minervapop

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A LIGA - QUALIDADE NA TV ABERTA

Definitivamente não sou um fã de televisão. Desde moleque preferi a música (discos, fitas, depois cds), os livros, os filmes (cinema, vhs, depois dvds) e a balada como diversão. Coisa de hábito mesmo. Com o advento da tv por assinatura e principalmente da internet, aí é que quase não passo o olho na programação da tv aberta.

Mesmo para o futebol, que sou absolutamente fanático, minha preferência é pelos programas dos canais fechados, mais sensatos e menos passionais.

Claro que há (poucos) programas que me marcaram e ainda quero escrever sobre estas experiências neste espaço, mas hoje o post é sobre tv, tv aberta e um programa atual. O texto é sobre "A Liga", transmitido todas as terças-feiras pela Rede Bandeirantes.

Na esteira do sucesso do CQC, programa humorístico criado originalmente pela produtora argentina Eye Works-Cuatro Cabezas e também exibido semanalmente pela Band, a rede estendeu a parceria com os hermanos e comprou os direitos de um programa de jornalismo investigativo, que aborda temas inusitados e quase sempre populares.

O escolhido para ser o capitão do time de apresentadores foi o jornalista, ator e mestre em "Stand-up Comedy" Rafinha Bastos. Ele que já havia se destacado na tv com o próprio CQC, ganhou mais responsa nesta empreitada e pode mostrar toda sua competência para apresentar um programa que não é de humor.

Isso mesmo, o programa não tem nada a ver com humor. Para quem já assistiu parece óbvio, mas estou frisando isso porque o nome do Rafinha se tornou uma referência tão forte como comediante que fica difícil associá-lo a reportagens com assuntos sérios (veia que já era explorada no quadro "Proteste Já" no CQC).

Além do Rafinha, temos mais três apresentadores. A jornalista Débora Villalba, que é mais conhecida do pessoal que acompanha esportes (apresentou programas no SporTV, Globo e Record). O espetacular rapper Thaide, que junto com o DJ Hum foi um dos pioneiros no cenário hip hop do Brasil, lançando discos maravilhosos e influenciando toda uma geração do rap brasileiro (merece post específico sobre isso), além de ter trabalhado como VJ da MTV e apresentador da TV Cultura. A quarta integrante originalmente era a atriz Tainá Muller, que depois de gravar alguns programas saiu para a entrada da também atriz Rosanne Mulholland.

O resultado disso foi sensacional. Na minha opinião (pouco especializada) é simplesmente o melhor programa da tv aberta brasileira. A cada semana um tema é dissecado pela equipe que dividindo-se em quatro frentes distintas aborda ângulos que mostram diferentes realidades, todas com uma intensidade impressionante.

A linguagem é simples, sem pretensão e direta. Consegue falar e interagir tanto com quem está assistindo quanto com os personagens que participam das matérias. O fato de cada apresentador imergir e vivenciar as experiências durante as gravações resulta numa cumplicidade que envolve o espectador.

Tudo isso com uma edição ágil, esperta, que torna o programa moderno, fugindo bastante do estilo "Globo repórter" de ser. Como eu já disse, os assuntos escolhidos fogem do convencional e mesmo sendo por vezes polêmicos, tem tido uma ótima repercussão. A prova disso é que "A Liga" já está com uma audiência maior que a do próprio CQC, muito por conta do boca a boca e muito pelo fato de que assistindo uma vez, a chance de querer ver de novo é grande.

Não assisti todos, mas os que vi foram ótimos. Quase todos os programas estão disponíveis lá no YouTube e valem mesmo uma conferida. Destaco estes aqui:
Saúde Mental - Centro de SP - Sexo - Prostituição - Transportes - Comunidades - A Rota do Lixo - Tribos Urbanas.

Li na semana passada que a Band ja confirmou a temporada 2011 á partir de março do próximo ano (este ano todos os programas já estão gravados), sem a presença da Rosanne Mulholland que vai sair. Tomara que eles consigam manter o nível no que ainda está por vir em 2010 e na próxima temporada.

Torço para que não aconteça o mesmo que ocorreu com o também sensacional "Documento Especial", um programa muito parecido (pelo menos nos temas) que tornou-se um fenômeno de audiência na extinta Rede Manchete no final dos anos 80. Mas sobre este eu escrevo na semana que vem.

Hoje, fica a dica. Na tv aberta, ás terças-feiras, recomendo muito "A Liga".
Abaixo o trailer de apresentação antes da estréia do programa e um trailer da Rota do Lixo.


Sandro




A LIGA - QUALIDADE NA TV ABERTA

Definitivamente não sou um fã de televisão. Desde moleque preferi a música (discos, fitas, depois cds), os livros, os filmes (cinema, vhs, depois dvds) e a balada como diversão. Coisa de hábito mesmo. Com o advento da tv por assinatura e principalmente da internet, aí é que quase não passo o olho na programação da tv aberta.

Mesmo para o futebol, que sou absolutamente fanático, minha preferência é pelos programas dos canais fechados, mais sensatos e menos passionais.

Claro que há (poucos) programas que me marcaram e ainda quero escrever sobre estas experiências neste espaço, mas hoje o post é sobre tv, tv aberta e um programa atual. O texto é sobre "A Liga", transmitido todas as terças-feiras pela Rede Bandeirantes.

Na esteira do sucesso do CQC, programa humorístico criado originalmente pela produtora argentina Eye Works-Cuatro Cabezas e também exibido semanalmente pela Band, a rede estendeu a parceria com os hermanos e comprou os direitos de um programa de jornalismo investigativo, que aborda temas inusitados e quase sempre populares.

O escolhido para ser o capitão do time de apresentadores foi o jornalista, ator e mestre em "Stand-up Comedy" Rafinha Bastos. Ele que já havia se destacado na tv com o próprio CQC, ganhou mais responsa nesta empreitada e pode mostrar toda sua competência para apresentar um programa que não é de humor.

Isso mesmo, o programa não tem nada a ver com humor. Para quem já assistiu parece óbvio, mas estou frisando isso porque o nome do Rafinha se tornou uma referência tão forte como comediante que fica difícil associá-lo a reportagens com assuntos sérios (veia que já era explorada no quadro "Proteste Já" no CQC).

