minervapop

sábado, 30 de outubro de 2010

'O FUTURO VOS PERTENCE!" - Garotos Podres e "Aos Fuzilados da C.S.N."

Faz tempo que desejo colocar no Minerva Pop a música "Aos Fuzilados da CSN" da banda de punk rock aqui do ABC, Garotos Podres.

Acho que hoje é um bom dia.




Trata-se de uma letra de rara inspiração e muito superior a média escrita por outros grupos do gênero e mesmo pela própria banda em questão, que aliás eu considero ótima. A melodia foge completamente do padrão punk rock e mergulha fundo no estilo ska, resultando numa combinação perfeita.

Esta música que é uma referência direta aos três operários da siderurgica CSN mortos por membros do exército após um confronto com grevistas no ano de 1988, faz parte do terceiro disco da banda chamado "Canções para Ninar" lançado em 1993, apesar da banda ter sido formada no início dos anos 80.

Não sei a quantas anda as atividades da banda, sei que encontro frequentemente com o vocalista Mao fazendo compras num supermercado aqui perto de casa... Foi ele que escreveu isso aqui:

Aos Fuzilados Da Csn
Aos que habitam
Cortiços e favelas
e mesmo que acordados
pelas sirenes das fábricas
não deixam de sonhar
de ter esperança
pois o futuro
vos pertence
Pois o futuro vos pertence!
Pois o futuro vos pertence!
Aos que carregam rosas
Sem temer machucar as mãos
pois seu sangue não é azul
nem verde do Dólar
mas vermelho
da fúria amordaçada
de um grito de liberdade
preso na garganta
Pois o futuro vos pertence!
Pois o futuro vos pertence!
Fuzilados da CSN
assassinados no campo
torturados no DOPS
espancados na greve
A cada passo desta marcha
Camponeses e operários
tombam homens fuzilados
Mas por mais rosas que os poderosos matem
nunca conseguirão deter
a Primavera!
Pois o futuro vos pertence!
Pois o futuro vos pertence!

É isso. Finalmente consegui encaixar aqui uma de minhas músicas preferidas dentro do rock nacional. Ouçam que vale a pena.


Sandro

'O FUTURO VOS PERTENCE!" - Garotos Podres e "Aos Fuzilados da C.S.N."

Faz tempo que desejo colocar no Minerva Pop a música "Aos Fuzilados da CSN" da banda de punk rock aqui do ABC, Garotos Podres.

Acho que hoje é um bom dia.




Trata-se de uma letra de rara inspiração e muito superior a média escrita por outros grupos do gênero e mesmo pela própria banda em questão, que aliás eu considero ótima. A melodia foge completamente do padrão punk rock e mergulha fundo no estilo ska, resultando numa combinação perfeita.

Esta música que é uma referência direta aos três operários da siderurgica CSN mortos por membros do exército após um confronto com grevistas no ano de 1988, faz parte do terceiro disco da banda chamado "Canções para Ninar" lançado em 1993, apesar da banda ter sido formada no início dos anos 80.

Não sei a quantas anda as atividades da banda, sei que encontro frequentemente com o vocalista Mao fazendo compras num supermercado aqui perto de casa... Foi ele que escreveu isso aqui:

Aos Fuzilados Da Csn
Aos que habitam
Cortiços e favelas
e mesmo que acordados
pelas sirenes das fábricas
não deixam de sonhar
de ter esperança
pois o futuro
vos pertence
Pois o futuro vos pertence!
Pois o futuro vos pertence!
Aos que carregam rosas
Sem temer machucar as mãos
pois seu sangue não é azul
nem verde do Dólar
mas vermelho
da fúria amordaçada
de um grito de liberdade
preso na garganta
Pois o futuro vos pertence!
Pois o futuro vos pertence!
Fuzilados da CSN
assassinados no campo
torturados no DOPS
espancados na greve
A cada passo desta marcha
Camponeses e operários
tombam homens fuzilados
Mas por mais rosas que os poderosos matem
nunca conseguirão deter
a Primavera!
Pois o futuro vos pertence!
Pois o futuro vos pertence!

É isso. Finalmente consegui encaixar aqui uma de minhas músicas preferidas dentro do rock nacional. Ouçam que vale a pena.


Sandro

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

NEONOMICON - A Nova Loucura de Alan Moore


O novo trabalho de Alan Moore está dando o que falar na mídia, e toda a repercussão é por causa da péssima recepção nos EUA que, devido a temática pesada com estupros, orgias e demônios , muitas livrarias estão se recusando a vender a obra.

Primeiro trabalho de Alan Moore com a editora Avatar, a arte fica por conta de Jacen Burrows, o qual já tem trabalhos executados em parceria com Garth Ennis e Warren Ellis (Preacher, Crossed, 303).

Apesar da polemica, todos sabem da irreverência e estilo literário de Alan Moore e da estética “gore” da Avatar, portanto não tem tanta surpresa assim no resultado dessa combinação explosiva. De acordo com os blogs especializados, e de quem teve acesso a obra, a influência de H.P. Lovecraft é nítida, com direito a personagem que fala a língua das criaturas Cthulhu, Yoggoth, além de uma equipe de investigação do FBI em busca de resolver uma série de assassinatos.

Neonomicon terá quatro edições, nos EUA já saiu a segunda edição esse mês. Nós do Minerva Pop adquirimos a primeira edição desse novo trabalho do mestre Alan Moore e manteremos vocês informados.

NEONOMICON - A Nova Loucura de Alan Moore


O novo trabalho de Alan Moore está dando o que falar na mídia, e toda a repercussão é por causa da péssima recepção nos EUA que, devido a temática pesada com estupros, orgias e demônios , muitas livrarias estão se recusando a vender a obra.

Primeiro trabalho de Alan Moore com a editora Avatar, a arte fica por conta de Jacen Burrows, o qual já tem trabalhos executados em parceria com Garth Ennis e Warren Ellis (Preacher, Crossed, 303).

Apesar da polemica, todos sabem da irreverência e estilo literário de Alan Moore e da estética “gore” da Avatar, portanto não tem tanta surpresa assim no resultado dessa combinação explosiva. De acordo com os blogs especializados, e de quem teve acesso a obra, a influência de H.P. Lovecraft é nítida, com direito a personagem que fala a língua das criaturas Cthulhu, Yoggoth, além de uma equipe de investigação do FBI em busca de resolver uma série de assassinatos.

Neonomicon terá quatro edições, nos EUA já saiu a segunda edição esse mês. Nós do Minerva Pop adquirimos a primeira edição desse novo trabalho do mestre Alan Moore e manteremos vocês informados.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O CORAÇÃO DAS TREVAS

Hoje retorno aos livros. E como já faz um tempo que não escrevo nada sobre literatura clássica, vamos de um "classudo" de primeira qualidade.

A dica que eu vou deixar aqui é "O Coração das Trevas" de Joseph Conrad, publicado em 1902.

O escritor polonês naturalizado britânico é tido por muitos como um dos maiores autores da lingua inglesa em todos os tempos. Mas não chega a ser uma unanimidade e nem é tão badalado como outros escritores que também influenciaram gerações.

Conrad trabalhou por quase 20 anos como marinheiro e usou muito de suas experiências na construção das histórias. Muitas delas inclusive tiveram o mar como pano de fundo, mas o que eu mais admiro nele é a profundidade de seus personagens.

Em "O Coração das Trevas" viajamos na companhia do marinheiro Marley que numa jornada rio adentro do coração da África vai em busca do atormentado e misterioso Kurtz enquanto se depara tanto com a barbárie praticada pelo colonizadores europeus (que deveriam representar a civilização) quanto pelos nativos africanos (que seriam os primitivos indefesos).

Quanto mais longe chega o barco, mais ficamos perto de descobrir os mistérios da "lenda" Kurz. Tudo narrado de forma densa e profunda cujo aspecto principal reside nas cosntantes reflexões dos personagens a respeito dos nossos valores e dos desvios inerentes a natureza humana. Uma viagem interna mais intensa do que a física que se passa no meio do nada. Não há ninguém totalmente bondoso e não há ninguém totalmente maldoso.

Esta obra-prima merece ser lida. E não pensem que trata-se de uma narrativa pesada e cansativa. Nada disso. O livro traz prazer e cativa facilmente o leitor.

Se você gostar, recomendo outras obras de Conrad que também são referência: "Lord Jim" de 1900, "Nostromo" de 1904 (considerada por especialistas como seu melhor texto) e "Os Duelistas" de 1908 (que muitos anos depois viraria filme nas mãos de Ridley Scott).

Para fechar, uma informação adicional e de fundamental importância. Em 1979 "O Coração das Trevas" foi adaptado para o cinema pelo excelente Francis Ford Coppola. Esta adaptação gerou outra obra-prima, desta vez cinematográfica, chamada "Apocalipse Now". Copolla teve a manha de mudar o cenário da história para a Guerra do Vietnã. O filme, um de meus preferidos, merece post específico que eu prometo para um futuro próximo.

