minervapop

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

PERDIDOS NA NOITE - OBRA-PRIMA NÃO BADALADA


Filmes com forte apelo dramático fazem minha cabeça. Não aqueles apelativos ou sentimentalóides (existe esta palavra?). Filmes que mesmo sem contar uma história fora do comum conseguem nos emocionar e mexer conosco.

E para mim um dos maiores exemplos deste tipo de filme é o clássico chamado "Perdidos na Noite" ("Midnight Cowboy"). Dirigido por John Schlesinger foi muito bem aceito na época do lançamento (1969), arrematando nada mais que os prêmios Oscar de melhor filme, diretor e roteiro, além de indicação para seus dois atores Jon Voight e Dustin Hoffman. Com o passar dos anos deixou de ser referência e nem sempre é lembrado com o devido mérito.

A história não é complexa. Fala do caipira boa pinta Joe Buck (Voight na melhor interpretação de sua carreira), que decide sair do Texas onde tem uma vida medíocre para tentar a sorte em Nova Iorque. Sua idéia é usar de seus atributos físicos para trabalhar como garoto de programa.

Só que obviamente, Joe não tinha noção do tamanho da cidade onde estava se metendo e chegando lá (a caráter, como cowboy) se depara com a frieza e desprezo da cidade grande, que o ignora solenemente. É quando ele conhece Ratzo Rizzo (Hoffman, excelente), um vagabundo de quinta categoria, manco (o ator usou pedras no sapato para esta caracterização) e que vive de pequenos furtos e golpes (Joe cai em um desses).

Sozinho na selva de pedra, Joe se aproxima de Ratzo e aceita sua oferta para que ele se torne seu agente, usando de seus conhecimentos na cidade para fazê-los ganhar dinheiro.

As coisas não saem conforme o planejado e a vida na cidade se mostra mais cruel do que o inocente Joe, que se achava esperto, podia imaginar. A medida que a decepção vai aparecendo e o sonho de sucesso de Joe ficando cada vez mais distante, a amizade entre os dois se fortalece e mostra que talvez o doente e solitário Ratzo precise mais do caipira do que se pudesse imaginar.

Filme simples e belo, que trata basicamente sobre a desilusão. Eles não dão a volta por cima, não superam os obstáculos, enfim, não há final feliz. O final é triste mesmo, porém marcante. Um dos meus filmes preferidos.

Abaixo o trailer oficial e um outro montado por um fã. Infelizmente ambos estão sem legendas, mas acho que dá para captar o espírito. Deixei também um outro vídeo com a sensacional música composta por John Barry para este filme. Alíás toda a trilha sonora é muito bacana e colocada de forma perfeita na montagem.


Sandro






5 comentários:

  1. Esse filme foi o primeiro com "temática adulta" que assisti....excelente.

    Anselmo

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  2. Oi Sandro:)
    Nunca assisti o filme, mas fiquei muito curiosa, pois seu comentário foi DEMAIS!!!
    Vou procurar!!

    Ei, sério que sua estante tem TANTOS livros de King assim??? WOOOOW! Meus olhinhos brilham só de pensar!!!
    Bjks
    Alê

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  3. Os dois são incríveis. É mesmo um grande filme. Vou rever. Boa dica!

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  4. Ótimo drama, que na época causou polêmica.

    Os desempenhos de Voigh e Hoffman são de primeira.

    O diretor Schlesinger fez bons filmes, principalmente na década de setenta, como outro com Hoffman chamado "Maratona da Morte".

    Até mais

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  5. Valeu Bípede, Hugo e Alê pelas visitas.

    Alê, quanto ao King, era viciado. Passei toda minha adolescencia lendo ele. É sem dúvida o escritor que tornou um leitor voraz. Foi a porta de entreda... Se você pesquisar nos atalhos aí ao lado já escrevi sobre esta experiência.

    Beijos a todos.

    Sandro

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