Além do Rafinha, temos mais três apresentadores. A jornalista Débora Villalba, que é mais conhecida do pessoal que acompanha esportes (apresentou programas no SporTV, Globo e Record). O espetacular rapper Thaide, que junto com o DJ Hum foi um dos pioneiros no cenário hip hop do Brasil, lançando discos maravilhosos e influenciando toda uma geração do rap brasileiro (merece post específico sobre isso), além de ter trabalhado como VJ da MTV e apresentador da TV Cultura. A quarta integrante originalmente era a atriz Tainá Muller, que depois de gravar alguns programas saiu para a entrada da também atriz Rosanne Mulholland.

O resultado disso foi sensacional. Na minha opinião (pouco especializada) é simplesmente o melhor programa da tv aberta brasileira. A cada semana um tema é dissecado pela equipe que dividindo-se em quatro frentes distintas aborda ângulos que mostram diferentes realidades, todas com uma intensidade impressionante.

A linguagem é simples, sem pretensão e direta. Consegue falar e interagir tanto com quem está assistindo quanto com os personagens que participam das matérias. O fato de cada apresentador imergir e vivenciar as experiências durante as gravações resulta numa cumplicidade que envolve o espectador.

Tudo isso com uma edição ágil, esperta, que torna o programa moderno, fugindo bastante do estilo "Globo repórter" de ser. Como eu já disse, os assuntos escolhidos fogem do convencional e mesmo sendo por vezes polêmicos, tem tido uma ótima repercussão. A prova disso é que "A Liga" já está com uma audiência maior que a do próprio CQC, muito por conta do boca a boca e muito pelo fato de que assistindo uma vez, a chance de querer ver de novo é grande.

Não assisti todos, mas os que vi foram ótimos. Quase todos os programas estão disponíveis lá no YouTube e valem mesmo uma conferida. Destaco estes aqui:
Saúde Mental - Centro de SP - Sexo - Prostituição - Transportes - Comunidades - A Rota do Lixo - Tribos Urbanas.

Li na semana passada que a Band ja confirmou a temporada 2011 á partir de março do próximo ano (este ano todos os programas já estão gravados), sem a presença da Rosanne Mulholland que vai sair. Tomara que eles consigam manter o nível no que ainda está por vir em 2010 e na próxima temporada.

Torço para que não aconteça o mesmo que ocorreu com o também sensacional "Documento Especial", um programa muito parecido (pelo menos nos temas) que tornou-se um fenômeno de audiência na extinta Rede Manchete no final dos anos 80. Mas sobre este eu escrevo na semana que vem.

Hoje, fica a dica. Na tv aberta, ás terças-feiras, recomendo muito "A Liga".
Abaixo o trailer de apresentação antes da estréia do programa e um trailer da Rota do Lixo.


Sandro




domingo, 29 de agosto de 2010

"(IT'S NOT WAR) JUST THE END OF LOVE"

Na semana dedicada exclusivamente a bandas do Reino Unido não tão conhecidas, vou fechar com a nova do Manic Street Preachers, cujo novo disco "Postcards From A Young Man" sairá no próximo dia 13.

Na ocasião do lançamento, certamente eu volto ao assunto desta banda que é minha "queridinha" (mais aqui). Por ora, o aperitivo.

Sandro

"(IT'S NOT WAR) JUST THE END OF LOVE"

Na semana dedicada exclusivamente a bandas do Reino Unido não tão conhecidas, vou fechar com a nova do Manic Street Preachers, cujo novo disco "Postcards From A Young Man" sairá no próximo dia 13.

Na ocasião do lançamento, certamente eu volto ao assunto desta banda que é minha "queridinha" (mais aqui). Por ora, o aperitivo.

Sandro

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

BIFFY CLYRO - Rock de Respeito da Escocia


Continuando o assunto sobre bandas do Reino Unido, hoje vou mandar mais uma da Escócia, o Biffy Clyro de Ayrshire. Mais um “Power-Trio” com o talentoso Neil Simon (guitarra, vocais), James Johnston (baixo, vocais) e Ben Johnston (bateria, vocais). Depois de três álbuns, a banda atingiu o grande público com o álbum “Puzzle” (2007), o trabalho conquistou disco de ouro no Reino Unido, vendendo mais de 100.000 unidades. O sucesso veio a partir de 2008 e 2009 com o lançamento dos singles "Montanhas" e "That Golden Rule", quando ambos chegaram ao top 10 da parada de singles do Reino Unido. Seu mais recente álbum, Only Revolutions, alcançou a posição # 8 na parada britânica e foi ouro logo no lançamento em 2009, indo depois de platina em 2010 e tornou-se nomeado para o Mercury Music Prize.

Neil Simon é o cantor principal, embora todos os três membros da banda contribuem para os vocais. A banda costumava ser conhecido por usar riffs de guitarra complexos e interligados, compassos incomuns e sequências de acordes e melodias, que muitas vezes mudam ao longo canções, em estruturaprogressiva. Hoje seguem uma linha mais melódica e comercial desde que assinaram com a Warner Bros. em 2006.

O Biffy Clyro é uma banda de carreira por “excelência”, desde muito jovens iniciaram sua caminhada na difícil estrada do “show business”, porém estão atingindo seus objetivos.Em 2007 abriram para o MUSE no novo Estádio de Wembley. Tiveram suas performances registradas no Reading Download 2007, Glastonbury 2007, e Leeds Festival, numa sequencia meteórica. Em 2008 excursionaram com o Queens Of The Stone Age em suas turnês européias e norte-americanas, abriram para Bon Jovi em Twickenham durante a Lost Highway Tour. Em 2009 trabalharam novamente com o MUSE, e estão cada vez mais ganhando brilho próprio.

De acordo com seus integrantes, as influências vão desde Metallica, passam pelo Rush, mas não tem como não identificar a inspiração em Nirvana e Foo Fighters.

Bom, eu gostei bastante, do som, da qualidade das músicas e dos vídeos de divulgação. Confiram abaixo.