"O Horror! O Horror!"


Sandro

O CORAÇÃO DAS TREVAS

Hoje retorno aos livros. E como já faz um tempo que não escrevo nada sobre literatura clássica, vamos de um "classudo" de primeira qualidade.

A dica que eu vou deixar aqui é "O Coração das Trevas" de Joseph Conrad, publicado em 1902.

O escritor polonês naturalizado britânico é tido por muitos como um dos maiores autores da lingua inglesa em todos os tempos. Mas não chega a ser uma unanimidade e nem é tão badalado como outros escritores que também influenciaram gerações.

Conrad trabalhou por quase 20 anos como marinheiro e usou muito de suas experiências na construção das histórias. Muitas delas inclusive tiveram o mar como pano de fundo, mas o que eu mais admiro nele é a profundidade de seus personagens.

Em "O Coração das Trevas" viajamos na companhia do marinheiro Marley que numa jornada rio adentro do coração da África vai em busca do atormentado e misterioso Kurtz enquanto se depara tanto com a barbárie praticada pelo colonizadores europeus (que deveriam representar a civilização) quanto pelos nativos africanos (que seriam os primitivos indefesos).

Quanto mais longe chega o barco, mais ficamos perto de descobrir os mistérios da "lenda" Kurz. Tudo narrado de forma densa e profunda cujo aspecto principal reside nas cosntantes reflexões dos personagens a respeito dos nossos valores e dos desvios inerentes a natureza humana. Uma viagem interna mais intensa do que a física que se passa no meio do nada. Não há ninguém totalmente bondoso e não há ninguém totalmente maldoso.

Esta obra-prima merece ser lida. E não pensem que trata-se de uma narrativa pesada e cansativa. Nada disso. O livro traz prazer e cativa facilmente o leitor.

Se você gostar, recomendo outras obras de Conrad que também são referência: "Lord Jim" de 1900, "Nostromo" de 1904 (considerada por especialistas como seu melhor texto) e "Os Duelistas" de 1908 (que muitos anos depois viraria filme nas mãos de Ridley Scott).

Para fechar, uma informação adicional e de fundamental importância. Em 1979 "O Coração das Trevas" foi adaptado para o cinema pelo excelente Francis Ford Coppola. Esta adaptação gerou outra obra-prima, desta vez cinematográfica, chamada "Apocalipse Now". Copolla teve a manha de mudar o cenário da história para a Guerra do Vietnã. O filme, um de meus preferidos, merece post específico que eu prometo para um futuro próximo.

"O Horror! O Horror!"


Sandro

sábado, 23 de outubro de 2010

PELÉ - Um Presente ao Rei.

O pessoal que acompanha o nosso blog sabe que temos como uma de nossas regras não comentar sobre futebol e política. Porém nesse 23 de Outubro de 2010 não poderíamos deixar de comentar o aniversário do maior jogador de futebol de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que  completa 70 anos de idade. Esse que foi, e sempre será, o maior atleta do mundo.

A história de Pelé pode ser encontrada em farto material disponivel em livros, revistas, na internet, etc. Por isso, nada do que viermos a falar será muita novidade, dos fatos verídicos como o premio de “Atleta do Século” de 1981, até os “causos” mais impressionantes, como o do dia em que Pelé não precisou de passaporte pra entrar nos EUA. O que o Rei representa para o futebol, e o que ele foi capaz de fazer, não podem ser imitados por nós simples mortais, porém uma coisa que pode e deve ser copiada é a forma exemplar com a qual Pelé trata as pessoas a sua volta, com humildade e cordialidade. Só a simplicidade como Pelé conduz suas entrevistas não permitem quaisquer outro atleta se igualar ao seus feitos. E isso vem de berço, da família, da criação vinda de Dona Celeste e “Seu” João.

Por isso, em nossa humilde blog, nosso presente pro Pelé é uma homenagem ao seu próprio Rei, o Sr. João Ramos do Nascimento, o Dondinho.

João Ramos do Nascimento , nasceu em 1917 em Campos Gerais (MG) e faleceu em16 de novembro de 1996 em Santos (SP). Dizem os amigos da época, que foi melhor que Pelé, será?

Pesquisei algumas histórias na internet, e encontrei essas:

“Seu Dondinho. Entregador de leite, alto e forte, ele era a estrela do time de Campos Gerais. Driblava todo time adversário e, depois, fazia gol de cabeça. Os torcedores da época garantem que Dondinho era melhor que Pelé. Até que um dia, em um jogo contra o time de Alfenas, Dondinho e a bola estavam incompatíveis. Dondinho deveria estar doente.

O time local perdeu e a torcida ficou furiosa com o jogador. O presidente do clube, o padeiro Alcides, demitiu Dondinho e ele teve que deixar Campos Gerais, por causa da fúria da torcida. Foi para Três Corações, onde entrou no time do Exército e abriu seu coração. Casou e, em outubro de 1940, nasceu Édson, o Pelé. Este é o único caso em que a fúria da torcida gerou um rei." (Alexandre Garcia – reporter)

“Em 1940, ano que Pelé nasceu, as boas atuações de Dondinho chamaram a atenção do Atlético-MG, essa era a oprtunidade de jogar num time da capital. Infelizmente, em sua estreia, num amistoso contra o São Cristóvão-RJ, sofreu lesão no joelho. Desde então, não conseguiu mais ter chances e acabou voltando para Três Corações”.

“Era 16 de julho de 1950, dia da final da Copa do Mundo entre Brasil e Uruguai, e Dondinho, o pai de Pelé, havia feito em Bauru o mesmo que tantos brasileiros: preparado uma festa para comemorar o inevitável título mundial. Pessoal reunido na sala, em volta do rádio, e a garotada, entre eles Pelé, corria de um lado para o outro - da sala para o quintal, do quintal para a rua. Numa dessas idas e vindas, Pelé encontrou a sala quieta e seu pai e os amigos todos às lágrimas. E perguntou: “Pai, por que o senhor está chorando?”. Dondinho explicou: porque o Brasil tinha acabado de perder a Copa. Pelé, então, com a praticidade para resolver problemas de quem tem nove anos, propôs: “Não chora, não. Eu vou ganhar uma Copa do Mundo para o senhor.” (Juan Polanco)



É isso pessoal, parabéns ao Edson, e longa vida ao Rei!



Anselmo


PELÉ - Um Presente ao Rei.

O pessoal que acompanha o nosso blog sabe que temos como uma de nossas regras não comentar sobre futebol e política. Porém nesse 23 de Outubro de 2010 não poderíamos deixar de comentar o aniversário do maior jogador de futebol de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que  completa 70 anos de idade. Esse que foi, e sempre será, o maior atleta do mundo.

A história de Pelé pode ser encontrada em farto material disponivel em livros, revistas, na internet, etc. Por isso, nada do que viermos a falar será muita novidade, dos fatos verídicos como o premio de “Atleta do Século” de 1981, até os “causos” mais impressionantes, como o do dia em que Pelé não precisou de passaporte pra entrar nos EUA. O que o Rei representa para o futebol, e o que ele foi capaz de fazer, não podem ser imitados por nós simples mortais, porém uma coisa que pode e deve ser copiada é a forma exemplar com a qual Pelé trata as pessoas a sua volta, com humildade e cordialidade. Só a simplicidade como Pelé conduz suas entrevistas não permitem quaisquer outro atleta se igualar ao seus feitos. E isso vem de berço, da família, da criação vinda de Dona Celeste e “Seu” João.

Por isso, em nossa humilde blog, nosso presente pro Pelé é uma homenagem ao seu próprio Rei, o Sr. João Ramos do Nascimento, o Dondinho.

João Ramos do Nascimento , nasceu em 1917 em Campos Gerais (MG) e faleceu em16 de novembro de 1996 em Santos (SP). Dizem os amigos da época, que foi melhor que Pelé, será?

Pesquisei algumas histórias na internet, e encontrei essas:

“Seu Dondinho. Entregador de leite, alto e forte, ele era a estrela do time de Campos Gerais. Driblava todo time adversário e, depois, fazia gol de cabeça. Os torcedores da época garantem que Dondinho era melhor que Pelé. Até que um dia, em um jogo contra o time de Alfenas, Dondinho e a bola estavam incompatíveis. Dondinho deveria estar doente.

