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terça-feira, 6 de julho de 2010

ELECTRIC EEL SHOCK - Lock´n´Loll, Bom Demais!

Todo mundo que ouve Rock´n´Roll desde garoto sabe que o eixo “Estados Unidos” – “Inglaterra” é onde tudo acontece, pode até acontecer de aparecer mais alguém da Europa e Oceania, mas o caminho é esse mesmo já citado.

Mas isso nunca impediu que bandas de garagem fossem formadas aqui no Brasil, Argentina, Nepal, China, Russia, Suécia, ou em qualquer outro lugar do mundo, com o repertório muito parecido com músicas de Black Sabbath , Ramones, Motorhead, Led Zeppelin, Beatles, The Who, Slayer, e muitos outros que estão na lista de preferidos de toda uma geração.

Outro grande fator, que nunca foi um empecilho, mas era um limitador na comunicação e entendimento total da mensagem desses artistas era o idioma. Com certeza não tão incisiva hoje, mas nos anos 70 e 80 não era todo mundo que tinha a facilidade com o inglês, o que de certa forma era uma barreira, não intransponível, mas que complicava um pouco na hora de “tirar” os “covers” nos ensaios.

Porém, essa questão do “sotaque” e “imperfeição” no idioma oficial do Rock´n´Roll se tornou a marca registrada de uma das mais divertidas bandas de rock da atualidade, a japonesa Electric Eel Shock (EES).

Electric Eel Shock (EES) é um trio formado em Tóquio no final dos anos 90 Somente foram aos Estados Unidos em 1999 e tem excursionado pelo mundo desde então, com a formação de Aki Morimoto – Guitarra e Vocais,Kazuto Maekawa – Baixo e Tomoharu 'Gian' Ito – Bateria.

Akihito Morimoto (Guitarra e Vocal) e Kazuto Maekawa (baixo) se juntaram pra tocar música ainda na escola ,em Osaka, devido uma obsessão mútua pelo Black Sabbath.

Aprenderam Inglês a partir das entrevistas de bandas que liam na revista Burrn e tocaram juntos em bandas que faziam “covers” de Twisted Sister, Van Halen, Rainbow, MSG, Iron Maiden, Judas Priest , Queensryche, WASP, Ratt, Aerosmith, AC / DC, Ozzy Osbourne, Motorhead, Guns and Roses, Motley Crue etc ...

Aki e Kazuto somente tiveram o primeiro sucesso comercial após mudarem para Tóquio e iniciarem como músicos em um grupo com cinco integrantes, o que ainda era pouco para as ambições da dupla. O projeto não durou muito e Aki ficou por conta própria.

Em Tóquio, sem nenhuma banda, Aki voltou à sua outra paixão da pesca era um pescador de competição profissional por um tempo (ele ainda escreve para a revista pesca Japans maior Basser Magazine). Kazuto se juntou a banda de Funk Apollo , porém sua aparência desleixada fez com que saísse da banda e trouxesse consigo o baterista baterista Tomoharu Ito. O líder do Apolo tinha dado a sua bateria o nome "Gian", devido à sua semelhança com um comediante japonês do mesmo nome. A partir daí os três começaram a trabalhar juntos, o que resultou nos discos “Maybe I think, We Can Beat Nirvana” e o “Live Punctured”, no circuito independente de Toquio.

Em 1999 produzem com um gravador de oito canais o “Slayers Bay Blues”, e com esse material partem para os primeiros shows no exterior. Tomam a decisão de vender seus bens e deixarem suas casas, para partirem na turnê americana. Em 2003 Electric Eel Shock desembarcou em Londres para cinco Shows organizado às pressas, e devido à sua performance avassaladora ao vivo eles acabaram fazendo doze shows durante seus dez dias que estiveram na cidade, tendo o Metrô como única forma de transporte. Passaram o resto de 2003 entre os USA e Europa.

Desde 2003 até agora o Electric Eel Shock vem crescendo no cenário underground mundial, e não deixa de ser uma opção interessante e descompromissada para quem se deixa levar pelos “clichês” da música dessa banda, o que significa diversão garantida para quem está pronto para lembrar como era bom os tempos do rock de garagem. O melhor resultado está registrado no trabalho de 2009 “Sugoi Indeed”.

O último lançamento é o álbum ao vivo “Live Around the World”, que saiu em 05 de maio último.

Meus caros amigos, EES é divertido, ingênuo, clichê, é bom pra caramba.


Anselmo


2 comentários:

  1. Boa, Anselmo! Coisa nova é sempre legal.
    Dessa eu não tinha ouvido nada. Total novidade para mim.
    Curti o primeiro som, mas não gostei muito das "palhetadas" do segundo.
    No final, acho que merece uma investigação maior. Vou procurar ouvir mais coisas para formar uma opinião.

    Abraços

    Sandro

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  2. Eu achei os caras divertidos...o som é bem previsivel....mas deve ser engraçado ao vivo!

    Anselmo

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