Anselmo









BIFFY CLYRO - Rock de Respeito da Escocia


Continuando o assunto sobre bandas do Reino Unido, hoje vou mandar mais uma da Escócia, o Biffy Clyro de Ayrshire. Mais um “Power-Trio” com o talentoso Neil Simon (guitarra, vocais), James Johnston (baixo, vocais) e Ben Johnston (bateria, vocais). Depois de três álbuns, a banda atingiu o grande público com o álbum “Puzzle” (2007), o trabalho conquistou disco de ouro no Reino Unido, vendendo mais de 100.000 unidades. O sucesso veio a partir de 2008 e 2009 com o lançamento dos singles "Montanhas" e "That Golden Rule", quando ambos chegaram ao top 10 da parada de singles do Reino Unido. Seu mais recente álbum, Only Revolutions, alcançou a posição # 8 na parada britânica e foi ouro logo no lançamento em 2009, indo depois de platina em 2010 e tornou-se nomeado para o Mercury Music Prize.

Neil Simon é o cantor principal, embora todos os três membros da banda contribuem para os vocais. A banda costumava ser conhecido por usar riffs de guitarra complexos e interligados, compassos incomuns e sequências de acordes e melodias, que muitas vezes mudam ao longo canções, em estruturaprogressiva. Hoje seguem uma linha mais melódica e comercial desde que assinaram com a Warner Bros. em 2006.

O Biffy Clyro é uma banda de carreira por “excelência”, desde muito jovens iniciaram sua caminhada na difícil estrada do “show business”, porém estão atingindo seus objetivos.Em 2007 abriram para o MUSE no novo Estádio de Wembley. Tiveram suas performances registradas no Reading Download 2007, Glastonbury 2007, e Leeds Festival, numa sequencia meteórica. Em 2008 excursionaram com o Queens Of The Stone Age em suas turnês européias e norte-americanas, abriram para Bon Jovi em Twickenham durante a Lost Highway Tour. Em 2009 trabalharam novamente com o MUSE, e estão cada vez mais ganhando brilho próprio.

De acordo com seus integrantes, as influências vão desde Metallica, passam pelo Rush, mas não tem como não identificar a inspiração em Nirvana e Foo Fighters.

Bom, eu gostei bastante, do som, da qualidade das músicas e dos vídeos de divulgação. Confiram abaixo.



Anselmo









terça-feira, 24 de agosto de 2010

CATATONIA - Falando em País de Gales...

Dando sequencia na semana País de Gales (hehehe), não pude deixar de pegar a deixa do Anselmo que escreveu sobre a cena rock de lá.

É que além da citada Manic Street Preachers (melhor banda do mundo com posts aqui), tem uma outra que eu sou adoro. Catatonia.

A banda nasceu durante a década de 90 e não durou muito tempo. Foram apenas quatro discos, todos muito bons. "Way Beyond Blue" (1996), "International Velvet" (1998), "Equally Cursed and Blessed" (2000) e "Paper Scissors" (2001) são exemplares de um rock com generosas pitadas de pop e melodias agradáveis cantadas pela voz ligeiramente rouca e sexy (ao menos para mim) de Cerys Mathews.

Não sei se o Catatonia funcionaria bem nos dias de hoje, acho que é daquelas bandas que surgem, cumprem sua missão com bons discos e depois terminam de forma honesta, antes de cair em decadência. Mas ainda que a banda praticamente não seja lembrada nos dias atuais é o tipo de caso que vale a pena conhecer, mesmo que tardiamente. Recomendo muito.

A relação de coisas boas vindas do País de Gales não para por aqui. Dá até vontade de emendar logo um texto sobre o Stereophonics na próxima postagem (se habilita Anselmo?)...

Abaixo deliciosas amostras (o vídeo é ao vivo no Glastonbury).

Sandro


Catatonia - Mulder And Scully
Found at skreemr.org




Catatonia - Dazed, Beautiful And Bruised
Found at skreemr.org

CATATONIA - Falando em País de Gales...

Dando sequencia na semana País de Gales (hehehe), não pude deixar de pegar a deixa do Anselmo que escreveu sobre a cena rock de lá.

É que além da citada Manic Street Preachers (melhor banda do mundo com posts aqui), tem uma outra que eu sou adoro. Catatonia.

A banda nasceu durante a década de 90 e não durou muito tempo. Foram apenas quatro discos, todos muito bons. "Way Beyond Blue" (1996), "International Velvet" (1998), "Equally Cursed and Blessed" (2000) e "Paper Scissors" (2001) são exemplares de um rock com generosas pitadas de pop e melodias agradáveis cantadas pela voz ligeiramente rouca e sexy (ao menos para mim) de Cerys Mathews.

Não sei se o Catatonia funcionaria bem nos dias de hoje, acho que é daquelas bandas que surgem, cumprem sua missão com bons discos e depois terminam de forma honesta, antes de cair em decadência. Mas ainda que a banda praticamente não seja lembrada nos dias atuais é o tipo de caso que vale a pena conhecer, mesmo que tardiamente. Recomendo muito.

A relação de coisas boas vindas do País de Gales não para por aqui. Dá até vontade de emendar logo um texto sobre o Stereophonics na próxima postagem (se habilita Anselmo?)...

Abaixo deliciosas amostras (o vídeo é ao vivo no Glastonbury).

Sandro


Catatonia - Mulder And Scully
Found at skreemr.org




Catatonia - Dazed, Beautiful And Bruised
Found at skreemr.org

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

FUTURE OF THE LEFT - Mais uma "porrada" do País de Gales


O Sandro sempre comentou sobre a força da “cena musical” do País de Gales, principalmente por causa de uma de suas bandas preferidas de lá, o Manic Street Preachers. E por causa desse gosto peculiar, comecei a pesquisar sobre algumas bandas dessa região, e com isso descobri o Future of the Left.

O Future of the Left é um “power trio” criada a partir do fim de duas bandas: “Mclusky” ( Andy Falkous –“vocal/guitarra” e Jack Egglestone – “bateria”) e Jarcrew (do baixista e vocalista Kelson Mathias), no ano de 2005. Letras contundentes, senso de humor negro, vocais ríspidos e nervosos, sempre buscando misturas sonoridades, usar sintetizadores, e não ficando presos a guitarra e baixo distorcidos.