O time local perdeu e a torcida ficou furiosa com o jogador. O presidente do clube, o padeiro Alcides, demitiu Dondinho e ele teve que deixar Campos Gerais, por causa da fúria da torcida. Foi para Três Corações, onde entrou no time do Exército e abriu seu coração. Casou e, em outubro de 1940, nasceu Édson, o Pelé. Este é o único caso em que a fúria da torcida gerou um rei." (Alexandre Garcia – reporter)

“Em 1940, ano que Pelé nasceu, as boas atuações de Dondinho chamaram a atenção do Atlético-MG, essa era a oprtunidade de jogar num time da capital. Infelizmente, em sua estreia, num amistoso contra o São Cristóvão-RJ, sofreu lesão no joelho. Desde então, não conseguiu mais ter chances e acabou voltando para Três Corações”.

“Era 16 de julho de 1950, dia da final da Copa do Mundo entre Brasil e Uruguai, e Dondinho, o pai de Pelé, havia feito em Bauru o mesmo que tantos brasileiros: preparado uma festa para comemorar o inevitável título mundial. Pessoal reunido na sala, em volta do rádio, e a garotada, entre eles Pelé, corria de um lado para o outro - da sala para o quintal, do quintal para a rua. Numa dessas idas e vindas, Pelé encontrou a sala quieta e seu pai e os amigos todos às lágrimas. E perguntou: “Pai, por que o senhor está chorando?”. Dondinho explicou: porque o Brasil tinha acabado de perder a Copa. Pelé, então, com a praticidade para resolver problemas de quem tem nove anos, propôs: “Não chora, não. Eu vou ganhar uma Copa do Mundo para o senhor.” (Juan Polanco)



É isso pessoal, parabéns ao Edson, e longa vida ao Rei!



Anselmo


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

MINERVA POP NO TOP BLOG 2010 - ESTAMOS NO TOP 100

Bem pessoal, este post aqui é de agradecimento e também para pedir votos. É isso aí, votos!

Desde o dia 25 de maio (post de apresentação aqui) estamos inscritos no tradicional prêmio Top Blog.

A maior premiação para blogs do Brasil teve uma primeira fase que durou até o dia 10 de outubro. Finalizada esta etapa "sobraram" os 100 blogs mais votados e este Minerva Pop é finalista na categoria Cultura.

Na segunda etapa todos os votos recebidos anteriormente são zerados e a votação é reiniciada. Esta nova fase vai até o dia 10 de novembro, quando são divulgados os "Top 3".

Portanto, primeiramente eu gostaria de agradecer muito a todos que votaram na gente e com isto ajudaram a nos colocar neste Top 100.

E aproveito para pedir novos votos. Mais do que isso, eu gostaria de pedir a ajuda de vocês na divulgação desta empreitada.

Lembrando como se faz para votar:
1) Clique no banner do prêmio que está ao lado direito deste post.
2) Entrando no site do prêmio, clique na opção votar.
3) Preencha seu nome e um endereço de e-mail válido.
4) Clique novamente em votar.
5) Depois disso você vai receber uma mensagem no endereço de e-mail informado com um link pedindo para você validar seu voto.
6) Clique neste link e você será direcionado ao site do concurso. O voto será validado automaticamente.

Esta sistemática visa limitar um voto por e-mail e evita que as pessoas passem o dia inteiro votando sem parar, deturpando o objetivo da premiação.

Contamos com a força de vocês e de suas redes de contatos. Uma dica importante. Guardem o e-mail de confirmação do Top Blog porque em caso de recebermos algum prêmio físico nesta brincadeira, a idéia é dividirmos com as pessoas que nos prestigiaram e pode acabar sobrando para você!

É isso. Boa sorte para a gente! Contamos com vocês!


Sandro


MINERVA POP NO TOP BLOG 2010 - ESTAMOS NO TOP 100

Bem pessoal, este post aqui é de agradecimento e também para pedir votos. É isso aí, votos!

Desde o dia 25 de maio (post de apresentação aqui) estamos inscritos no tradicional prêmio Top Blog.

A maior premiação para blogs do Brasil teve uma primeira fase que durou até o dia 10 de outubro. Finalizada esta etapa "sobraram" os 100 blogs mais votados e este Minerva Pop é finalista na categoria Cultura.

Na segunda etapa todos os votos recebidos anteriormente são zerados e a votação é reiniciada. Esta nova fase vai até o dia 10 de novembro, quando são divulgados os "Top 3".

Portanto, primeiramente eu gostaria de agradecer muito a todos que votaram na gente e com isto ajudaram a nos colocar neste Top 100.

E aproveito para pedir novos votos. Mais do que isso, eu gostaria de pedir a ajuda de vocês na divulgação desta empreitada.

Lembrando como se faz para votar:
1) Clique no banner do prêmio que está ao lado direito deste post.
2) Entrando no site do prêmio, clique na opção votar.
3) Preencha seu nome e um endereço de e-mail válido.
4) Clique novamente em votar.
5) Depois disso você vai receber uma mensagem no endereço de e-mail informado com um link pedindo para você validar seu voto.
6) Clique neste link e você será direcionado ao site do concurso. O voto será validado automaticamente.

Esta sistemática visa limitar um voto por e-mail e evita que as pessoas passem o dia inteiro votando sem parar, deturpando o objetivo da premiação.

Contamos com a força de vocês e de suas redes de contatos. Uma dica importante. Guardem o e-mail de confirmação do Top Blog porque em caso de recebermos algum prêmio físico nesta brincadeira, a idéia é dividirmos com as pessoas que nos prestigiaram e pode acabar sobrando para você!

É isso. Boa sorte para a gente! Contamos com vocês!


Sandro


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SKRreemR com problemas...

"SkreemR is taking a long nap...please check out"

Pois é. Ao entrarmos no sensacional (ex?) site SKReemR.org é a triste frase acima que nos espera. Fiz um post específico sobre este serviço (leia aqui) no dia 18 de maio deste ano. O lugar era uma espécie de YouTube de áudio, inclusive com a opção de incorporar a música em qualquer site, blog, página do orkut, facebook, etc.

Desde então utilizei este tocador de MP3 para ilustrar um monte de posts aqui do Minerva Pop. O que ocorre agora é que todos estes links estão "quebrados" e as músicas obviamente desabilitadas. Ainda tenho esperança que o site volte a funcionar e por esta razão não vou retirar os arquivos incorporados na expectativa que a coisa retome no futuro.

Por ora, peço desculpas aos amigos que ao navegar pelo blog venham a se deparar com estes problemas. Prometo que vou pesquisar uma nova ferramenta de mídia para fazer companhia ao citado You Tube e ao Mixpod, ambos presentes em muitos outros posts e funcionando muito bem.


Sandro

SKRreemR com problemas...

"SkreemR is taking a long nap...please check out"

Pois é. Ao entrarmos no sensacional (ex?) site SKReemR.org é a triste frase acima que nos espera. Fiz um post específico sobre este serviço (leia aqui) no dia 18 de maio deste ano. O lugar era uma espécie de YouTube de áudio, inclusive com a opção de incorporar a música em qualquer site, blog, página do orkut, facebook, etc.

Desde então utilizei este tocador de MP3 para ilustrar um monte de posts aqui do Minerva Pop. O que ocorre agora é que todos estes links estão "quebrados" e as músicas obviamente desabilitadas. Ainda tenho esperança que o site volte a funcionar e por esta razão não vou retirar os arquivos incorporados na expectativa que a coisa retome no futuro.

Por ora, peço desculpas aos amigos que ao navegar pelo blog venham a se deparar com estes problemas. Prometo que vou pesquisar uma nova ferramenta de mídia para fazer companhia ao citado You Tube e ao Mixpod, ambos presentes em muitos outros posts e funcionando muito bem.


Sandro

terça-feira, 19 de outubro de 2010

LUCAS FIGUEIREDO - Leitura Obrigatória


Em uma época tão importante da política brasileira, acredito que alguns episódios da História de nosso país precisam ser discutidos e pesquisados, inclusive entre os mais jovens. Por isso, gostaria de recomendar as obras literárias do jornalista Lucas Figueiredo.

Lucas Figueiredo nasceu em Belo Horizonte em 1968. Trabalhou na Folha de S.Paulo, como repórter e chefe de reportagem, e no Estado de Minas, como repórter especial. Colaborou com O Estado de S.Paulo, o serviço brasileiro da rádio BBC de Londres e as revistas Rolling Stone, Playboy, Caros Amigos, Superinteressante, Revista MTV, Nossa História e Defue Sud (Bélgica), entre outras. Recebeu três vezes o Prêmio Esso, o mais importante do jornalismo nacional – em 2007, foi premiado, na categoria Reportagem, com a série de matérias que revelou o conteúdo do Orvil, publicada simultaneamente no Correio Braziliense e no Estado de Minas. O jornalista também foi agraciado com os prêmios Imprensa Embratel e Folha.

Quanto aos seus livros, altamente recomendados são Morcegos negros (2000), Ministério do silêncio (2005), O operador (2006), e mais recentemente Olho Por Olho: Os Livros Secretos da Ditadura, todos publicados pela Record.

