Desde a confirmação de que o AC/DC viria ao Brasil com sua turnê mundial “Black Ice”, nós do Minerva Pop vínhamos acompanhando e mantendo o Blog atualizado com as informações referentes ao Show. Pois bem, ontem a apresentação aconteceu e estávamos lá para conferir.
Quem acompanha esse tipo de evento sabe que existe toda uma preparação e longa jornada até chegarmos ao local do show. Ainda mais no Brasil e especialmente na cidade de São Paulo, que o trânsito numa sexta-feira á tarde não é nada fácil (ainda mais em época de chuva).
Para evitarmos os potenciais problemas com o trânsito, segurança e excessos com bebidas alcoólicas, eu junto com um grupo de amigos decidimos alugar uma “van” e irmos juntos ao estádio. Infelizmente a cidade de São Paulo, salvo algumas exceções, não tem ainda uma boa estrutura de “acesso” para Mega-Concertos, quem saiu tarde de casa ou do trabalho “sofreu” para chegar ao local do show e encontrar um bom lugar para estacionar o carro. Por isso, tenho certeza que contratar um transporte coletivo para ir até o show, foi a melhor decisão.
O show pra nós começou mais cedo, pois como decidimos entrar no estádio somente quando o show estivesse próximo para começar, pudemos ser testemunhas da chegada da banda ao estádio com os batedores da policia militar.
Depois de toda essa “estratégia logística”, quando entramos no estádio do Morumbi, aí a coisa mudou de figura, coisa de primeiro mundo. Indicação de acesso, posto médico, posto de venda de “merchandise” da banda, banheiros, e bebida. Claro que quando se tem um aglomerado com Ca. 30.000 pessoas numa área equivalente a um “campo de futebol”, a educação e paciência das pessoas tem que prevalecer, caso contrário a coisa não funciona.
Outra fato que chamou a atenção foi à média de idade do público, em torno de 25 anos. Deve ser essa explicação dos ingressos terem acabado tão rápido na sexta-feira do dia 01 de outubro, o pessoal mais velho que estava trabalhando só podia comprar no final de semana, e no sábado dia 2, os ingressos já haviam esgotado (claro que também tem o fator das vendas terem ocorrido em todo o Brasil).
A produção e toda a estrutura de palco foram impecáveis, tudo exatamente igual ao que foi feito na turnê americana. Iluminação, telão digital, efeitos especiais, e a qualidade de som impecável (teve um pequeno deslize no começo, o qual foi logo corrigido).
Assitimos a parte do show de abertura do Nasi (ex-Ira!), onde pudemos ouvir as versões de Raul Seixas de “Mosca na Sopa” e “Sociedade Alternativa” e ao cover dos Stooges “I Wanna Be Your Dog”, esses dois últimos com Andreas Kisser nas guitarras.
O show do AC/DC tem início com uma introdução de quase 3 minutos (vide abaixo), onde uma “locomotiva desgovernada” faz seu trajeto em direção ao local do show. No clímax da animação a banda começa detonando com “Rock´n´Roll Train”, com Angus usando seu uniforme escolar na cor verde e gravata com tons de amarelo.
Na seqüência Brian Johnson anunciou: “Essa é da época de Bon Scott”. Mandaram “Hell ain´t a Bad Place to Be”. Música que faz uma alusão do inferno com uma mulher problemática.
Back in Black, Dirty Deeds Done Dirty Cheap, Shot Down In Flames, Big Jack, Thunderstruck, Black Ice, até o curto ritual de “streap-tease” de Angus Young em “The Jack”.
Não havia tempo nem pra respirar, a porradaria continuou com a hipnótica “Hells Bells”, ganharam ainda mais o público com “Shot to Thrill”, o telão mostrou mais uma animação com “War Machine”, e a partir daí só foi “Som Pra Gente Grande”, “Dog Eat Dog”, “You Shock Me All Night Long, o trem pegou fogo novamente em “T.N.T.”, a Rosie gigante subiu ao palco em “Whole Lotta Rosie”. Desse momento em diante o show chegou ao seu ápice.