Como todo começo de uma banda promissora, lançaram singles e demos, porém foi em 2007 que tiveram seu álbum de estréia “Curses”, que rendeu boa crítica no Reino Unido, inclusive na revista NME.

Em 2009 lançam o segundo trabalho “Travels with Myself”, o qual vazou um mês antes para a internet. O guitarrista Falkous fica furiosos, e deixa explícito sua raiva e indignação em vários blogs e sites na internet. Mas não adianta brigar com a modernidade e tecnologia, não é mesmo?! O disco “ao vivo”, "Last Night I Saved Her From Vampires" (2009) também é excelente, impactante.

O som do Future of the Left é pesado, compassado, quebrado, não é direto. Podemos dizer que os caras “compõem certo por linhas tortas”, lembram bandas como o Fugazi, um pouco de Jesus Lizard. Na verdade, para a moçada “antenada” no movimento alternativo, essa banda não é novidade, porém como sou um simples mortal, achei importante registrar, mesmo que de maneira tardia, esse grupo de rock em nosso blog.

A banda está trabalhando em um terceiro disco (se é que isso ainda existe nos dias de hoje), enquanto aguardamos, seguem alguns vídeos abaixo.



Anselmo







FUTURE OF THE LEFT - Mais uma "porrada" do País de Gales


O Sandro sempre comentou sobre a força da “cena musical” do País de Gales, principalmente por causa de uma de suas bandas preferidas de lá, o Manic Street Preachers. E por causa desse gosto peculiar, comecei a pesquisar sobre algumas bandas dessa região, e com isso descobri o Future of the Left.

O Future of the Left é um “power trio” criada a partir do fim de duas bandas: “Mclusky” ( Andy Falkous –“vocal/guitarra” e Jack Egglestone – “bateria”) e Jarcrew (do baixista e vocalista Kelson Mathias), no ano de 2005. Letras contundentes, senso de humor negro, vocais ríspidos e nervosos, sempre buscando misturas sonoridades, usar sintetizadores, e não ficando presos a guitarra e baixo distorcidos.

Como todo começo de uma banda promissora, lançaram singles e demos, porém foi em 2007 que tiveram seu álbum de estréia “Curses”, que rendeu boa crítica no Reino Unido, inclusive na revista NME.

Em 2009 lançam o segundo trabalho “Travels with Myself”, o qual vazou um mês antes para a internet. O guitarrista Falkous fica furiosos, e deixa explícito sua raiva e indignação em vários blogs e sites na internet. Mas não adianta brigar com a modernidade e tecnologia, não é mesmo?! O disco “ao vivo”, "Last Night I Saved Her From Vampires" (2009) também é excelente, impactante.

O som do Future of the Left é pesado, compassado, quebrado, não é direto. Podemos dizer que os caras “compõem certo por linhas tortas”, lembram bandas como o Fugazi, um pouco de Jesus Lizard. Na verdade, para a moçada “antenada” no movimento alternativo, essa banda não é novidade, porém como sou um simples mortal, achei importante registrar, mesmo que de maneira tardia, esse grupo de rock em nosso blog.

A banda está trabalhando em um terceiro disco (se é que isso ainda existe nos dias de hoje), enquanto aguardamos, seguem alguns vídeos abaixo.



Anselmo







quinta-feira, 19 de agosto de 2010

STIFF LITTLE FINGERS E MEU DISCO DE PUNK ROCK PREFERIDO

Não vai ser a primeira vez que cito neste espaço meu ecletismo musical (post específico aqui). Passeio por diversos estilos sem preconceito algum. A música só precisa ser boa. Dentro deste contexto tem uma vertente do rock que eu adoro e acho que deveria abordar até com mais frequência, que é o punk rock.

É isso mesmo. Pode parecer estranho que o cara que escreve louvores sobre coisa "fofas" como She and Him, Belle and Sebastian, Camera Obscura e outras, seja um fã de punk. Mas é a pura verdade, eu adoro punk rock, sou verdadeiro aficionado pelo gênero.

O post de hoje  é sobre uma de minhas bandas preferidas, chamada Stiff Little Fingers. Formada em 1977 em Belfast na Irlanda do Norte, por Jake Burns (vocais e guitarra), Henry Cluney (guitarra), Gordon Blair (baixo) e Brian Faloon (bateria), seu primeiro disco foi o maravilhoso "Inflammable Material", lançado em 1979.

O som agressivo, mas com melodias deliciosas e refrões pegajosos junto com letras de temática política fazem deste trabalho um disco perfeito. Dentro das 13 músicas estão faixas absurdamente boas como "Suspect Device", "State of Emergency", "Wasted Life", Barbered Wire Love", "Johnny Was" e o hino "Alternative Ulster".

Este disco de estréia teve uma boa repercussão, inclusive porque tinha como fã o lendário DJ John Peel, que deu uma força para a banda neste início. Nos próximos 3 anos, saem mais 3 excelentes discos. "Nobody's Heroes" (1980), "Go For It" (1981) e "Now Then" (1982). Este último, trouxe a desgraça para a banda. Tido pelo próprio Jake Burns (cabeça e alma do Stiff) como um trabalho injustiçado, o que eu concordo plenamente, "Now Then" mostra a banda com uma pegada bem mais leve, não foi bem recebido por crítica e público e acabou rachando a banda, que decidiu se separar ao final desta turnê.

Quase 10 anos depois, a banda retorna as atividades com "Flags ans Emblems" (1991). Os lançamentos ficam mais espaçados e aparecem "Get a Life" (1994), "Tinderbox" (1997) e "Guitar and Drum" (2003). Também são bons discos, mas sem dúvida abaixo da perfeição da primeira fase do grupo.

No ano de 2000 tive o prazer e o privilégio de assistí-los no que eu considero o melhor show já realizado no Hangar 110 (famoso reduto underground de SP). Os tiozinhos mostraram uma energia incrível no palco e a casa totalmente lotada virou uma festa, visto que o Stiff Little Fingers é bem conhecido no cenário punk do Brasil e adorado pelo pessoal mais das "antigas".

