Acabei de assistir ao documentário "Botinada: a origem do punk no Brasil", produzido por Gastão Moreira e lançado pela ST2 em 2006, e como diz o próprio idealizador: “Foram quatro anos de pesquisa, 77 pessoas entrevistadas, milhares de horas nas ilhas de edição, 200 horas de vídeo e muitas imagens raras e inéditas compiladas pela primeira vez.”
O documentário conta com imagens raras de apresentações inusitadas do Cólera tocando em um programa da TV Tupi, os Inocentes anarquizando o Gallery em 1982, e entrevistas mostrando como estão os protagonistas nos dias de hoje, jornalistas, escritores, e pessoas em geral que apoiaram o movimento Punk.
Mostra as diferenças que haviam, e talvez permaneçam até hoje, entre o pessoal de São Paulo e do Grande ABC, além do pessoal de Brasília que reividica o pioneirismo do movimento. (Desculpe, mas ver o pessoal do Aborto Elétrico falar isso parece piada!)
As festas na Carolina, reunião no Largo São Bento, na Galeria do Rock, shows históricos em porões de padaria e as “Festas Punk das fitas K-7”,o famoso show “Começo do Fim do Mundo”, tá tudo lá, é só conferir.
Na minha opinião esse movimento nada mais era do que um grupo de garotos de periferia que no fundo queriam mostrar pra sociedade que existiam, que tinham necessidades, e dentre elas a diversão, mas descobriram que só isso não era o suficiente, precisavam ir além.
Eram meninos e meninas que não entendiam e nem se importavam que o Sex Pistols, os Ramones, o Clash, atrás de toda aquele discurso de “movimento” e “revolta” tinham um empresário, uma gravadora, e precisavam girar a máquina do show business, ganhar dinheiro e se firmarem na mídia, porém e isso poucos “sacaram”. Talvez só os mais espertos e talentosos, como o Clemente e o João Gordo.
O documentário é bom e recomendo.
Anselmo
O documentário conta com imagens raras de apresentações inusitadas do Cólera tocando em um programa da TV Tupi, os Inocentes anarquizando o Gallery em 1982, e entrevistas mostrando como estão os protagonistas nos dias de hoje, jornalistas, escritores, e pessoas em geral que apoiaram o movimento Punk.
Mostra as diferenças que haviam, e talvez permaneçam até hoje, entre o pessoal de São Paulo e do Grande ABC, além do pessoal de Brasília que reividica o pioneirismo do movimento. (Desculpe, mas ver o pessoal do Aborto Elétrico falar isso parece piada!)
As festas na Carolina, reunião no Largo São Bento, na Galeria do Rock, shows históricos em porões de padaria e as “Festas Punk das fitas K-7”,o famoso show “Começo do Fim do Mundo”, tá tudo lá, é só conferir.
Na minha opinião esse movimento nada mais era do que um grupo de garotos de periferia que no fundo queriam mostrar pra sociedade que existiam, que tinham necessidades, e dentre elas a diversão, mas descobriram que só isso não era o suficiente, precisavam ir além.
Eram meninos e meninas que não entendiam e nem se importavam que o Sex Pistols, os Ramones, o Clash, atrás de toda aquele discurso de “movimento” e “revolta” tinham um empresário, uma gravadora, e precisavam girar a máquina do show business, ganhar dinheiro e se firmarem na mídia, porém e isso poucos “sacaram”. Talvez só os mais espertos e talentosos, como o Clemente e o João Gordo.
O documentário é bom e recomendo.
Anselmo
Tenho o DVD desde que lançou! Inclusive tive a oportunidade de trocar uma idéia sobre o resultado com o Ariel que ajudou muito no trabalho. O documentário é maravilhoso! Feito com extrema competência! É feito para um segmento específico, mas vale a a pena conhecer. Você citou o Clemente e o João Gordo, que são ótimos, mas não dá para ignorar o Redson do Cólera (maior e melhor banda punk do Brasil), o Fábio do Olho Seco e o prórpio Ariel como expoentes do movimento.
ResponderExcluirVale citar também qe o DVD traz um CD só com clássicos. Coisa linda.
Depois deste documentário, já apareceu "Guidable - a verdadeira história do Ratos de Porão",e "Pelos Escombros" do Agrotóxico. Em produção, um sobre outra banda da velha guarda, o Ação Direta (favoritos da casa).
Tudo rock de subúrbio. Tudo feito na raça. Tudo muito bom!
Sandro
Com certeza...todos são ótimos...só citei o João e o Clemente pois foram os únicos que de certa forma souberam administrar o underground e a mídia mais acessível.
ResponderExcluirAnselmo
Brasilia? é piada. Se não fosse Renato Russo jamais haveria punk em Brasilia.
ResponderExcluirE o que foi o punk de Brasilia? Um movimentoi de burguesinhos filinhos-de-papai?
Já não é punk mais. Punk tem de ser pobre ou no máximo proletário. brasilienses, vão cagar, OK?