introduções sobre a temática das letras antes de tocá-las, Biafra tentou fazer isso mesclando espanhol (quase um portunhol) e inglês, numa demonstração clara que ele deseja que as pessoas saibam sobre o que ele está falando. Ver o cara se jogar de forma inesperada no meio da galera durante a execução de "California Uber Alles" e ainda continuar com o vocal não tem preço.

Quanto ao show em si foi praticamente a reprodução das músicas do (único) disco deste projeto, "The Audacity of Hype", quase na ordem do CD. Tivemos também como presente a inserção de três clássicos dos Dead Kennedys, a citada "California Uber Alles", "Let's Lynch The Lanlord" e "Holiday in Cambodia".

Esta última merece um parágrafo especial. Era o primeiro som do bis, a galera estava alucinada, quando antes da metade da música acontece o inusitado. Um apagão toma conta do Hangar 110. Então o que era para ser o anti-climax completo torna-se um momento histórico. Ouvindo só a bateria, o público continuou a música e junto com o Jello Biafra, mesmo sem o microfone, levou o som até o final. Depois disso não houve mais show e ficamos sem ao menos mais uma ou duas músicas (nossa aposta é que ainda rolaria "Police Truck"). Soubemos depois que o apagão foi em todo o bairro, o que melou de vez qualquer chance de retorno.

De qualquer forma, foi uma honra ter presenciado a apresentação desta lenda viva em cima do palco. Vibrante, impactante e emocionante. Um show que certamente ficará marcado para todos que estavam presentes.


- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Texto 2 - por Anselmo:

Nessa última sexta-feira, dia 05 de novembro, o Minerva Pop teve o privilégio de testemunhar o show do último trabalho do eterno “frontman” do Dead Kennedys, Jello Biafra and the Guantanamo School of Medicine. Nascido Eric Reed Boucher (17 de junho de 1958), a importância de Biafra para o estilo punk e hardcore é histórico, são 30 anos de carreira com os DK, projetos musicais como o Lard, e o mais recente JBGSM, além da criação e administração do selo Alternative Tentacles.

A origem dessa banda é curiosa, pois em 2008 Jello chamou um grupo de músicos conhecidos para se apresentarem na festa de seu aniversário de 50 anos, daí surgiu a Jello Biafra and the Guantanamo School of Medicine, a banda gravou o primeiro álbum em 2009 chamado “Audacity of Hype”, segue em turnê desde seu lançamento. (na gravação o baixo é por conta de Billy Gould do Faith No More).

O show foi no Hangar 110, uma das melhores casas de shows de bandas underground no Brasil, e contou com a abertura do Ratos de Porão. Infelizmente, devido a problemas de logística, perdemos boa parte do show do Ratos, mas conseguimos “curtir” Aids, Pop, Repressão e Beber até Morrer, Asas da Vingança, Crucificados pelo Sistema.

Pouco antes do show de Jello Biafra, compramos algumas cervejas, e aguardamos o início do show principal da noite, o qual começou com a abertura de cortinas revelando um Jello Biafra com uniforme de médico e mãos sujas de sangue, e acompanhado dos primeiros acordes de "The Terror of Tinytown".

A seqüência das músicas foi praticamente a mesma que o disco de estréia, com destaque para as inserções de "California Über Alles" e "Let's Lynch the Landlord", com certeza pontos altos do show. Destaque também para "Clean As A Thistle" e “New Feudalism”, minhas preferidas do novo disco.

Porém o momento mais inusitado o destino reservou para o final. Durante o “bis” a banda toca “Holiday in Cambodia” e, logo nos minutos iniciais falta energia elétrica no Hangar, o que seria um desastre, mas que graças ao público que , acompanhados pelo som da batera, cantou a música até o final. O que foi emocionante.

Pra quem perdeu, lamento.


- - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Abaixo vídeos que ilustram o que escrevemos acima. As duas primeiras músicas, "The Terror of Tinytown" e "Clean as a Thristle", a clássica "California Uber Alles" e "Holiday in Cambodia".


Sandro e Anselmo





JELLO BIAFRA EM PASSAGEM HISTÓRICA PELO BRASIL

Hoje temos um fato bem diferente aqui no blog. Um post com dois textos sobre o mesmo assunto. Isso mesmo. Inicialmente a tarefa estava a cargo do meu ilustre parceiro Anselmo, que iria publicá-lo ontem. Como até o final do domingo não havia nada por aqui, resolvi mandar eu mesmo um post. O engraçado é que ele resolveu escrever outro ao mesmo tempo e acabamos terminando praticamente juntos. Para não dar uma de editor e acabar prejudicando a idéia, decidi colocar as duas opiniões neste mesmo espaço. Notem que a palavra felicidade aparece nos dois textos. Devemos fazer isso mais vezes, Anselmo!


Texto 1 - por Sandro:

Jello Biafra é um nome que dispensa apresentações para qualquer fã de punk rock.

Certamente ele merece um post específico, onde a gente possa contar mais sobre a trajetória desta referência mundial e explorar outras facetas que vão além do fato dele ter sido líder dos Dead Kennedys, uma das mais importantes e influentes bandas punk / hardcore de todos os tempos.