É isso. Apesar de ser uma banda pouco citada quando a referência é o punk rock até mesmo na Inglaterra, o Stiff Little Fingers é uma demonstração honesta e clara da força que a simplicidade deste estilo musical poder gerar.  
Abrindo uma rara, mas merecida exceção, vou deixar um link para o download do disco na íntrega AQUI  .

Abaixo o áudio "ardido" de "Suspect Device" e os vídeos de "Gotta Gettaway" (do segundo disco) e "Alternative Ulster" (hino do citado clássico album).

Divirta-se!


Stiff Little Fingers - Suspect Device
Found at skreemr.org



STIFF LITTLE FINGERS E MEU DISCO DE PUNK ROCK PREFERIDO

Não vai ser a primeira vez que cito neste espaço meu ecletismo musical (post específico aqui). Passeio por diversos estilos sem preconceito algum. A música só precisa ser boa. Dentro deste contexto tem uma vertente do rock que eu adoro e acho que deveria abordar até com mais frequência, que é o punk rock.

É isso mesmo. Pode parecer estranho que o cara que escreve louvores sobre coisa "fofas" como She and Him, Belle and Sebastian, Camera Obscura e outras, seja um fã de punk. Mas é a pura verdade, eu adoro punk rock, sou verdadeiro aficionado pelo gênero.

O post de hoje  é sobre uma de minhas bandas preferidas, chamada Stiff Little Fingers. Formada em 1977 em Belfast na Irlanda do Norte, por Jake Burns (vocais e guitarra), Henry Cluney (guitarra), Gordon Blair (baixo) e Brian Faloon (bateria), seu primeiro disco foi o maravilhoso "Inflammable Material", lançado em 1979.

O som agressivo, mas com melodias deliciosas e refrões pegajosos junto com letras de temática política fazem deste trabalho um disco perfeito. Dentro das 13 músicas estão faixas absurdamente boas como "Suspect Device", "State of Emergency", "Wasted Life", Barbered Wire Love", "Johnny Was" e o hino "Alternative Ulster".

Este disco de estréia teve uma boa repercussão, inclusive porque tinha como fã o lendário DJ John Peel, que deu uma força para a banda neste início. Nos próximos 3 anos, saem mais 3 excelentes discos. "Nobody's Heroes" (1980), "Go For It" (1981) e "Now Then" (1982). Este último, trouxe a desgraça para a banda. Tido pelo próprio Jake Burns (cabeça e alma do Stiff) como um trabalho injustiçado, o que eu concordo plenamente, "Now Then" mostra a banda com uma pegada bem mais leve, não foi bem recebido por crítica e público e acabou rachando a banda, que decidiu se separar ao final desta turnê.

Quase 10 anos depois, a banda retorna as atividades com "Flags ans Emblems" (1991). Os lançamentos ficam mais espaçados e aparecem "Get a Life" (1994), "Tinderbox" (1997) e "Guitar and Drum" (2003). Também são bons discos, mas sem dúvida abaixo da perfeição da primeira fase do grupo.

No ano de 2000 tive o prazer e o privilégio de assistí-los no que eu considero o melhor show já realizado no Hangar 110 (famoso reduto underground de SP). Os tiozinhos mostraram uma energia incrível no palco e a casa totalmente lotada virou uma festa, visto que o Stiff Little Fingers é bem conhecido no cenário punk do Brasil e adorado pelo pessoal mais das "antigas".

É isso. Apesar de ser uma banda pouco citada quando a referência é o punk rock até mesmo na Inglaterra, o Stiff Little Fingers é uma demonstração honesta e clara da força que a simplicidade deste estilo musical poder gerar.  
Abrindo uma rara, mas merecida exceção, vou deixar um link para o download do disco na íntrega AQUI  .

Abaixo o áudio "ardido" de "Suspect Device" e os vídeos de "Gotta Gettaway" (do segundo disco) e "Alternative Ulster" (hino do citado clássico album).

Divirta-se!


Stiff Little Fingers - Suspect Device
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terça-feira, 17 de agosto de 2010

CALEDONIA - MÚSICA E WHISKE


Nesse final de semana ganhei um CD contendo “as mais belas canções escocesas”. Material muito bom, com cantores e artistas interessantes, sendo que uma canção se destacou de “primeira”, chamada Caledônia, interpretada por Frankie Miller.

A música é legal, mas o interessante é que Caledonia (a palavra romana para a Escócia) é um tipo “hino popular” para os escoseses, sendo utilizada em vários eventos, datas festivas e tendo interpretes dos mais diferentes estilos daquele país. Originalmente é uma “balada folk escocês moderno” escrita por Dougie MacLean entre 1974 e 1977, sendo gravado em 1979 em um álbum de mesmo nome.

A canção foi apresentada em um anúncio na televisão escocesa para o 250 º aniversário de nascimento de Robert Burns. O aniversário de Burns também marca o Home coming Scotland 2009, uma campanha pela Visit Scotland que convida as pessoas a voltar para casa, para a Escócia em 2009. O anúncio apresenta uma variedade de atores escoceses e celebridades, incluindo Sean Connery e Sir Chris Hoy, de quem canta trecho da música (veja no video abaixo).

"Caledônia" é a denominação atribuída Império Romano à região setentrional da ilha da Grã-Bretanha, grosso modo correspondente ao território atual da Escócia.Em inglês e em scots Caledonia é agora um nome romântico ou poético para Escócia. Entretanto, o nome moderno do dia para a Escócia originou da palavra latina para o 'Scotti' na Irlanda, 'Scotia', que foi aplicado mais tarde à Escócia após a invasão gaélica. O nome representa aquele de uma tribo dos pictos, o 'Caledonii', um entre vários na região, mas talvez na tribo dominante. Seu nome se refere como aquele de Dunkeld ('Dùn Chailleann' no gaélico escocês).

Na verdade, decidi “postar” porque achei a história interessante, além de descobrir alguns artistas famosos gravaram “Caledonia”, e também, porque quando tive a oportunidade de viajar para o Reino Unido, os escoceses foram o povo mais hospitaleiro e simpático daquela região.