Particularmente gostei muito do Ministério do Silencio, nele, o autor aborda um tema  interessante: Em todos os países democráticos, o serviço secreto está voltado para o exterior, porém no Brasil ocorre exatamente o contrário, de 1927 a 2005, o serviço secreto investigou e perseguiu os cidadãos brasileiros, sobretudo aqueles envolvidos na busca de uma sociedade livre. O livro é rico em informações baseadas em mais de 20 quilos de documentos onde o jornalista Lucas Figueiredo faz a primeira história do serviço secreto no Brasil, de sua criação aos dias atuais, passando pelos anos sombrios da ditadura. O livro traz surpreendentes revelações, e é todo ilustrado com fotos e documentos inéditos.

O último trabalho, “Olho Por Olho”, mostra a guerra entre os defensores e os opositores da ditadura militar no Brasil (1964 a 1985). O confronto derradeiro mobilizou menos de 40 combatentes de cada lado, foi silencioso, durou 28 anos: de 1979 a 2007. Os dois lados dessa batalha pode ser comparada em dois livros. Brasil: nunca mais — a “bíblia” sobre a tortura praticada pelas Forças Armadas — e o menos conhecido Orvil, a resposta do Exército, sobre a guerrilha e o terrorismo de esquerda.

Informações sobre essa batalha, estão agora registradas nessa última obra de Lucas Figueiredo. Foi lançado em 2009, porém somente consegui um exemplar agora, o que prometo comentar em maiores detalhes futuramente.


Anselmo


LUCAS FIGUEIREDO - Leitura Obrigatória


Em uma época tão importante da política brasileira, acredito que alguns episódios da História de nosso país precisam ser discutidos e pesquisados, inclusive entre os mais jovens. Por isso, gostaria de recomendar as obras literárias do jornalista Lucas Figueiredo.

Lucas Figueiredo nasceu em Belo Horizonte em 1968. Trabalhou na Folha de S.Paulo, como repórter e chefe de reportagem, e no Estado de Minas, como repórter especial. Colaborou com O Estado de S.Paulo, o serviço brasileiro da rádio BBC de Londres e as revistas Rolling Stone, Playboy, Caros Amigos, Superinteressante, Revista MTV, Nossa História e Defue Sud (Bélgica), entre outras. Recebeu três vezes o Prêmio Esso, o mais importante do jornalismo nacional – em 2007, foi premiado, na categoria Reportagem, com a série de matérias que revelou o conteúdo do Orvil, publicada simultaneamente no Correio Braziliense e no Estado de Minas. O jornalista também foi agraciado com os prêmios Imprensa Embratel e Folha.

Quanto aos seus livros, altamente recomendados são Morcegos negros (2000), Ministério do silêncio (2005), O operador (2006), e mais recentemente Olho Por Olho: Os Livros Secretos da Ditadura, todos publicados pela Record.

Particularmente gostei muito do Ministério do Silencio, nele, o autor aborda um tema  interessante: Em todos os países democráticos, o serviço secreto está voltado para o exterior, porém no Brasil ocorre exatamente o contrário, de 1927 a 2005, o serviço secreto investigou e perseguiu os cidadãos brasileiros, sobretudo aqueles envolvidos na busca de uma sociedade livre. O livro é rico em informações baseadas em mais de 20 quilos de documentos onde o jornalista Lucas Figueiredo faz a primeira história do serviço secreto no Brasil, de sua criação aos dias atuais, passando pelos anos sombrios da ditadura. O livro traz surpreendentes revelações, e é todo ilustrado com fotos e documentos inéditos.

O último trabalho, “Olho Por Olho”, mostra a guerra entre os defensores e os opositores da ditadura militar no Brasil (1964 a 1985). O confronto derradeiro mobilizou menos de 40 combatentes de cada lado, foi silencioso, durou 28 anos: de 1979 a 2007. Os dois lados dessa batalha pode ser comparada em dois livros. Brasil: nunca mais — a “bíblia” sobre a tortura praticada pelas Forças Armadas — e o menos conhecido Orvil, a resposta do Exército, sobre a guerrilha e o terrorismo de esquerda.

Informações sobre essa batalha, estão agora registradas nessa última obra de Lucas Figueiredo. Foi lançado em 2009, porém somente consegui um exemplar agora, o que prometo comentar em maiores detalhes futuramente.



Anselmo


domingo, 17 de outubro de 2010

Biffy Clyro - Novo Vídeo "BOOOOOM, BLAST & RUIN"

Pessoal, devido a um problema no joelho, estou de repouso, e não consigo escrever muita coisa sobre o Post que estava preparando pra hoje, sobre a participação e atitude da Juventude brasileira nos assuntos atuais.

Por isso, segue o novo vídeo do Biffy Clyro para "BOOOOOM, BLAST & RUIN" , uma releitura devido ao sucesso da turne da banda na Europa.

Biffy Clyro - Novo Vídeo "BOOOOOM, BLAST & RUIN"

Pessoal, devido a um problema no joelho, estou de repouso, e não consigo escrever muita coisa sobre o Post que estava preparando pra hoje, sobre a participação e atitude da Juventude brasileira nos assuntos atuais.

Por isso, segue o novo vídeo do Biffy Clyro para "BOOOOOM, BLAST & RUIN" , uma releitura devido ao sucesso da turne da banda na Europa.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

SWU PARTE 2 - OS SHOWS

Conforme prometido retorno hoje com a segunda parte das minhas impressões sobre o festival SWU. Hoje abordando os shows, razão principal de tudo. Ou você acha que algum fórum sobre sustentabilidade vai levar uma galera para Itú?

Segue então meu relato sobre o que vi (mesmo que não seja o show inteiro). No final deixei uns vídeos como momentos lindos para ilustrar o texto.


Dia 9 de outubro (sábado)
  • Infectious Grooves - Assisti somente a metade do show devido a fila para entrar que eu citei no post anterior. Fiquei com a sensação de não ter perdido grande coisa. Até comentei com o Pancho que fazia uns 10 anos que eu não escutava nada deles, apesar de ser grande entusiasta quando o grupo foi formado. A banda me pareceu datada e o show não foi nada demais. Mike Muir até chamou uma molecada para subir no palco enquanto eles tiravam um cover do Suicidal Tendencies (banda principal do Muir), mas definitivamente eles não conseguiram empolgar e para mim será aquele típico show apenas para engrossar a lista dos já vistos.
  • Mutantes - Confesso que não tive paciência para a chatice do Sergio Dias. Enquanto íamos dar uma volta de reconhecimento do local, as primeiras músicas ficaram para trás e eu nem senti remorso.
  • The Apples in Stereo - Este eu queria ver desde o começo. E não me decepcionei. Com um visual que me lembrou os shows que assisti do Man Or Astro Man num passado remoto devido a extravagância das roupas, que lembravam um pouco o visual do Devo também. O líder Robert Schneider é bem simpático e pareceu estar se divertindo o tempo todo. Não conheço o suficiente sobre a banda para saber se a frase: "Olá, nós somos o Apples in Stereo e nós viemos do futuro!" era séria (e o cara é meio pinel) ou apenas uma brincadeira repetida diversas vezes durante o show. O fato é que suas leves canções são tão agradáveis e funcionam tão bem ao vivo que o resultado foi excelente. Um show muito, mas muito bom mesmo. Uma pena que foi visto por pouca gente (umas 500 / 600 pessoas) em razão da concorrência de MSTRKRFT e Los Hermanos tocando no mesmo horário.
  • Los Hermanos - Como disse acima eu estava em outro show enquanto eles tocavam. Peguei as duas últimas músicas e tive a impressão de que os caras não estavam tão bem ensaiados. Me perguntei também se o Marcelo Camelo sempre foi assim tão desafinado e eu tinha esquecido ou era só naquela tarde mesmo.
  • The Mars Volta - Um caso a parte. Esta banda é uma das poucas que eu gosto mesmo gravando músicas longas com uma frequencia mais do que o recomendável. E eles tiveram a manha de tocar várias destas musicas compridas em versões até mais esticadas, sem comprometer o pique do show. Apesar de ser um som para iniciados (é difícil de entender na primeira audição) a performance frenética no palco, o alto gabarito dos músicos e um vocalista que é um show a parte garantiram um ótimo espetáculo para quem estava lá.
  • Rage Against the Machine - Os gritos de "Rage, Rage, Rage!" vindos da galera antes do começo do show foram retribuidos assim que os quatro revolucionácios (força de expressão) pisaram no palco com a matadora "Testify". A fúria tão característica em seu som e letras estavam ali, explodindo na cara de quem teve o privilégio de assisti-los de perto (e não estava sendo pisoteado...). Se a volta da banda foi por dinheiro, eles não deixam isso transparecer. A performance é raivosa e cheia de vontade e sepulta qualquer clima de "paz e amor" que este tipo de festival deseje suscitar. Show excelente, que não foi ainda melhor porque na minha opinião não cabe numa apesentação com este grau de intensidade as interrupções que acabaram rolando. Isso traz um certo anti-climax e aquela sensação de coito interrompido para o público, o que pode ser bom para esfriar os ânimos, mas atrapalha no resultado final.

