Na noite de ontem aconteceu aqui em São Paulo o festival Planeta Terra, bastante comentado em outros posts aqui do blog (para ler vá ao ícone "shows no Brasil").
Abaixo as impressões do Minerva Pop sobre o festival.
Local: O que parecia uma escolha inusitada, se mostrou uma grata surpresa. O festival soube aproveitar a estrutura do Playcenter para contrariar o que parece ser uma regra em festivais aqui no Brasil, que é a falta de respeito para com o público. Havia espaço suficente para as mais de 15 mil pessoas que estavam lá. A sinalização era boa, havia filas organizadas para a compra de fichas, os bares eram suficientes, nem a cerveja e nem a água acabaram ou estavam quentes no decorrer da noite. Enfim, local e estrutura aprovados.
Organização: Com exceção do show do Primal Scream, onde o ínicio teve um som meio baixo, a qualidade do som foi satisfatória. Os telões instalados também eram de primeira qualidade, transmitindo uma imagem nítida mesmo a distância. A opção de apresentar um programa num estúdio montado lá dentro, durante os intervalos dos shows também foi interessante. Apesar de opiniões pouco relevantes, serviu para o tempo passar e para gerar algumas boas risadas (a repórter perguntando para o Paulo Ricardo se ele estava com vontade de tocar no festival, por exemplo). A pontualidade, também foi louvável, todos os shows começaram exatamente no horário previsto. Bem que eles poderiam ter descolado um pouco o início das duas últimas atrações (Iggy Pop num palco e Ting Tings no outro), propiciando que ao menos conseguíssemos ver um pedaço do show preterido, o que foi impossível. A única crítica fica por conta da eterna truculência da equipe de seguranças. Mostrando o despreparo de costume, os caras espancaram muita gente que subiu ao palco durante o show do Iggy Pop, mesmo com a autorização do cara. É uma tradição que em determinadas músicas, Iggy incite as pessoas a pularem no palco, com tudo voltado ao normal depois. Além de tentarem impedir a subida (em vão), agrediram covardemente as pessoas quando eles já estavam descendo, na paz.
Shows: Vimos 3 inteiros, 20 minutos do Maximo Park, 30 minutos do N.A.S.A e 10 minutos do Copacabana Club (que apesar da boa impressão, devido ao pouco tempo não vamos comentar). Vamos lá:
Maximo Park: Pegamos os últimos 20 vinutos so show de 1 hora que a banda fez. Foi bacana, bom o suficiente para a tarefa deles na noite. que era a de abrir os shows principais. Estavam animados e tentavam interagir e agradar o público presente a todo momento. Não vimos inteiro, mas achamos ok. Nada demais.
Primal Scream: Se fosse para resumir, eu diria que foi um show em mono. E isto significa muito para uma banda totalmente stereo como o Primal Scream. Uma banda com músicas que caem bem quando tocadas em alto volume. A verdade é que faltou massa sonora ao show, já que na nossa opinião, a opção de contar com apenas um guitarrista não funcionou ao vivo. Mesmo com teclados e alguns samples ajudando a base, a potência das músicas foi perdida. Soma-se a isso a ausência de backing vocals (presença constante nas versões de estúdio) e uma frieza acima da média. O Primal Scream parecia incomodado, parecia que os caras estavam brigados entre si. Alguns ingredientes fazem parte da receita certa para um grande show. A atitude da banda em cima do palco, a competência dos integrantes e o repertório. Sabidamente competentes e com um set list de primeira, faltou tesão para que eles fizessem o grande show que todo mundo esperava. Foi um desperdício ver a sequência inicial ("Can't Go Back", "Miss Lucifer", "Country Girl" e "Jailbird") ser tocada de forma quase burocrática. Decepção foi a impressão final, principalmente por termos assistido ao show deles aqui no Brasil em 2004 e sentido do que a banda é capaz. Naquela ocasião, 3 guitarras e uma atitude rock proporcionaram uma apresentação impecável.