Anselmo







CALEDONIA - MÚSICA E WHISKE


Nesse final de semana ganhei um CD contendo “as mais belas canções escocesas”. Material muito bom, com cantores e artistas interessantes, sendo que uma canção se destacou de “primeira”, chamada Caledônia, interpretada por Frankie Miller.

A música é legal, mas o interessante é que Caledonia (a palavra romana para a Escócia) é um tipo “hino popular” para os escoseses, sendo utilizada em vários eventos, datas festivas e tendo interpretes dos mais diferentes estilos daquele país. Originalmente é uma “balada folk escocês moderno” escrita por Dougie MacLean entre 1974 e 1977, sendo gravado em 1979 em um álbum de mesmo nome.

A canção foi apresentada em um anúncio na televisão escocesa para o 250 º aniversário de nascimento de Robert Burns. O aniversário de Burns também marca o Home coming Scotland 2009, uma campanha pela Visit Scotland que convida as pessoas a voltar para casa, para a Escócia em 2009. O anúncio apresenta uma variedade de atores escoceses e celebridades, incluindo Sean Connery e Sir Chris Hoy, de quem canta trecho da música (veja no video abaixo).

"Caledônia" é a denominação atribuída Império Romano à região setentrional da ilha da Grã-Bretanha, grosso modo correspondente ao território atual da Escócia.Em inglês e em scots Caledonia é agora um nome romântico ou poético para Escócia. Entretanto, o nome moderno do dia para a Escócia originou da palavra latina para o 'Scotti' na Irlanda, 'Scotia', que foi aplicado mais tarde à Escócia após a invasão gaélica. O nome representa aquele de uma tribo dos pictos, o 'Caledonii', um entre vários na região, mas talvez na tribo dominante. Seu nome se refere como aquele de Dunkeld ('Dùn Chailleann' no gaélico escocês).

Na verdade, decidi “postar” porque achei a história interessante, além de descobrir alguns artistas famosos gravaram “Caledonia”, e também, porque quando tive a oportunidade de viajar para o Reino Unido, os escoceses foram o povo mais hospitaleiro e simpático daquela região.


Anselmo







sábado, 14 de agosto de 2010

ALFRED HITCHCOCK E O 13 DE AGOSTO

Ontem foi um dia propício para aqueles que acreditam em superstição, pois além de ter sido uma sexta-feira 13, ainda caiu no mês de agosto. O fato também soa bem em várias redações, que na falta de pauta, exploram o tema pela milésima vez.

Mas o Anselmo me enviou um SMS com uma coisa interessante neste dia 13 de agosto. É que foi neste dia que em 1899, nasceu um dos maiores diretores de cinema de todos os tempos, Alfred Hitchcock.

Acredito que se você está lendo este blog não precisa ser apresentado a Hitchcock. É básico e obrigatório pelo menos ter tido algum contato com este gênio. Já escrevi sobre ele antes aqui no Minerva Pop, indicando um livro que disseca o diretor por completo. Reli o texto hoje e acho que ficou até bom, por isso recomendo uma visitinha (leia aqui).

Mas só para não passar em branco, decidi deixar minha lista de filmes preferidos do mestre, em ordem absolutamente pessoal, não levando em conta a relevância de cada obra dentro de sua filmografia e até mesmo da história do cinema.

Se ainda não assistiu um desses, recomendo. Tenho todos.
1) Um Corpo que Cai (Vertigo)
2) Janela Indiscreta
3) Os Pássaros
4) Festim Diabólico
5) Intriga Internacional
6) Psicose
7) Marnie, Confissões de de uma Ladra
8) O Homem que Sabia Demais
9) Pacto Sinistro
10) Disque M para Matar

É isso. O post fica aberto a um complemento do Anselmo e a sugestões dos leitores, se assim desejarem.


Sandro

ALFRED HITCHCOCK E O 13 DE AGOSTO

Ontem foi um dia propício para aqueles que acreditam em superstição, pois além de ter sido uma sexta-feira 13, ainda caiu no mês de agosto. O fato também soa bem em várias redações, que na falta de pauta, exploram o tema pela milésima vez.

Mas o Anselmo me enviou um SMS com uma coisa interessante neste dia 13 de agosto. É que foi neste dia que em 1899, nasceu um dos maiores diretores de cinema de todos os tempos, Alfred Hitchcock.

Acredito que se você está lendo este blog não precisa ser apresentado a Hitchcock. É básico e obrigatório pelo menos ter tido algum contato com este gênio. Já escrevi sobre ele antes aqui no Minerva Pop, indicando um livro que disseca o diretor por completo. Reli o texto hoje e acho que ficou até bom, por isso recomendo uma visitinha (leia aqui).

Mas só para não passar em branco, decidi deixar minha lista de filmes preferidos do mestre, em ordem absolutamente pessoal, não levando em conta a relevância de cada obra dentro de sua filmografia e até mesmo da história do cinema.

Se ainda não assistiu um desses, recomendo. Tenho todos.
1) Um Corpo que Cai (Vertigo)
2) Janela Indiscreta
3) Os Pássaros
4) Festim Diabólico
5) Intriga Internacional
6) Psicose
7) Marnie, Confissões de de uma Ladra
8) O Homem que Sabia Demais
9) Pacto Sinistro
10) Disque M para Matar

É isso. O post fica aberto a um complemento do Anselmo e a sugestões dos leitores, se assim desejarem.


Sandro

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

HIGHWATER - Pecados do Passado


A Panini Comics lançou pelo selo Vertigo, a graphic novel “Highwater – Pecados do Passado”, com argumento e texto de Brian Azzarello (que já foi comentado aqui no Blog), a história narra a jornada de John Constantine nos Estados Unidos, que já se aproxima do final.

Em sua jornada pelas terras do “Tio Sam”, Constantine foi acusado pela morte de Richard “Lucky” Fermin ,um amigo que suicidou-se em sua frente (Firmin  estourou os miolos). Mesmo inocente, John não ofereceu resistência as autoridades e foi parar na cadeia. Demorou para os presos perceberem que,  não era Constantine que estava preso com os bandidos, mas sim os marginais estavam presos com ele. A conseqüência foi uma rebelião, uma revolta que explodiu culminando com dezenas de pessoas mortas. Somente a intervenção do agente do FBI, Frank Turro, pôs fim a confusão, e Constantine foi libertado.