Dia 10 de outubro (sábado)
  • Joss Stone - Vi pela TV. Só queria comentar que achei a artista que mais entrou "louca" no palco, se é que vocês me entendem.
  • Regina Spektor - Não vi e gostaria muito de ter visto. Alguém podia ter trazido ela sozinha para shows em lugares fechados que ia cair muito melhor.

Dia 11 de outubro (segunda-feira)
  • Yo La Tengo - Devido a demora para entrar (50 minutos de fila) eu perdi praticamente o show inteiro. Peguei as duas últimas músicas onde eles abusaram da microfonia. Não deu para formar uma opinião sobre a apresentação. Só acho que não é o tipo de banda para um palco principal de festival. Eu os vi no Sesc Pompéia em 2001 e o show funcionou muito bem, parecendo ficar perfeito em lugares fechados e menores.
  • Cavalera Conspiracy - Só de ver os irmãos Max e Igor Cavalera tocando juntos novamente aqui no Brasil já seria bacana. Mas eles fizeram um show muito competente calcado nas músicas de seu único disco (o Max anunciou um novo para o próximo ano) e com um recheio especial da fase Sepultura, devidamemnte representada por "Refuse/Resist", "Atittude", "Troops of Doom" (esta foi desencavada...) e "Roots Bloody Roots". Clássicos bons de se ouvir de novo.
  • BNegão e Seletores de Frequencia - Vi só os 10 minutos finais e fiquei com uma sensação de quero mais absurda. Numa tenda OI FM (a mesma onde tocou o Apples in Stereo) totalmente lotada, fiquei de boca aberta com a força dos caras no palco. Preciso ir num show deles com urgência.
  • Avenged Sevenfold - Depois do BNegão, peguei partes deste show enquanto andava a procura de comida e bebida. Metal cheio de clichês, eu detestei. Achei horroroso e tive a certeza de que eu era feliz e não sabia quando nunca tinha ouvido falar disso aí.
  • Incubus - Banda que eu nunca tinha parado para ouvir com atenção mas que sempre foi muito bem recomendada por amigos. Tive a boa vontade de assistir o show inteiro e posso dizer. Não gostei. Achei chato demais. Pode até ser o efeito da minha ansiedade pelo QOTSA e Pixies, mas sinceramente, não bateu.
  • Queens of the Stone Age - Eu já tinha escrito por aqui que este provavelmente seria o show do ano no Brasil. Josh Homme é quase que uma entidade no rock atual, muito também pela sua atuação em diversos projetos de qualidade e pela influência que sua "mão" traz em qualquer coisa que ele toca. Eles abriram o show com o baixo "falando" na sensacional e poderosa "Feel Good Hit of the Summer" e já deram o cartão de visita do que seria um show barulhento e pesado na medida exata. Os caras juntam uma simplicidade a uma gana de tocar que é admirável. Na segunda música quando eles mandaram "The Lost Art of Keeping a Secret", uma de minhas preferidas, percebi que o jogo já estava ganho. Durante o show houve alguns problemas com o som, é verdade, mas nada que impedisse a banda de fazer o melhor show do festival tecnicamente falando. Foi maravilhoso e entra desde já para o time dos mais relevantes já vistos.
  • Pixies - O amor é cego? Dizem que sim. Os Pixies fizeram um show onde a empolgação e a vontade não foram o ponto alto. Dava para ficar na dúvida se a voz cansada de Frank Black era o peso da idade ou apenas má vontade mesmo. Então por que eu acho que vi um dos melhores shows da minha vida? E por que se eu acho que se o QOTSA fez o melhor show do festival tecnicamente falando, eu preferi o dos Pixies? Simples. É uma questão afetiva. Coisa de amor mesmo. E tenho certeza de que falo pela multidão que se deliciou com os clássicos do rock alternativo que eram enfileirados um atrás do outro por uma das maiores bandas de rock alternativo de todos os tempos. Foi emocionante poder vê-los pela primeira vez e poder cantar, dançar, gritar ao som de "Debaser", "Velouria", Monkey Gone To Heaven", "Waves of Mutilation", "Here Comes Your Man", "Hey", "Gouge Away" "Where Is My Mind" e "Gigantic". Eu anotei o set list no meu celular que eu viria a perder depois e nem vou querer lembrar de tudo na ordem para não escrever besteira. Enfim, eles não são mais os mesmos? Eles não tem mais o vigor de outrora? Foda-se! Para mim o show foi espetacular e fez valer todo o perrengue "chorado" no post sobre a organização. Inesquecível. Mais uma daquelas que eu não poderia morrer sem ssistir.
  • Linkin Park e Tiesto - Desculpem. Eu sei que estava lá na balada e era só esperar um pouco para acrescentar mais estas duas atrações gringas na minha lista. Só que depois de ver o Queens Of The Stone Age e os Pixies na sequencia eu não precisava ouvir mais nada. Para mim estava bom.

Sandro













SWU PARTE 2 - OS SHOWS

Conforme prometido retorno hoje com a segunda parte das minhas impressões sobre o festival SWU. Hoje abordando os shows, razão principal de tudo. Ou você acha que algum fórum sobre sustentabilidade vai levar uma galera para Itú?

Segue então meu relato sobre o que vi (mesmo que não seja o show inteiro). No final deixei uns vídeos como momentos lindos para ilustrar o texto.


Dia 9 de outubro (sábado)
  • Infectious Grooves - Assisti somente a metade do show devido a fila para entrar que eu citei no post anterior. Fiquei com a sensação de não ter perdido grande coisa. Até comentei com o Pancho que fazia uns 10 anos que eu não escutava nada deles, apesar de ser grande entusiasta quando o grupo foi formado. A banda me pareceu datada e o show não foi nada demais. Mike Muir até chamou uma molecada para subir no palco enquanto eles tiravam um cover do Suicidal Tendencies (banda principal do Muir), mas definitivamente eles não conseguiram empolgar e para mim será aquele típico show apenas para engrossar a lista dos já vistos.
  • Mutantes - Confesso que não tive paciência para a chatice do Sergio Dias. Enquanto íamos dar uma volta de reconhecimento do local, as primeiras músicas ficaram para trás e eu nem senti remorso.
  • The Apples in Stereo - Este eu queria ver desde o começo. E não me decepcionei. Com um visual que me lembrou os shows que assisti do Man Or Astro Man num passado remoto devido a extravagância das roupas, que lembravam um pouco o visual do Devo também. O líder Robert Schneider é bem simpático e pareceu estar se divertindo o tempo todo. Não conheço o suficiente sobre a banda para saber se a frase: "Olá, nós somos o Apples in Stereo e nós viemos do futuro!" era séria (e o cara é meio pinel) ou apenas uma brincadeira repetida diversas vezes durante o show. O fato é que suas leves canções são tão agradáveis e funcionam tão bem ao vivo que o resultado foi excelente. Um show muito, mas muito bom mesmo. Uma pena que foi visto por pouca gente (umas 500 / 600 pessoas) em razão da concorrência de MSTRKRFT e Los Hermanos tocando no mesmo horário.
  • Los Hermanos - Como disse acima eu estava em outro show enquanto eles tocavam. Peguei as duas últimas músicas e tive a impressão de que os caras não estavam tão bem ensaiados. Me perguntei também se o Marcelo Camelo sempre foi assim tão desafinado e eu tinha esquecido ou era só naquela tarde mesmo.
  • The Mars Volta - Um caso a parte. Esta banda é uma das poucas que eu gosto mesmo gravando músicas longas com uma frequencia mais do que o recomendável. E eles tiveram a manha de tocar várias destas musicas compridas em versões até mais esticadas, sem comprometer o pique do show. Apesar de ser um som para iniciados (é difícil de entender na primeira audição) a performance frenética no palco, o alto gabarito dos músicos e um vocalista que é um show a parte garantiram um ótimo espetáculo para quem estava lá.
  • Rage Against the Machine - Os gritos de "Rage, Rage, Rage!" vindos da galera antes do começo do show foram retribuidos assim que os quatro revolucionácios (força de expressão) pisaram no palco com a matadora "Testify". A fúria tão característica em seu som e letras estavam ali, explodindo na cara de quem teve o privilégio de assisti-los de perto (e não estava sendo pisoteado...). Se a volta da banda foi por dinheiro, eles não deixam isso transparecer. A performance é raivosa e cheia de vontade e sepulta qualquer clima de "paz e amor" que este tipo de festival deseje suscitar. Show excelente, que não foi ainda melhor porque na minha opinião não cabe numa apesentação com este grau de intensidade as interrupções que acabaram rolando. Isso traz um certo anti-climax e aquela sensação de coito interrompido para o público, o que pode ser bom para esfriar os ânimos, mas atrapalha no resultado final.