Sonic Youth: Apesar de "Eternal", o último disco da banda ser muito bom e de sabermos que a turnê atual dos caras está calcada neste trabalho, havia uma torcida particular nossa para que surpreendentemente, eles alterassem o padrão do set list e fizessem um autêntico desfile de clássicos num show especial para o Brasil. Obviamente, isso não aconteceu e o que vimos foi um show muito bom, com a banda em grande noite, transpirando energia em cima do palco, mas com um repertório baseado no "Eternal" (tocaram alguma coisa do DayDream Nation). Tendo como base comparativa os dois shows que vimos da banda, dá para dizer que foi muito melhor do que o de 2005, mas não tão bom quanto o de 2000. De qualquer forma, não dá para reclamar, pois o Sonic Youth mostrou que está em grande forma e fez, sim, um belo show.
Iggy Pop and The Stooges: O rei da noite. Para começar, qualquer músico que inicie um show tendo a oportunidade de mandar "Raw Power" já está com meio caminho andado. Sinceramente não dá para acreditar que o Iggy Pop tenha mais de 60 anos. Sua energia e sua vitalidade são de fazer inveja a qualquer um. Diferente da passagem anterior aqui pelo Brasil em 2005, onde o show foi todo composto por músicas dos dois primeiros albuns dos Stooges (não que isso seja pouca coisa), desta vez com o guitarrista James Willianson substituindo o falecido Ron Ashenton (Iggy dedicou "I Wanna Be Your Dog" para ele), o repertório foi mais eclético, predominando músicas do maravilhoso disco "Raw Power" mas com espaço para clássicos da carreira solo de Iggy como "The Passenger" e "Lust For Life". Para resumir, poderíamos dizer apenas que foi sensacional.
Abaixo alguns momentos do que vimos ontem, em vídeos de boa qualidade que eu encontrei hoje na internet. Um momento antológico, é quando Iggy pede para alguns garotos subirem com ele no palco, e acabam subindo mais de uma centena para curtir "Shake Appeal" junto ao ídolo. Têm ainda a entrevista que uma das repórteres fez com os Stooges depois do show (daquelas que rendiam boas risadas). Dá para ficar com vergonha pela mina, pois sua falta de informação é constrangedora, mas vale para dar uma sacada nos tiozinhos.
Sandro e Anselmo
Caro Anselmo, não sei se posso começar te chamando de caro, pois me saiu muito barato.rsrsrsr. Agraqdeço á vc por ter repassado o seu ingresso para a Regiane, que em seguido me passou. Vi o melhor show da minha vida, ou o melhor show do mundo que foi o Jane's Addiction. Foi inacreditável. O ingresso valeria 1milhão de dolares em qq bolsa de valores. Eternamente grato.
ResponderExcluirJunta Anarquista Solidária e Outras Nocividades - J.A.S.O.N
O Sonic Youth foi o melhor! Distorção na medida certa. O Iggy também foi bom e o Primal foi médio. Copacabana Club tambem foi muito bom!
ResponderExcluirAvaliação completa e perfeita que vcs fizera
abs
Eriko
JASON, se soubesse que tinha esse nome , te mandava o convite de graça!!!! HAHAHAHAHA!
ResponderExcluirPessoal , as ideias foram compiladas por e mim e o SAndro, mas o texto é todo mérito dele!
Agora, uma coisa que me deixa PUTO é o Iggy Pop vir ao Brasil e uma mina sembackground nenhum entrevistá-lo.....ela não tem culpa....mas é Fuck!!!!
Anselmo
Amselmo,
ResponderExcluirmas se quise me mande outros ingressos para negociarmos rsrsrs.
Valeu mesmo, o blog está ótimo e com bons comentários. Só está faltando vc colocar alguns shows dessas mesmas bandas que vc deve ter por aí.
Até,
J.A.S.O.N
Sandro, mais uma vez estou no blog hein....rs... e dessa vez deixa meu comentario aqui....rs....
ResponderExcluirBem como não falar do Iggy Pop o cara é um verdadeiro fenomeno, mais infelizmente como vc me disse que eu tivesse acessado o bog do minerva antes teria ficado sabendo que eles estariam no Pay Center e certamente iria ver... infelizmente só fiquei sabendo do show 1 dia após o acontecimento.
Bem.... sem comentários.....
Quanto ao Blog esta Show, adorei a diversidade de informações....
Até Sirlei Passetti
Demorou, mas apareceu, né Sirlei. Como já te falei, volte sempre!
ResponderExcluirSandro