Durante a canção “Let There Be Rock”, o telão foi passando um filme com a capa de todos os álbuns do AC/DC, com Bon Scott em várias delas, o que se tornou em uma homenagem “silenciosa” ao primeiro “frontman” da banda (Dave Evans não vale).
O “encore” contou com “Highway To Hell” e a avassaladora “For Those About To Rock (We Salute You), com os canhões saudando a platéia.
Assim que a banda deixou o palco, uma queima de fogos de artifício iluminou o céu e todo o estádio do Morumbi, fechando a noite.
Quando o show acabou, e as luzes do estádio acenderam, eu estava com um corte na testa, dor nas pernas e nos joelhos, e um torcicolo de tanto agitar a cabeça. A idade chega e vai pesando, fazer o que?!
O show foi demais, realizei mais um sonho como grande admirador da banda que sou, foram duas horas “cravadas” do mais puro e honesto Rock´n´Roll.
Não há mais nada a dizer. We Salute You!
Anselmo
Bem-vindo aos post compridos, Anselmo! Brincadeiras a parte, ótimo relato do que aconteceu lá no Morumbi sexta-feira.
ResponderExcluirSandro
Aí, Anselmo! Fã número 1 do ACDC. Eles deixaram "For Those About to Rock" e Highway to Hell pro Bis. 19 músicas, 2 horas e uma aula de rock e solo de Angus Young... Esse foi antológico. Acho que não vamos mais vê-los. Tinha que ser pelo menos 2 dias de shows...Paciência. O que importa é que está gravado e eles estavam inspirados. Abraço aos Minervas!
ResponderExcluirAí, Anselmo! Fã número 1 do ACDC. Eles deixaram " Highway to Hell" e " For Those About to Rock" pro Bis. 19 músicas, 2 horas de uma aula de rock e solo de Angus Young. Foi antolõgico. Deveriam ser 2 dias de show. Paciência. O que importa é que está gravado e eles estavam inspirados. Abraço aos Minervas por mais ess excelente relato.
ResponderExcluirAeh Flavião...sempre pretigiando a gente...vou ter que fazer um post do YES!!!!!
ResponderExcluirTive o prazer de compartilhar esse dia inesquecível com o Anselmo e digo que foi um dia/show perfeito, com certeza o melhor de nossas vidas. Valeu Elmo !!
ResponderExcluirPor qual motivo; 3 shows no estádio do River Plate na Argentina, e apenas 1 em São Paulo? Quando foi anunciado, logo no início pela Time For Fun, o esgotamento dos ingressos aqui em Sampa não poderiam realizar algo extra para o restante dos fãs como aconteceu lá? E para completar ouvi boatos que irão gravar um DVD ao vivo entre os dias 2, 4 e 6/dez na terra dos hermanos"...
ResponderExcluiré Marquito a resposta é a seguinte o ROCk pros argentinos é igual a Axé e Musica sertaneja e Pagode pra Brasileiro...apesar de terem um país com território menor, a quantidade de consumidores de Rock é bem maior....fazer o que, ponto pra eles....
ResponderExcluirAnselmo
Ah, pode ser que o consumo lá seja maior, mas acredito que se fizessem três dias aqui, os três dias esgotariam fácil. Pois os ingressos para o único dia se esgotaram rapidamente.
ResponderExcluirO problema daqui são os empresários que querem ficar milionários com um show, enquanto lá na argentina vc. comprar um ingresso por 100 pesos, aqui qqer. showzinho não sai por menos de 200 contos.
A propósito : Cadê aquele cara que falou que o AC/DC só lotaria um estádio se fizesse show com outra banda? Ele tem razão né? Se não fosse o Nazi e os irmãos do Blues, não teria nem metade do público no Morumbi...
Minervas, parabens pra vocês pelo excelente blog.Eu recebi a visita de vcs no raio-xrj.blogspot.com a uns meses atrás,mas como todos os integrantes resolveram nao postar mais eu to tentando em meio a varias outras ocupações manter o blog ativo,ta dificil mas ja tenho varias ideias pro mesmo.O blog de vcs ta otimo parabens mesmo
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