Dia 10 de outubro (sábado)
  • Joss Stone - Vi pela TV. Só queria comentar que achei a artista que mais entrou "louca" no palco, se é que vocês me entendem.
  • Regina Spektor - Não vi e gostaria muito de ter visto. Alguém podia ter trazido ela sozinha para shows em lugares fechados que ia cair muito melhor.

Dia 11 de outubro (segunda-feira)
  • Yo La Tengo - Devido a demora para entrar (50 minutos de fila) eu perdi praticamente o show inteiro. Peguei as duas últimas músicas onde eles abusaram da microfonia. Não deu para formar uma opinião sobre a apresentação. Só acho que não é o tipo de banda para um palco principal de festival. Eu os vi no Sesc Pompéia em 2001 e o show funcionou muito bem, parecendo ficar perfeito em lugares fechados e menores.
  • Cavalera Conspiracy - Só de ver os irmãos Max e Igor Cavalera tocando juntos novamente aqui no Brasil já seria bacana. Mas eles fizeram um show muito competente calcado nas músicas de seu único disco (o Max anunciou um novo para o próximo ano) e com um recheio especial da fase Sepultura, devidamemnte representada por "Refuse/Resist", "Atittude", "Troops of Doom" (esta foi desencavada...) e "Roots Bloody Roots". Clássicos bons de se ouvir de novo.
  • BNegão e Seletores de Frequencia - Vi só os 10 minutos finais e fiquei com uma sensação de quero mais absurda. Numa tenda OI FM (a mesma onde tocou o Apples in Stereo) totalmente lotada, fiquei de boca aberta com a força dos caras no palco. Preciso ir num show deles com urgência.
  • Avenged Sevenfold - Depois do BNegão, peguei partes deste show enquanto andava a procura de comida e bebida. Metal cheio de clichês, eu detestei. Achei horroroso e tive a certeza de que eu era feliz e não sabia quando nunca tinha ouvido falar disso aí.
  • Incubus - Banda que eu nunca tinha parado para ouvir com atenção mas que sempre foi muito bem recomendada por amigos. Tive a boa vontade de assistir o show inteiro e posso dizer. Não gostei. Achei chato demais. Pode até ser o efeito da minha ansiedade pelo QOTSA e Pixies, mas sinceramente, não bateu.
  • Queens of the Stone Age - Eu já tinha escrito por aqui que este provavelmente seria o show do ano no Brasil. Josh Homme é quase que uma entidade no rock atual, muito também pela sua atuação em diversos projetos de qualidade e pela influência que sua "mão" traz em qualquer coisa que ele toca. Eles abriram o show com o baixo "falando" na sensacional e poderosa "Feel Good Hit of the Summer" e já deram o cartão de visita do que seria um show barulhento e pesado na medida exata. Os caras juntam uma simplicidade a uma gana de tocar que é admirável. Na segunda música quando eles mandaram "The Lost Art of Keeping a Secret", uma de minhas preferidas, percebi que o jogo já estava ganho. Durante o show houve alguns problemas com o som, é verdade, mas nada que impedisse a banda de fazer o melhor show do festival tecnicamente falando. Foi maravilhoso e entra desde já para o time dos mais relevantes já vistos.
  • Pixies - O amor é cego? Dizem que sim. Os Pixies fizeram um show onde a empolgação e a vontade não foram o ponto alto. Dava para ficar na dúvida se a voz cansada de Frank Black era o peso da idade ou apenas má vontade mesmo. Então por que eu acho que vi um dos melhores shows da minha vida? E por que se eu acho que se o QOTSA fez o melhor show do festival tecnicamente falando, eu preferi o dos Pixies? Simples. É uma questão afetiva. Coisa de amor mesmo. E tenho certeza de que falo pela multidão que se deliciou com os clássicos do rock alternativo que eram enfileirados um atrás do outro por uma das maiores bandas de rock alternativo de todos os tempos. Foi emocionante poder vê-los pela primeira vez e poder cantar, dançar, gritar ao som de "Debaser", "Velouria", Monkey Gone To Heaven", "Waves of Mutilation", "Here Comes Your Man", "Hey", "Gouge Away" "Where Is My Mind" e "Gigantic". Eu anotei o set list no meu celular que eu viria a perder depois e nem vou querer lembrar de tudo na ordem para não escrever besteira. Enfim, eles não são mais os mesmos? Eles não tem mais o vigor de outrora? Foda-se! Para mim o show foi espetacular e fez valer todo o perrengue "chorado" no post sobre a organização. Inesquecível. Mais uma daquelas que eu não poderia morrer sem ssistir.
  • Linkin Park e Tiesto - Desculpem. Eu sei que estava lá na balada e era só esperar um pouco para acrescentar mais estas duas atrações gringas na minha lista. Só que depois de ver o Queens Of The Stone Age e os Pixies na sequencia eu não precisava ouvir mais nada. Para mim estava bom.

Sandro













quarta-feira, 13 de outubro de 2010

SWU PARTE 1 - A ORGANIZAÇÃO (#SWUfail) -

Estou de volta. Como bem disse o Anselmo no post anterior eu estava em fase de recuperação. Mas não da maratona (dura, sem dúvida) SWU. Ainda estou me recuperando do trauma psicológico de ter perdido (ou ter sido roubado, sei lá) meu estimado iPhone lá em Itú. É uma tortura. O consolo é ter que antecipar a compra do modelo 4G e saber que a pessoa que está com o aparelho na mão está com um objeto á ser descartado, visto que tanto a linha quanto todas as funções do mesmo estão devidamente bloqueadas.
 
Feito este desabafo, vamos ao que interessa. Contar para vocês como foi este tão falado SWU na visão deste blog, que esteve lá no sábado e segunda-feira. E tem tanta coisa para falar, que optei em dividir minhas opiniões em dois posts. Neste primeiro eu vou escrever sobre a organização. Amanhã eu volto ao assunto e escrevo sobre os shows e vejo se até lá esta impressão de que vi um dos melhores shows da minha vida (Pixies) resiste ao tempo.
 
Antes de entrar nos detalhes, vou dimensionar a coisa citando a hashtag #SWUfail criada no twitter. Para quem não sabe (alguém não sabe?), as hashtags são usadas para destacar determinados assuntos no twitter e vem sempre acompanhadas do símbolo # antes do termo, facilitando assim a identificação e busca pelos demais usuários da rede. Quando eu cheguei de Itú no domingo de manhã, após poucas horas de sono, ja entrei na rede e identificando meus posts com a hashtag #SWUfail fui relatando minha péssima impressão sobre a organização do festival. Eu nem sabia que esta hashtag já tinha sido criada horas antes e que seria alimentada por vários tweets durante todos estes dias. Dentre os vários, vou deixar um um postado pela @itsous. Não sei se a frase é dela ou não. O que sei é que representa a opinião de uma grande quantidade de pessoas que foram nesta balada. Segue: "SWU devia mudar o nome pra FWU. Fail with you. Fuck with you. Fila with you. Firula with you. Frio with you. #SWUfail".
 
