minervapop

domingo, 6 de setembro de 2009

Edgard Varèse - O compositor moderno se recusa a morrer

Vou começar esse “post” deixando uma coisa bem clara aqui pros leitores do Blog. Sempre fui um fã do Rock’n’Roll visceral, primitivo, sem firulas. The Sonics, The Cramps, Ramones, Ação Direta, The Clash. O máximo que tolero dentro da “virtuose” no Rock é Angus Young, Brian Setzer, Pete Townsend, Brian May. Dos experimentos musicais, confesso que Alien Sex Fiend realmente “fez minha cabeça” nos anos 80.

Mas uma coisa que sempre me persegue, são os meus amigos (amigos de bar, tomamos muitas cervejas até hoje!) que ao iniciar uma conversa sobre o tema, olham pra mim e dizem: “Você tem que ouvir música de verdade, Yes, Rush, Genesis, Pink Floyd, King Crinsom, Emerson, Lake & Palmer, Jethro Tull”.

Quando você pensa que a “cobrança” acaba, tem as novas!!!! “Não acredito que você não ouviu o novo do Dream Theater!? E o show do G3 (com Steve Vai, Joe Satriani, Eric Johnson)? O Steve Vai é maravilhoso!"

Por isso, decidi também “postar” sobre música de “qualidade”. Estou falando de Música Clássica, de Vanguarda. Não vou comentar como especialista, mas como um admirador comum. Para início de conversa, o compositor moderno de minha preferência é Frank Zappa ( e seu inspirador Edgard Varèse).

Frank Zappa foi um gênio, não porque era um grande compositor, mas porque que fazia música pra se divertir e extrapolar qualquer coisa para o mais extremo absurdo!
Mas, mesmo Zappa teve suas influencias, suas inspirações, sendo a maior delas o compositor francês Edgard Varèse.

Edgard Varèse (1883 – 1965) tinha como maior ambição buscar novos caminhos, explorar novas fronteiras para a música. Estudou no Conservatório de Paris e passou um tempo em Berlim. Mas foi em Nova York que arriscou mais, quebrou a barreira do convencional.

Imagine vocês, em plenos anos 30, diante de uma platéia de admiradores de música clássica, um maestro apresentar uma peça composta de “percussão mais sirene” (Ionisation)?
Os mais audaciosos se arriscam em dizer que Varèse foi um dos precursores da música eletrônica, devido a suas pesquisas e experiências sonoras.

Existem vários artigos na internet onde Frank Zappa conta como comprou o primeiro disco de Varèse (EMS 401, The Complete Works of Edgard Varese Volume I) aos 13 anos de idade, e quando, em seu aniversário de 15 anos, pediu de presente pra mãe uma “ligação interurbana” para a casa de Varèse em Nova York.

A influência de Varèse na música de Zappa pode ser percebida em “''Return of the Son of the Monster Magnet”, do álbum “Freak Out” de 1966.

Em homenagem aos meus amigos “Prog”, vamos a partir de hoje também escrever e divulgar grandes nomes da música. Pois, como diria Varèse: "O compositor moderno se recusa a morrer."
Abaixo deixo exemplos de criador (Ionisation) e criatura ('Return of the Son of the Monster Magnet).

Ps.: No final tem um video onde o Steve Vai conta como o Zappa "tirou um sarro" em sua audição para entrar na banda. Depois de tocar várias peças Zappa diz: "Ouvi dizer que a Linda Ronstadt está procurando um guitarrista" (I Hear Linda Ronstadt Is Looking For A Guitar Player) - Impagável!


Anselmo








3 comentários:

  1. Na boa. Tirando os citados no primeiro parágrafo, nenhum dos outros faz minha cabeça. Não tenho a menor paciência para este negócio de virtuose.

    Sandro

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  2. Sem dúvida que Varèse foi um dos músicos mais inovadores do século XX e influenciou grande parte da criação musical vanguardista. Bem lembrado.

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