O Punk Rock sempre fez parte da cultura musical de muita gente. Queira você ou não, bandas como MC5, The Clash, Buzzcocks, Ramones, Stooges, Sex Pistols, The Exploited, Dead Kennedys, Misfits, Fugazi, Damned, dentre outras, influenciaram e influenciarão gerações. (Não estamos aqui comentando sobre o movimento Punk em sua essência, fica pra próxima).
Fazendo uma análise micro, alguns integrantes dessas bandas foram verdadeiros ícones, celebridades formadoras de opinião de uma década. Por exemplo, Joe Strummer (Clash), John Lydon (Pistols), Iggy Pop (Stooges) , Eric Reed Boucher mais conhecido por Jello Biaffra (Dead Kennedys), Wattie (Exploited),etc.
Bom, temos aí os precursores , imagino eu, da coisa toda. Mas, e no Brasil, quem conseguiu captar a alma do negócio e traduzir para o português?
Não sei quanto a vocês caros leitores, mas pra mim foram os Inocentes, mais precisamente na figura do “frontman” Clemente.
Na década de 80, logo após assinarem com a Warner, os caras lançaram verdadeiros clássicos como, Panico em SP (Ep – 1986), Adeus Carne (1986) e Inocentes (1989) este último produzido por Roberto Frejat, o que fez um monte de gente (tava cheio de Mané naquela época) criticarem os caras por estarem “traindo o movimento”, essa baboseira toda. Mas essa garotada não se ligava que se não fossem as grandes gravadoras não teríamos acesso ao Never Mind the Bollocks , por exemplo, pois não havia internet naquele tempo não!
Os Inocentes continuaram a produzir bons discos como Embalado à Vácuo (1999), Vinte anos ao Vivo (2002) e Labirinto de 2004 (se alguém tiver novidade, escreve pro Blog).
Um episódio legal que lembro do Clemente, foi numa entrevista pra um programa da TV Cultura na década de 80 (não lembro em detalhes porque faz mais de 20 anos) onde ele comentou: “Tem gente que compra um disco importado, não divide com ninguém, escuta as faixas trancado no quarto , e sai por aí se achando mais que os outros”, o cara já detonava os malas, legal!!!! Isso na época do vinil, ainda bem que agora temos a Internet (será?!).
Bom, o Clemente e o pessoal dos Inocentes, pelo menos nos shows e em entrevistas sempre foram “super gente fina”, “gente boa”, por isso escrevi este texto em consideração aos caras e desejo muito sorte a eles, e que o melhor esteja por vir.
O Clemente apresenta e faz entrevistas no canal da net Showlivre.com.
Anselmo
Há controversias. Falando de punk nacional, falta muita coisa. Tem muita gente que merece ser lembrada.
ResponderExcluirZ
É isso aí....boa mensagem...mande pra gente quais voce sugere que postamos!!!!
ResponderExcluirAbraços
Anselmo,
ResponderExcluirDeixei um vídeo com a clássica "Pânico em SP", disponibilizada no You Tube pelo próprio Showlivre.com. Recomendo o site!
Quanto a banda, na minha opinião, eles transcenderam o rótulo inicial de punk, para tornarem-se uma banda de rock, num sentido mais amplo. E uma das minhas bandas brasileiras preferidas. Também vale citar o disco "Ruas", de 1996, que é o meu predileto.
Quanto ao comentário do nosso amigo Z, caso ele esteja se referindo aos primórdios do movimento punk no Brasil, concordo que existem outras referências tão importantes quanto os Inocentes, como Olho Seco, Restos de Nada, Ai-5, Cólera, Condutores de Cadáver, Hino Mortal,Garotos Podres e Ratos de Porão, para citar os mais conhecidos (esqueci alguem?)
As décadas de 90 e 00, também estão recheadas de bons exemplos não só na cena punk quanto na de hardcore.
O post foi uma opinião pessoal do Anselmo, que tem fundamento, sem ofensas as outras bandas.
Logo, logo, vou escrever um post sobre o documentário "Botinada" dirigido pelo Gastão, que é o "Mate-me Por Favor" brasileiro.
Sandro