Agora vou relatar por partes minha aventura.
  • Viagem: No sábado, tinha decidido usar um opção dada pela organização que me pareceu interessante. Deixar o carro em São Paulo e seguir para Itú de ônibus. Havia duas possibilidades e como eu havia deixado para a última hora, tive que ir para a Barra Funda (a outra era o Anhembi). Chegando lá a primeira surpresa. Não vi a simplicidade demonstrada no site do evento. Não havia o tal bolsão de estacionamento e nos guichês da Viação contratada a zona e a fila eram enormes. Os próprios funcionários recomendavam para que as pessoas fossem até o Anhembi. Ignorei a dica e preferi seguir direto para Itú de carro mesmo. Na segunda, nem pensei duas vezes e já sai de casa direto para o interior.
  • Acesso: Quando cheguei em Itú no sábado, optei por utilizar outro serviço bastante divulgado pelo site, que era o de deixar o carro num estacionameto na cidade e seguir de ônibus para a Fazenda Maeda. Estacionei meu carro no Kartódromo de Itú (R$ 50,00) e enfrentei minha primeira fila. Apesar da grana no estacionamento, era preciso comprar o bilhete para o transporte e para isso, lá se foi uma fila de quase meia hora. Bilhetes comprados (ida e volta) mais um fila básica para esperar o bus. Dentro do veículo, a viagem foi tranquila. Cerca de 25 minutos até chegarmos ao destino. O fato é que andando na estrada de terra que nos levou até lá, já dava para prever que na volta quando todo mundo fosse sair ao mesmo tempo, a chance de dar alguma coisa errada era grande. Na segunda-feira ainda com o trauma (leia mais abaixo) decidi estacionar o carro direto lá na Maeda, mesmo pagando R$100,00.
  • Entrada: Eram umas cinco da tarde do sábado e eu me assustei com o tamanho das filas que se formavam para quem quisesse comprar um ingresso ou apenas trocá-lo em função de uma aquisição feira pela internet. Dava até medo. Na segunda, estes locais estavam sossegados. Mas como eu já estava com o ingresso na mão, minha aventura era na entrada oficial para o evento. Uma zona. Apenas quatro "filas" e muita gente amontoada. No sábado demorei 30 minutos, já na segunda a espera chegou a 50 minutos. Legal, né?
  • Local para os shows: Grande e como já era de conhecimento de todos,com um piso de terra (claro, era uma fazenda). O espaço foi bem aproveitado e a distribuição dos palcos e tendas ficou bem bacana. Os dois palcos principais colocados um ao lado do outro, numa espécie de descida propiciavam uma vista mesmo que pequena até para quem ficasse mais a distância. A Tenda Heineken (música eletrônica) e a da Oi FM (música alternativa) também eram bem legais.
  • Telão: Fiquei muito bem impressioando com a qualidade da imagem que eram mostradas nos dois telões instalados no fundo de cada palco. Uma nitidez absurda. Para completar, mais quatro telões instalados ao lado dos palcos traziam uma fartura de imagens. Esta fartura só não existiu durante o show do Rage Against The Machne, quando os dois telões maiores ficaram apenas mostrando a estrela vermelha, provavelmente á pedido da banda. Já no caso da apresentação do Queens Of The Stone Age, certamente foi caso de falha mesmo, pois além dos dois telões ficarem totalmente apagados, mesmos os quatro menores ficaram fora do ar a maior parte do show. Felizmente para mim, eu estava perto o suficiente para assistir sem a necessidade deste auxílio. Nos outros shows a coisa funcionou bem.
  • Som: Dentro do que se pode esperar de shows ao ar livre, na grande maioria das apresentações o som esteve bom. O fato triste, para não dizer revoltante, foi o que ocorreu durante o show do Rage Against The Machine. Durante duas vezes o som simplesmente sumiu. O pior é que o retorno para banda no palco permaneceu e eles continuaram tocando normalmente. Não sei se foi falha ou se o pânico da produção era tão grande (o bicho estava pegando mesmo no meio do público e nem sei como não morreu ninguèm) que eles desligaram de propósito. Uma terceira interrupção no som deu-se numa hora em que foi feito um pedido especial (pela produção e pela banda) para a galera maneirar, inclusive com uma "ameaça" da produção de que o Rage não voltaria. Ridículo.
  • Horários dos shows: Na maioria dos casos os horários foram cumpridos. Vi apenas três atrasos. Uns 20 minutos para o início do Apples in Stereo que não pegou nada. Uns 10 minutos para o começo do Rage Against The Machine que pegou tudo, pois foi o suficiente para que as pessoas que estavam na frente do palco onde o Mars Volta havia tocado tentassem ocupar o mesmo espaço das pessoas que já aguardavam em frente o palco do Rage, o que foi um ingrediente a mais para o caos. E teve também o atrado de "só" 1 hora para o show do Queens Of The Stone Age, que se estivesse previsto para a hora que efetivamente começou, permitira que eu assistisse pelo menos uma meia hora da apresentação do Cansei de Ser Sexy.
  • Estrutura para alimentação e bebidas: Lamentável. No sábado a situação era de calamidade. As filas para a compra das fichas eram enormes. A alardeada possibilidade de utilizar cartões de débito / crédito não funcionava. As próprias fichas acabaram em vários caixas. As filas para pegar a comida também eram gigantes. Ainda antes da meia-noite do sábado, grande parte das "lanchonetes" estavam sem comida. A coisa melhorou sensivelmente na segunda-feira e até onde eu vi faltaram somente as fichas, repostas uns 15 minutos depois. Pelo relato de amigos, a situação na área VIP foi bem melhor, mas isso não alivia em nada para a organização, já que a maioria dos presentes não estava na pista premium (R$640,00).
  • Saída: No sábado, a saída do evento parecia cena de filme de terror. Milhares de pessoas sairam ao mesmo tempo e grande parte em busca dos ônibus que os levaraim de volta para a cidade. Só que não havia ônibus nenhum. O local estava uma zona completa com os transportes fretados disputando espaço com táxis, vans e os citados ônibus que começavam a chegar somente naquela hora. As pessoas pareciam zumbis andando perdidas de um lado para o outro sem nenhuma informação e tentando desesperadamente entrar em algum veículo. Consegui entrar num ônibus que ficou super lotado, não cabia mais ninguém e as pessoas batiam e se penduravam pelo lado de fora querendo entrar a qualquer custo. Caos total. A coisa não fluia e os veículos praticamente não saiam do lugar. Como resultado, mais de três horas para retornar ao Kartódromo. Isso por que nosso motorista (grande Marcos) foi valente e pegou um atalho pelo meio do mato numa estrada paralela que deve ter economizado pelos menos uma hora de congestionamento. Quando peguei meu carro o estacionamento ainda estava cheio, o que me leva a concluir que os demais tiveram ainda pior sorte. Quem estacionou direto na Maeda se deu melhor e demorou apenas duas horas para sair. Foi isso que fez com que eu fosse de carro até lá na segunda-feira e disto não me arrependo porque pelo menos consegui sair numa boa, apesar de não saber se isso era devido a uma melhoria na organização (vi ônibus estacionados lá fora com bastante antecedência) ou apenas ao fato de eu ter saído antes do final do show do Linkin Park.

Se vocês acham que eu exagerei, saibam que teve muita gente que foi ao SWU no sábado e mesmo tendo ingressos para os outros dias procurou vendê-los ou simplesmente perderam o dinheiro e não foram. E eu confesso que se não fossem os Pixies e o Queens Of The Stone Age, eu teria feito o mesmo.

Com esta organização muito fraca, neste local com acesso horrível, com esta falta de respeito e com este papo de sustentabilidade que não me convenceu, pois pareceu mais discurso para render patrocínio e ajudar a divulgar o festival, chego numa conclusão.
Junto ainda o fato de eu não curtir muito shows ao ar livre e não estar mais no pique juvenil para passar tanto perrengue e ficar gritando "valeu a pena!!!".
SWU 2011 (se é que vai ter) só verá meu dinheiro se estiverem presentes uma das duas bandas dentre as minhas favoritas cujos shows eu ainda não assisti. Manic Street Preachers ou Weezer.

Caso contrário, verei pela TV. Mesmo correndo o risco deles censurarem a imagem do Tom Morello (Rage Against The Machine) usando um boné do MST. Tom inclusive comentou em seu twitter "I understand the network cut away when I put on the PST hat. That means we're winning".

Amanhã tem mais.