Devemos escrever sobre suas qualidades como compositor de letras muito inteligentes e com alto teor político. Sobre a Alternative Tentacles, a importante gravadora que ele montou para não dependender das majors, que foi responsável por lançar muita coisa boa. Sobre seus discos só com discursos políticos (o cara chegou a ser candidato a prefeito de São Francisco). Sobre sua participação em vários projetos musicais excelentes, etc.

Mas fica para outro dia. Hoje vamos registrar que este "tiozinho" tocou em São Paulo neste final de semana. Ele veio com seu mais novo projeto chamado Jello Biafra and The Guantanamo School of Medicine e as apresentações rolaram no Hangar 110.

Nós tivemos a felicidade de assistir ao show da sexta-feira e o que vimos foi impressionante. Além de passar muita energia e entusiasmo, Biafra faz uma espécie de performance teatral em cima do palco que é um barato. Ele meio que interpreta com gestos partes das letras que está cantando e seu apelo visual aparece até na sua roupa. De entrada ele estava vestido com um avental de médico todo manchado de "sangue", depois tirou esta capa e mostrou uma camisa com a bandeira norte-americana, que depois quando foi jogada para cima mostrou enfim a camiseta com que ele se apresentou e que fazia uma alusão a democracia com uma foto de um avião de guerra. Adepto a fazer introduções sobre a temática das letras antes de tocá-las, Biafra tentou fazer isso mesclando espanhol (quase um portunhol) e inglês, numa demonstração clara que ele deseja que as pessoas saibam sobre o que ele está falando. Ver o cara se jogar de forma inesperada no meio da galera durante a execução de "California Uber Alles" e ainda continuar com o vocal não tem preço.

Quanto ao show em si foi praticamente a reprodução das músicas do (único) disco deste projeto, "The Audacity of Hype", quase na ordem do CD. Tivemos também como presente a inserção de três clássicos dos Dead Kennedys, a citada "California Uber Alles", "Let's Lynch The Lanlord" e "Holiday in Cambodia".

Esta última merece um parágrafo especial. Era o primeiro som do bis, a galera estava alucinada, quando antes da metade da música acontece o inusitado. Um apagão toma conta do Hangar 110. Então o que era para ser o anti-climax completo torna-se um momento histórico. Ouvindo só a bateria, o público continuou a música e junto com o Jello Biafra, mesmo sem o microfone, levou o som até o final. Depois disso não houve mais show e ficamos sem ao menos mais uma ou duas músicas (nossa aposta é que ainda rolaria "Police Truck"). Soubemos depois que o apagão foi em todo o bairro, o que melou de vez qualquer chance de retorno.

De qualquer forma, foi uma honra ter presenciado a apresentação desta lenda viva em cima do palco. Vibrante, impactante e emocionante. Um show que certamente ficará marcado para todos que estavam presentes.


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Texto 2 - por Anselmo:

Nessa última sexta-feira, dia 05 de novembro, o Minerva Pop teve o privilégio de testemunhar o show do último trabalho do eterno “frontman” do Dead Kennedys, Jello Biafra and the Guantanamo School of Medicine. Nascido Eric Reed Boucher (17 de junho de 1958), a importância de Biafra para o estilo punk e hardcore é histórico, são 30 anos de carreira com os DK, projetos musicais como o Lard, e o mais recente JBGSM, além da criação e administração do selo Alternative Tentacles.

A origem dessa banda é curiosa, pois em 2008 Jello chamou um grupo de músicos conhecidos para se apresentarem na festa de seu aniversário de 50 anos, daí surgiu a Jello Biafra and the Guantanamo School of Medicine, a banda gravou o primeiro álbum em 2009 chamado “Audacity of Hype”, segue em turnê desde seu lançamento. (na gravação o baixo é por conta de Billy Gould do Faith No More).

O show foi no Hangar 110, uma das melhores casas de shows de bandas underground no Brasil, e contou com a abertura do Ratos de Porão. Infelizmente, devido a problemas de logística, perdemos boa parte do show do Ratos, mas conseguimos “curtir” Aids, Pop, Repressão e Beber até Morrer, Asas da Vingança, Crucificados pelo Sistema.

Pouco antes do show de Jello Biafra, compramos algumas cervejas, e aguardamos o início do show principal da noite, o qual começou com a abertura de cortinas revelando um Jello Biafra com uniforme de médico e mãos sujas de sangue, e acompanhado dos primeiros acordes de "The Terror of Tinytown".

A seqüência das músicas foi praticamente a mesma que o disco de estréia, com destaque para as inserções de "California Über Alles" e "Let's Lynch the Landlord", com certeza pontos altos do show. Destaque também para "Clean As A Thistle" e “New Feudalism”, minhas preferidas do novo disco.

Porém o momento mais inusitado o destino reservou para o final. Durante o “bis” a banda toca “Holiday in Cambodia” e, logo nos minutos iniciais falta energia elétrica no Hangar, o que seria um desastre, mas que graças ao público que , acompanhados pelo som da batera, cantou a música até o final. O que foi emocionante.

Pra quem perdeu, lamento.


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Abaixo vídeos que ilustram o que escrevemos acima. As duas primeiras músicas, "The Terror of Tinytown" e "Clean as a Thristle", a clássica "California Uber Alles" e "Holiday in Cambodia".


Sandro e Anselmo





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