Em sua busca pela viúva de Fermin, a bela Marjorie, Constantine foi parar na cidade de Doglick, um lugar no fim do mundo americano. Porém, por força do destino, encontrou com uma antiga paixão, Rose. Pra variar, uma série de acontecimentos surpreendentes fizeram Constantine entrar em ação, mas não conseguiu encontrar Marjorie.

Novamente encontrando com o agente Turro, John recebeu uma indicação da cidade de Highwater. No meio do caminho, para se proteger de uma forte nevasca,parou em um bar de beira de estrada, e pra variar se viu envolvido em uma confusão com criminosos, pessoas presas pela tempestade, e um assassino misterioso conhecido como geleiro.

Nessa edição nos deparamos com John Constantine com o objetivo fixo de descobrir o que incentivou o seu amigo Fermin ao suicido, e ele aposta que a resposta está em Highwater. Agora, o espectro de Firmin está pedindo ao seu velho companheiro  para fazer-lhe um favor, cuidar de sua esposa.)

A narrativa busca a exploração da obsessão, um dos mais sombrios e sedutor dos transtornos. Mostra como nossos desejos podem superar o nosso lado racional e corroer o nosso bom senso. É um texto obscuro de Azzarello, que discute sobre sexo, perversão e obsessão, um bom filme noir impresso.


Anselmo

HIGHWATER - Pecados do Passado


A Panini Comics lançou pelo selo Vertigo, a graphic novel “Highwater – Pecados do Passado”, com argumento e texto de Brian Azzarello (que já foi comentado aqui no Blog), a história narra a jornada de John Constantine nos Estados Unidos, que já se aproxima do final.

Em sua jornada pelas terras do “Tio Sam”, Constantine foi acusado pela morte de Richard “Lucky” Fermin ,um amigo que suicidou-se em sua frente (Firmin  estourou os miolos). Mesmo inocente, John não ofereceu resistência as autoridades e foi parar na cadeia. Demorou para os presos perceberem que,  não era Constantine que estava preso com os bandidos, mas sim os marginais estavam presos com ele. A conseqüência foi uma rebelião, uma revolta que explodiu culminando com dezenas de pessoas mortas. Somente a intervenção do agente do FBI, Frank Turro, pôs fim a confusão, e Constantine foi libertado.

Em sua busca pela viúva de Fermin, a bela Marjorie, Constantine foi parar na cidade de Doglick, um lugar no fim do mundo americano. Porém, por força do destino, encontrou com uma antiga paixão, Rose. Pra variar, uma série de acontecimentos surpreendentes fizeram Constantine entrar em ação, mas não conseguiu encontrar Marjorie.

Novamente encontrando com o agente Turro, John recebeu uma indicação da cidade de Highwater. No meio do caminho, para se proteger de uma forte nevasca,parou em um bar de beira de estrada, e pra variar se viu envolvido em uma confusão com criminosos, pessoas presas pela tempestade, e um assassino misterioso conhecido como geleiro.

Nessa edição nos deparamos com John Constantine com o objetivo fixo de descobrir o que incentivou o seu amigo Fermin ao suicido, e ele aposta que a resposta está em Highwater. Agora, o espectro de Firmin está pedindo ao seu velho companheiro  para fazer-lhe um favor, cuidar de sua esposa.)

A narrativa busca a exploração da obsessão, um dos mais sombrios e sedutor dos transtornos. Mostra como nossos desejos podem superar o nosso lado racional e corroer o nosso bom senso. É um texto obscuro de Azzarello, que discute sobre sexo, perversão e obsessão, um bom filme noir impresso.


Anselmo

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A ORIGEM (INCEPTION) - Filme sobre sonhos para assistir de olhos bem abertos

No dia 15 de julho escrevi um post sobre o grande cineasta Christopher Nolan (leia aqui). Além de expressar minha admiração pelo trabalho do diretor, fiz um breve apanhado de sua brilhante filmografia. Ao finalizar o post e citar seu mais recente trabalho, "A Origem", que ainda não havia sido lançado no Brasil, prometi que voltaria a falar desta obra na época de seu lançamento. No dia seguinte, já achei que tinha exagerado e apesar de querer muito ver o filme, duvidei que retornaria a escrever sobre Nolan num espaço tão curto de tempo.

Eu estava errado. Ontem logo ao sair do cinema, pensei: Preciso recomendar isso a todos que conheço.

Eu sabia apenas o básico sobre a história (que descrevi parcialmente no texto citado acima). Leonardo DiCaprio interpreta Dom Cobb, um ladrão especial que através de um método chamado de "extração", se especializou em roubar segredos das pessoas enquanto elas dormem, retirando estas informações das profundezas do inconsciente. Só que o mote do filme é justamente o desafio de fazer o inverso, ou seja, uma "inserção". Este inclusive seria o óbvio título do filme (originalmente chamado de Inception), mas que por conta de mais uma das famosas (ainda escrevo sobre isso) invenções da indústria local, mudou para "A Origem".

Bom, como eu já disse, fui ao cinema somente com informações genéricas sobre o filme e sugiro que todos façam o mesmo. Percebo que as vezes há uma espécie de necessidade de alguns críticos, jornalistas de cultura ou até mesmo blogueiros em explicar a história para os leitores de forma detalhada. Acho bacana e válido em casos onde a obra é mais antiga e quem escreve deseja despertar o interesse para o assunto, fazendo com quem esteja lendo o texto sinta vontade de assistir ao filme. Mas sinceramente, não gosto nada disso para os casos de filmes novos que estão em cartaz no cinema.

E na minha opinião, esta regra deveria valer ainda mais para "A Origem". O filme que junta ficção científica, suspense, muita ação e efeitos especiais maravilhosos, é na verdade bem complexo. E eu acho bacana que cada um explore esta complexidade e chegue por si próprio a uma conclusão.