Sandro

SWU PARTE 1 - A ORGANIZAÇÃO (#SWUfail) -

Estou de volta. Como bem disse o Anselmo no post anterior eu estava em fase de recuperação. Mas não da maratona (dura, sem dúvida) SWU. Ainda estou me recuperando do trauma psicológico de ter perdido (ou ter sido roubado, sei lá) meu estimado iPhone lá em Itú. É uma tortura. O consolo é ter que antecipar a compra do modelo 4G e saber que a pessoa que está com o aparelho na mão está com um objeto á ser descartado, visto que tanto a linha quanto todas as funções do mesmo estão devidamente bloqueadas.
Feito este desabafo, vamos ao que interessa. Contar para vocês como foi este tão falado SWU na visão deste blog, que esteve lá no sábado e segunda-feira. E tem tanta coisa para falar, que optei em dividir minhas opiniões em dois posts. Neste primeiro eu vou escrever sobre a organização. Amanhã eu volto ao assunto e escrevo sobre os shows e vejo se até lá esta impressão de que vi um dos melhores shows da minha vida (Pixies) resiste ao tempo.
Antes de entrar nos detalhes, vou dimensionar a coisa citando a hashtag #SWUfail criada no twitter. Para quem não sabe (alguém não sabe?), as hashtags são usadas para destacar determinados assuntos no twitter e vem sempre acompanhadas do símbolo # antes do termo, facilitando assim a identificação e busca pelos demais usuários da rede. Quando eu cheguei de Itú no domingo de manhã, após poucas horas de sono, ja entrei na rede e identificando meus posts com a hashtag #SWUfail fui relatando minha péssima impressão sobre a organização do festival. Eu nem sabia que esta hashtag já tinha sido criada horas antes e que seria alimentada por vários tweets durante todos estes dias. Dentre os vários, vou deixar um um postado pela @itsous. Não sei se a frase é dela ou não. O que sei é que representa a opinião de uma grande quantidade de pessoas que foram nesta balada. Segue: "SWU devia mudar o nome pra FWU. Fail with you. Fuck with you. Fila with you. Firula with you. Frio with you. #SWUfail".
Agora vou relatar por partes minha aventura.
  • Viagem: No sábado, tinha decidido usar um opção dada pela organização que me pareceu interessante. Deixar o carro em São Paulo e seguir para Itú de ônibus. Havia duas possibilidades e como eu havia deixado para a última hora, tive que ir para a Barra Funda (a outra era o Anhembi). Chegando lá a primeira surpresa. Não vi a simplicidade demonstrada no site do evento. Não havia o tal bolsão de estacionamento e nos guichês da Viação contratada a zona e a fila eram enormes. Os próprios funcionários recomendavam para que as pessoas fossem até o Anhembi. Ignorei a dica e preferi seguir direto para Itú de carro mesmo. Na segunda, nem pensei duas vezes e já sai de casa direto para o interior.
  • Acesso: Quando cheguei em Itú no sábado, optei por utilizar outro serviço bastante divulgado pelo site, que era o de deixar o carro num estacionameto na cidade e seguir de ônibus para a Fazenda Maeda. Estacionei meu carro no Kartódromo de Itú (R$ 50,00) e enfrentei minha primeira fila. Apesar da grana no estacionamento, era preciso comprar o bilhete para o transporte e para isso, lá se foi uma fila de quase meia hora. Bilhetes comprados (ida e volta) mais um fila básica para esperar o bus. Dentro do veículo, a viagem foi tranquila. Cerca de 25 minutos até chegarmos ao destino. O fato é que andando na estrada de terra que nos levou até lá, já dava para prever que na volta quando todo mundo fosse sair ao mesmo tempo, a chance de dar alguma coisa errada era grande. Na segunda-feira ainda com o trauma (leia mais abaixo) decidi estacionar o carro direto lá na Maeda, mesmo pagando R$100,00.
  • Entrada: Eram umas cinco da tarde do sábado e eu me assustei com o tamanho das filas que se formavam para quem quisesse comprar um ingresso ou apenas trocá-lo em função de uma aquisição feira pela internet. Dava até medo. Na segunda, estes locais estavam sossegados. Mas como eu já estava com o ingresso na mão, minha aventura era na entrada oficial para o evento. Uma zona. Apenas quatro "filas" e muita gente amontoada. No sábado demorei 30 minutos, já na segunda a espera chegou a 50 minutos. Legal, né?
  • Local para os shows: Grande e como já era de conhecimento de todos,com um piso de terra (claro, era uma fazenda). O espaço foi bem aproveitado e a distribuição dos palcos e tendas ficou bem bacana. Os dois palcos principais colocados um ao lado do outro, numa espécie de descida propiciavam uma vista mesmo que pequena até para quem ficasse mais a distância. A Tenda Heineken (música eletrônica) e a da Oi FM (música alternativa) também eram bem legais.
  • Telão: Fiquei muito bem impressioando com a qualidade da imagem que eram mostradas nos dois telões instalados no fundo de cada palco. Uma nitidez absurda. Para completar, mais quatro telões instalados ao lado dos palcos traziam uma fartura de imagens. Esta fartura só não existiu durante o show do Rage Against The Machne, quando os dois telões maiores ficaram apenas mostrando a estrela vermelha, provavelmente á pedido da banda. Já no caso da apresentação do Queens Of The Stone Age, certamente foi caso de falha mesmo, pois além dos dois telões ficarem totalmente apagados, mesmos os quatro menores ficaram fora do ar a maior parte do show. Felizmente para mim, eu estava perto o suficiente para assistir sem a necessidade deste auxílio. Nos outros shows a coisa funcionou bem.
  • Som: Dentro do que se pode esperar de shows ao ar livre, na grande maioria das apresentações o som esteve bom. O fato triste, para não dizer revoltante, foi o que ocorreu durante o show do Rage Against The Machine. Durante duas vezes o som simplesmente sumiu. O pior é que o retorno para banda no palco permaneceu e eles continuaram tocando normalmente. Não sei se foi falha ou se o pânico da produção era tão grande (o bicho estava pegando mesmo no meio do público e nem sei como não morreu ninguèm) que eles desligaram de propósito. Uma terceira interrupção no som deu-se numa hora em que foi feito um pedido especial (pela produção e pela banda) para a galera maneirar, inclusive com uma "ameaça" da produção de que o Rage não voltaria. Ridículo.
  • Horários dos shows: Na maioria dos casos os horários foram cumpridos. Vi apenas três atrasos. Uns 20 minutos para o início do Apples in Stereo que não pegou nada. Uns 10 minutos para o começo do Rage Against The Machine que pegou tudo, pois foi o suficiente para que as pessoas que estavam na frente do palco onde o Mars Volta havia tocado tentassem ocupar o mesmo espaço das pessoas que já aguardavam em frente o palco do Rage, o que foi um ingrediente a mais para o caos. E teve também o atrado de "só" 1 hora para o show do Queens Of The Stone Age, que se estivesse previsto para a hora que efetivamente começou, permitira que eu assistisse pelo menos uma meia hora da apresentação do Cansei de Ser Sexy.
  • Estrutura para alimentação e bebidas: Lamentável. No sábado a situação era de calamidade. As filas para a compra das fichas eram enormes. A alardeada possibilidade de utilizar cartões de débito / crédito não funcionava. As próprias fichas acabaram em vários caixas. As filas para pegar a comida também eram gigantes. Ainda antes da meia-noite do sábado, grande parte das "lanchonetes" estavam sem comida. A coisa melhorou sensivelmente na segunda-feira e até onde eu vi faltaram somente as fichas, repostas uns 15 minutos depois. Pelo relato de amigos, a situação na área VIP foi bem melhor, mas isso não alivia em nada para a organização, já que a maioria dos presentes não estava na pista premium (R$640,00).
  • Saída: No sábado, a saída do evento parecia cena de filme de terror. Milhares de pessoas sairam ao mesmo tempo e grande parte em busca dos ônibus que os levaraim de volta para a cidade. Só que não havia ônibus nenhum. O local estava uma zona completa com os transportes fretados disputando espaço com táxis, vans e os citados ônibus que começavam a chegar somente naquela hora. As pessoas pareciam zumbis andando perdidas de um lado para o outro sem nenhuma informação e tentando desesperadamente entrar em algum veículo. Consegui entrar num ônibus que ficou super lotado, não cabia mais ninguém e as pessoas batiam e se penduravam pelo lado de fora querendo entrar a qualquer custo. Caos total. A coisa não fluia e os veículos praticamente não saiam do lugar. Como resultado, mais de três horas para retornar ao Kartódromo. Isso por que nosso motorista (grande Marcos) foi valente e pegou um atalho pelo meio do mato numa estrada paralela que deve ter economizado pelos menos uma hora de congestionamento. Quando peguei meu carro o estacionamento ainda estava cheio, o que me leva a concluir que os demais tiveram ainda pior sorte. Quem estacionou direto na Maeda se deu melhor e demorou apenas duas horas para sair. Foi isso que fez com que eu fosse de carro até lá na segunda-feira e disto não me arrependo porque pelo menos consegui sair numa boa, apesar de não saber se isso era devido a uma melhoria na organização (vi ônibus estacionados lá fora com bastante antecedência) ou apenas ao fato de eu ter saído antes do final do show do Linkin Park.

Se vocês acham que eu exagerei, saibam que teve muita gente que foi ao SWU no sábado e mesmo tendo ingressos para os outros dias procurou vendê-los ou simplesmente perderam o dinheiro e não foram. E eu confesso que se não fossem os Pixies e o Queens Of The Stone Age, eu teria feito o mesmo.

Com esta organização muito fraca, neste local com acesso horrível, com esta falta de respeito e com este papo de sustentabilidade que não me convenceu, pois pareceu mais discurso para render patrocínio e ajudar a divulgar o festival, chego numa conclusão.
Junto ainda o fato de eu não curtir muito shows ao ar livre e não estar mais no pique juvenil para passar tanto perrengue e ficar gritando "valeu a pena!!!".
SWU 2011 (se é que vai ter) só verá meu dinheiro se estiverem presentes uma das duas bandas dentre as minhas favoritas cujos shows eu ainda não assisti. Manic Street Preachers ou Weezer.

Caso contrário, verei pela TV. Mesmo correndo o risco deles censurarem a imagem do Tom Morello (Rage Against The Machine) usando um boné do MST. Tom inclusive comentou em seu twitter "I understand the network cut away when I put on the PST hat. That means we're winning".

Amanhã tem mais.

Sandro

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