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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

CAMILLE SAINT-SAËNS - Danse Macabre

É interessante como o “terror” é um tema que atrai tanta gente. As pessoas pagam para sentir medo, seja com literatura, cinema ou música. O guitarrista Tony Iommi e o baixista Geezer Butler perceberam isso quando deram o nome Black Sabbath para sua banda de rock, inspirado num filme de Mario Bava de 1963. (Qualquer outro nome de bandas, dito góticas, que me venham a memória nesse momento, somente repetem essa idéia).

No entanto, enquanto divagava sobre esse assunto, recordei de uma das figuras culturais francesas mais importantes do sec.19, o compositor, organista e pianista Camille Saint-Saëns (Paris, 9 de outubro de 1835).

Camille foi o menino-prodígio que, admirador de Liszt e Wagner, é chamado de o Mozart francês. Foi uma pessoa feliz, que gostava de viajar, sendo que numa dessas viagens veio a América do Sul onde deu concertos no Rio de Janeiro e São Paulo em 1899. Faleceu em Argel, na Argélia, no dia 16 de dezembro de 1921.

Com certeza vocês devem estar se perguntando, por que estou citando Camille depois de comentar sobre arte e terror? A resposta é simples meus caros amigos, foi dele a obra “Danse Macabre” (1875).

Inspirado no poema de Jean Lahor, (Henri Cazalis), onde numa noite de halloween, à meia-noite, esqueletos comandados pela morte, saem de seus túmulos para um baile em um pátio de igreja (pela primeira vez o xilofone é usado em música clássica), esta é sua sinfonia mais famosa.

Alguns também citam como uma tradição medieval, iconográfica, a Dança Macabra, que foi muito forte no imaginário popular durante os tempos da Peste Negra. A principal mensagem é retratar que no final somos todos iguais. O filme “O Sétimo Selo” (1957) de Ingmar Bergman, termina com a “Dança da Morte”, onde todos os diferentes personagens , guiados pela morte, seguem o mesmo e derradeiro destino (mas este terá um post específico).

Como nosso objetivo final é o entretenimento, deixo abaixo uma versão POP-Cartoon dessa maravilhosa sinfonia, para sua apreciação.

Anselmo


3 comentários:

  1. Gostei do seu post enaltecendo o grande Saint-Saens. A orquestração desse poema sinfônico é espetacular, do nível de Rimsky-Korsakov, e o violino (tocado pela morte) duelando com a orquestra, "seduzindo" os ouvintes a entrar na dansa e, obviamente, acompanhá-la aos devaneios inebriantes para aceitar segui-la para os reconditos desconhecidos do além é quase irrestivel :))) abraço, coelho.

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