Devo confessar que já tem bastante tempo que estou com o “pé atrás” com produções “Hollywoodianas”. Muito ação, efeitos especiais de última geração, orçamentos milionários, e histórias pífias e com visão “imperialista”, etc. Não estava muito interessado em nenhum lançamento recente.
Porém, essa semana (e somente essa semana, infelizmente), após assistir ao longa-metragem “O Livro de Eli”, fiquei impressionado com a qualidade da história e produção.
Alguns pontos merecem ser mencionados, aí vão alguns deles:
Alguns pontos merecem ser mencionados, aí vão alguns deles:
História: Tendo como “pano de fundo” um mundo pós-apocalíptico, o protagonista Eli vaga pelas estradas (sempre na direção do Oeste) carregando um precioso livro, encontrando e enfrentado os perigos de uma época onde os valores humanos nem existem mais. O precioso livro que carrega consigo é simplesmente a Bíblia Sagrada. O antagonista Carnegie, líder de uma pequena cidade (que lembra aquelas de Western) que aparece na “rota” de Eli, persegue o livro a bastante tempo, pois sabe do poder que a “Palavra” pode dar a quem souber fazer uso dela. A partir daí a história vai se desenrolando em um enredo excelente, que mesmo após o final do filme, você tem a necessidade de assistir novamente para ligar os pontos.
Produção e Direção: Albert e Allen Hughes (Brothers Hughes), depois de excelentes trabalhos como “Menace II Society” (1993), “From Hell” (2001), os irmãos diretores dão um tiro certeiro com o Livro de Eli.
Roteiro: Quem assistiu ao filme, logo nas primeiras cenas percebe um “toque” estético de jogos de vídeo-game, coincidência ou não, a história é de Gary Whitta (nascido em 21 de julho de 1972) um roteirista Inglês, autor, designer e jornalista de games. Entre os entusiastas de jogos de vídeo de longa data, ele é conhecido em desenvolvimento de games, foi escritor de "Duke Nukem Forever" e "Gears of War". Whitta é consultor para concepção de games para Microsoft, Electronic Arts , Activision, Midway Games, dentre outros.
Atores: Denzel Washington e Gary Oldman, interpretanto Eli e Carnegie, respectivamente, são um show á parte, muito bons, sem exageros, com textos diretos e sem “clichês”, trabalham na medita certa, sem tentar se sobressair demais.
Á exemplo de “Blade Runner”, “Mad Max”, “Laranja Mecânica”, o filme tem tudo para virar “Cult”, com lançamentos futuros com “Director´s Cut” e cheio de extras. Espero que mais filmes assim sejam lançados para o grande público.
Costumo comentar com alguns amigos que da minha “razão”, 90% não consegue crer em um Deus que comanda o universo, porém os 10% restantes tem uma fé infinita em um ser superior. Esse filme me ajudou a refletir bastante sobre esses pontos.
Anselmo