"A Origem" é cheio de detalhes. Porém seu entendimento é bastante facilitado pelo fato de que Nolan, até fugindo um pouco de seu estilo, trabalha com uma narrativa quase que didática e apesar do início difícil (calma, que é só o começo), torna a história totalmente compreensível. Porém, muito cuidado. Esta preocupação em explicar os conceitos que norteiam o filme dura até mais ou menos a metade, porque depois disso a coisa começa a pegar e se você ainda não tiver entendido a lógica do que está acontecendo, vai ter que assistir de novo (a "Time" sugere que todos façam isso).

Mas não se assustem, apenas preparem-se para colocar a cabeça para funcionar mesmo estando diante de um filme que está sendo vendido como ação, que conta com um caro orçamento, mas é bem mais do que isso. Me pareceu até uma espécie de recompensa do estúdio para Chris Nolan após o estrondoso sucesso comercial de seus dois filmes sobre o Batman. Deixaram o cara gastar uma boa grana num projeto ambicioso e pessoal (além de dirigir, é dele também o roteiro), que tem se mostrado muito bem aceito tanto pelo público quanto pela crítica.

Ressalto também o elenco, que dentre ótimas atuações traz Joseph Gordon-Levitt e Ellem Page (acho uma graça esta atriz) muito bem e Leonardo DiCaprio em outro excelente trabalho (já virou regra) na pele de um protagonista que foge completamente do tipo herói.

Enfim, ainda é cedo para dizer, mas acho que é daqueles filmes que tem tudo para alimentar teorias e gerar muita discussão no futuro, além de valer a pena tê-lo em casa para assistir várias vezes. Até porque o final não é absolutamente claro quanto ao desfecho e pode gerar uma dupla interpretação (eu e a Karina divergimos, por exemplo). Mas não espere. Se tiver a oportunidade vá assistí-lo no cinema esta semana. Recomendo.

Aproveitando que o trailer que estava incorporado no post anterior, foi retirado do You Tube, retorno com o mesmo vídeo e deixo ainda um novo.

Sandro



A ORIGEM (INCEPTION) - Filme sobre sonhos para assistir de olhos bem abertos

No dia 15 de julho escrevi um post sobre o grande cineasta Christopher Nolan (leia aqui). Além de expressar minha admiração pelo trabalho do diretor, fiz um breve apanhado de sua brilhante filmografia. Ao finalizar o post e citar seu mais recente trabalho, "A Origem", que ainda não havia sido lançado no Brasil, prometi que voltaria a falar desta obra na época de seu lançamento. No dia seguinte, já achei que tinha exagerado e apesar de querer muito ver o filme, duvidei que retornaria a escrever sobre Nolan num espaço tão curto de tempo.

Eu estava errado. Ontem logo ao sair do cinema, pensei: Preciso recomendar isso a todos que conheço.

Eu sabia apenas o básico sobre a história (que descrevi parcialmente no texto citado acima). Leonardo DiCaprio interpreta Dom Cobb, um ladrão especial que através de um método chamado de "extração", se especializou em roubar segredos das pessoas enquanto elas dormem, retirando estas informações das profundezas do inconsciente. Só que o mote do filme é justamente o desafio de fazer o inverso, ou seja, uma "inserção". Este inclusive seria o óbvio título do filme (originalmente chamado de Inception), mas que por conta de mais uma das famosas (ainda escrevo sobre isso) invenções da indústria local, mudou para "A Origem".

Bom, como eu já disse, fui ao cinema somente com informações genéricas sobre o filme e sugiro que todos façam o mesmo. Percebo que as vezes há uma espécie de necessidade de alguns críticos, jornalistas de cultura ou até mesmo blogueiros em explicar a história para os leitores de forma detalhada. Acho bacana e válido em casos onde a obra é mais antiga e quem escreve deseja despertar o interesse para o assunto, fazendo com quem esteja lendo o texto sinta vontade de assistir ao filme. Mas sinceramente, não gosto nada disso para os casos de filmes novos que estão em cartaz no cinema.

E na minha opinião, esta regra deveria valer ainda mais para "A Origem". O filme que junta ficção científica, suspense, muita ação e efeitos especiais maravilhosos, é na verdade bem complexo. E eu acho bacana que cada um explore esta complexidade e chegue por si próprio a uma conclusão.

"A Origem" é cheio de detalhes. Porém seu entendimento é bastante facilitado pelo fato de que Nolan, até fugindo um pouco de seu estilo, trabalha com uma narrativa quase que didática e apesar do início difícil (calma, que é só o começo), torna a história totalmente compreensível. Porém, muito cuidado. Esta preocupação em explicar os conceitos que norteiam o filme dura até mais ou menos a metade, porque depois disso a coisa começa a pegar e se você ainda não tiver entendido a lógica do que está acontecendo, vai ter que assistir de novo (a "Time" sugere que todos façam isso).

Mas não se assustem, apenas preparem-se para colocar a cabeça para funcionar mesmo estando diante de um filme que está sendo vendido como ação, que conta com um caro orçamento, mas é bem mais do que isso. Me pareceu até uma espécie de recompensa do estúdio para Chris Nolan após o estrondoso sucesso comercial de seus dois filmes sobre o Batman. Deixaram o cara gastar uma boa grana num projeto ambicioso e pessoal (além de dirigir, é dele também o roteiro), que tem se mostrado muito bem aceito tanto pelo público quanto pela crítica.

Ressalto também o elenco, que dentre ótimas atuações traz Joseph Gordon-Levitt e Ellem Page (acho uma graça esta atriz) muito bem e Leonardo DiCaprio em outro excelente trabalho (já virou regra) na pele de um protagonista que foge completamente do tipo herói.

Enfim, ainda é cedo para dizer, mas acho que é daqueles filmes que tem tudo para alimentar teorias e gerar muita discussão no futuro, além de valer a pena tê-lo em casa para assistir várias vezes. Até porque o final não é absolutamente claro quanto ao desfecho e pode gerar uma dupla interpretação (eu e a Karina divergimos, por exemplo). Mas não espere. Se tiver a oportunidade vá assistí-lo no cinema esta semana. Recomendo.

Aproveitando que o trailer que estava incorporado no post anterior, foi retirado do You Tube, retorno com o mesmo vídeo e deixo ainda um novo.

Sandro



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